A água é um recurso natural classificado geralmente pelo senso comum como bem renovável, de essencial importância para a manutenção dos ecossistemas na terra e processos adjacentes, direta e indiretamente. Esta intrínseca em todos os paramentos do desenvolvimento das sociedades humanas, do uso industrial ao consumo ingestivo de necessidade vital. Embora a superfície do nosso planeta seja recoberta em sua maioria por água ( cerca de 71%), apenas uma pequena parte dessa ( em torno de 2,6 %) é doce, e pode ser convertida ao consumo, contudo, grande parte desta encontra-se em estado sólido, principalmente nos polos e nas geleiras.
Os seres humanos se destaca dos demais seres vivos pela sua capacidade a utilização dos recursos naturais para a consumação de fins próprios, para isso articula um arsenal de meios instrumentais historicamente desenvolvidos em constante processo de aprimoramento para modificar a natureza. No entanto essa consciência humana, deve ser relativizada, pois na maioria das vezes é desconsiderado os efeitos a longo prazo sobre o uso indiscriminado das matérias primas, e que pode reverberar futuramente na sua própria qualidade de vida. Nesse tocante devemos colocar em cheque o conceituação da água como um bem renovável, o que quando analisado como mais afinco, não é uma classificação tão verossímil assim.
O ciclo hídrico no planeta pode ser caracterizado em sua totalidade sistêmica por níveis constantes da água, por isso para entender melhor as problemáticas envoltas no emprego do termo aqui discutido, devem elencar os níveis qualitativos obtidos. Para atingir estados de qualidade consideráveis depois de comprometida, os índices de degradação tanto da água propriamente, quanto do meio por onde se ocorre as translações precisam estar favoráveis.
As condições para a conservação qualitativa das reservas hídricas esta tributada as condições dos reservatórios naturais onde a água se origina, se estoca e circula. Isso por que as águas no seu curso ao desembocarem nas represas trazem consigo parte dos detritos que foi acumulando de diferentes maneiras ao longo de sua extensão. Esse translado de poluentes acaba por comprometer a qualidade hídrica de uma forma cada vez mais ampla.
O homem, como já foi dito sobre os recursos naturais em geral, encara muita vezes a água comum infinita, é que pode ser utilizada a revelia de cuidados, acreditando que a providência cuidará para que seja eterna, é claro que isso não pode ser generalizado visto que muitas são os embebidos nas ideias de desenvolvimento sustentável.
Realmente quantidade de água não representa um problema exceto em regiões que geograficamente é escassa, o problema em si está na qualidade, que torna esse líquido não mais potável, é inutilizável as suas aplicações mais importantes. Até hoje impera o utilitarismo no trato com os recursos hídricos que coloca o uso industrial, transporte, pormenorizando sua finitude para o abastecimento.