Autor: Lorena Chagas Rodrigues

Ver as crianças crescendo, se tornando jovens responsáveis e promissores é extremamente emocionante, mas existem algumas particularidades nesse período que costumam preocupar muito os pais, que é o envolvimento emocional dos seus filhos com outras pessoas.

O primeiro namoro é sempre muito marcante e quase sempre é lembrado como uma experiência difícil, tanto para os filhos, quanto para a figura materna e paterna, muitas mudanças são articuladas nesse processo, principalmente as comportamentais, o que dificulta um pouco o convívio em âmbito familiar.

O medo e a insegurança são alças que seguram a relação pais e filhos nesse período, onde todos ficam receosos de conversarem uns com os outros sobre o assunto, já que se trata de algo tão singular e “pessoal”, sem mencionar que as mães e os pais (“mesmo os que tem a cabeça mais aberta”) possuem uma certa dificuldade em lidar com a situação.

Especialistas da área de psicologia afirmam que essa etapa é a mais importante afirmação de que o indivíduo está saindo da puberdade e começando a se formar como um ser adulto, mas que nem sempre os pais estão preparados para vivenciar tantas alterações, porque sentem que seus pequenos podem se decepcionar a qualquer momento.

Outras análises levantadas por grande parte dos progenitores é que quando a época nos “namoricos” é iniciada, os jovens esquecem as suas responsabilidades, se entregam demais ao relacionamento e acabam vivendo apenas por ele, diminuem o rendimento escolar quando estão com problemas sentimentais, ficam mais agressivos e sensíveis.

O que fazer?

Se você tem um ou mais filhos adolescentes, siga as dicas a seguir e comece a se preparar para lidar com esse momento especial e árduo:

⇒ Dialogue bem com os seus filhos, sobre todo e qualquer assunto. Explique como são os relacionamentos, envolvimentos emocionais e íntimos, dê exemplos disso, fale sobre seus benefícios e consequências, deixando-os por dentro do assunto.

⇒ Dê e exija respeito com os seus pequenos. Procurem ter uma ligação de carinho muito forte com eles e imponha sempre os limites que devem ser obedecidos, como chegar em um horário estipulado, avisar aonde vai e com quem vai, não mentir ou omitir.

⇒ Faça com que seus filhos saibam dosar e equilibrar as relações, para que no futuro elas não se tornem prejudiciais em seu convívio familiar, no desempenho da escola, entre outros.

⇒ Analise o perfil do/a namorado/a dos jovens e caso perceba algo de errado (como o envolvimento com coisas erradas – drogas), sente com seus filhos e exponha o perigo em que eles se encontram, tal como as consequências que suas decisões podem trazer.

⇒ Não mudem os limites apenas porque o adolescente começou a namorar. As regras foram feitas para serem seguidas, independente de qualquer coisa.

⇒ Caso apenas um dos pais saiba do namoro, estimule o jovem a contar para o outro, mantendo uma maior relação de confiabilidade entre todos.

⇒ Conheçam os familiares do genro ou da nora.

⇒ Procure sempre estar presente na vida dos pombinhos, dando conselhos, carinho e evidenciando o grau de amizade que possuem, mesmo sendo mais velhos e estando fora dos seus modismos. Através desses laços os pais podem quebrar muitas barreiras e evitar transtornos sem serem taxados como chatos e insuportáveis.