Com o início da industrialização e do surgimento das primeiras empresas de produção em larga escala, as condições de trabalho eram desumanas e tanto as empresas como os patrões e grandes burgueses não se importavam com a qualidade de vida de seus empregados e das influências que o trabalho desenvolvido causava na sociedade e meio em questão.
Com o passar do tempo, os processos históricos caminharam por rotas revolucionárias, onde as milhares de pessoas que sofriam o trabalho quase compulsório nas fábricas utilizaram do direito uma arma contra esse tipo de tratamento. Pouco a pouco e em muitos países, o proletariado conseguiu conquistas trabalhistas que garantiram benefícios e carga horária reduzida, além de uma série de direitos.
Os grandes donos das fábricas que detinham lucros absurdos com o trabalho mal remunerado e constante dos trabalhadores agora se viam obrigados a pagar-lhes direitos e benefícios, além de mudar a realidade das fábricas em questão de segurança no trabalho. Isso nas gerações seguintes influenciou de forma diferente no pensamento popular.
Logo ao fim da modernidade e no início da era contemporânea – essa que dura até hoje -, as preocupações ambientais e também a cerca do valor do ser humano – debate promovido essencialmente após o choque da segunda guerra mundial, especialmente pelo holocausto nazista e pela morte de milhares de pessoas ocasionada pelas bombas atômicas lançadas pelos Estados Unidos no Japão – criaram outros olhos sobre o trabalho e os direitos.
Uma postura mais ética e preocupadora foi exigida das empresas que tiveram que aderir para se adequar ao novo pensamento que estava se formando. Hoje, muitas empresas tem políticas voltadas ao bem estar social de seus trabalhadores, como também parcerias para promover ações sociais em diferentes comunidades.
Para que essa postura ética seja explicitada, as empresas fazem o Balanço Social, uma espécie de resumo de tudo o que a empresa faz pelos funcionários e pelo meio onde ela está instalada. Além de deixar claro a postura humanitária da empresa para com os funcionários, o balanço social também tem o objetivo de afirmar uma imagem positiva da empresa em questão.
Publicado como uma espécie de relatório no IBASE – Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas -, se comprovados e aprovados, a empresa recebe de volta o selo IBASE que dá crédito ao que foi apresentado por essa no balanço social.