A Filosofia grega, desenvolvida a partir do século VI a.C, é a base para o pensamento ocidental, muito importante na consolidação política-social principalmente da Europa e das Américas, só para se ter uma ideal amplitude do pensamento helênico, ideias como democracia, política, essenciais para entendermos as conjecturas da sociedade moderna, tem cerne no mundo grego.
O processo de transição da sociedade grega a Polis (cidades-estados) foi marcante para a mudança nas concepções filosóficas desse povo, a passagem do pensamento mítico aos poucos desmistificado para uma concepção do homem como ser social. A vida urbana foi o cenário para o desenvolvimento de novas questões e possibilidades, inaugurar teorias e visões de mundo mais pautadas na racionalidade.
A mitologia Grega pode ser desenhada na leitura das epopeias Homéricas Ilíada e Odisseia, e da obra de Hesíodo, que nós mostrar os valores como morte gloriosa, a busca pela eternidade na memória, a heroicidade como padrão de conduta, submissão a vontade das divindades, conquistas da kléos, que eram o sustentáculo da Paideia da Grécia Antiga. Então o processo de desconstrução desses valores é paulatino dando lugar a uma conotação mais crítica na explicação dos acontecimentos, acabado por surgir a filosofia, assim como as bases para diversas outras ciências como História, Geografia e Matemática.
Os pensadores pré socráticos começaram a tecer as primeiras para o saber racional, ideias latentes até a atualidade, destes se destaca Heráclito, Pitágoras, Xenófanes, Parmênides, Empédocles e Demócrito. Em seguida surgem os grandes nomes da filosofia clássica Sócrates, Platão, Aristóteles e Zenão.
Isso não quer dizer que o mito cai perante uma nova ciência, não é esse o papel do saber filosófico, ele não pretende uma posse ou domínio do saber, sim o conhecimento, especulando sobre varias questões dos acontecimentos a sua volta, inclusive a religiosidade, é importante entender que os pensamentos filosóficos não seguem uma linearidade, os pensadores tem sim opiniões divergentes e é o embate entre essas que permite a evolução do saber múltiplo.