A Revolução Industrial e da Francesa, no seculo XVIII, juntas ruíram com toda a ordem política e social vigente colocando em cheque até mesmo a figura divina, o século das luzes portanto fundou problemas que a empiria humana ainda não tinha acessado, e todos esses questões suscitaram em um fecundo lócus para a gênese de uma ciência que estuda a Sociedade. A Sociologia não partia apenas do exercício intelectual de gabinete, baseava sim seus cosntructos na experimentação, o objeto de estudo eram os próprios processos sociais a eles contemporâneos, que careciam de investigação.
Depois dessa breve introdução sobre as questões abarcadas pelos estudos sociológicos, podemos entender que como ciência a sociologia é arraigada de dois valores, conceber melhor os problemas de sua sociedade o que repercute em um melhor conhecimento de si mesmo, tudo isso imbrica no segundo papel da sociologia, contribuir de forma crítica para a resolução dos problemas e indagações do seu tempo.
Todos os trabalhos em Sociologia buscam uma aproximação do seu objeto através de uma metodologia científica visando a objetividade dos fatos, contudo, essa é uma questão controversa, que divide opinião, será possível chegar a uma verdade irrefutável e imparcial? Os defendedores da cientificidade sociológica constroem seu argumento sobre o princípio de coercitividade, generalização e exterioridade, com isso as especificidades das relações são desconsideradas aglutinando todos os indivíduos, nesse perspectiva, a sociedade séria como um organismo, num caminho teleológico.
A Sociologia pode ser utilizada para muitos interesses, tanto na formação de indivíduo críticos e atuantes na sociedade, quanto na manutenção de ordenamentos de poder como um mecanismo controlador, perpetuador. Quando a Sociologia é orientada para fins próprios perde ainda mais seu sentido cientifico, por produzir resultados direcionados, a revelia da democracia.