A Guerra dos Farrapos também conhecida como Revolução Farroupilha, foi um movimento separatista que eclodiu na província do Rio Grande do Sul do Brasil Império.
As proximidades com as repúblicas que estavam se formando da antiga América Espanhola permitia que ideais republicanos adentrassem na província e ganhassem adeptos. Mas isso não garantia que todos os agentes políticos gaúchos fossem separatistas.
Os agentes políticos eram adeptos a diferentes idéias como imperialistas, abolicionistas, libertários, tanto no grupo dos farrapos como dos estancieiros.
Mesma com tantas coisas em incomum, a maioria dos Rio Grandenses sentiam-se da mesma forma com relação ao império do Brasil. Estancieiros eram responsáveis por grande parte da economia da província que sobrevivia com o mercado de charque, couro e criação de gado. Os gaúchos também não exportavam sua produção. Lucravam com o comércio interno no Brasil e pequenas relações comercias com o Uruguai.
O charque dos gaúchos recebia grandes taxas de tributação para chegar em outras regiões do país como se fossem estrangeiros. Essas tributações aumentavam o preço do produto que consequentemente não era comprado pela maioria dos mineiros e nordestinos, para quais era destinados. Esses compravam o charque argentino e paraguaio que vinha mais barato e com qualidade a essas localizações.
O império do Brasil nada fazia para mudar essa situação e os baixos lucros aborreciam os gaúchos. As ideias separatistas e libertárias, como também os benefícios de uma replica povoaram a mente dos farroupinhos e estancieiros. A elite dos fazendeiros e os farroupilhos então decidem lutar por condições melhores de comércio e liberdade. Compõem milicias e marcham para Porto Alegre onde tomam a cidade e declaram a instauração da República Paratini.
Marcham em direção a Santa Catarina e dominam a província, que declara a instauração da República Juliana. O império nomeou Duque de Caxias para então governador do Rio Grande do Sul que iniciou batalhas armadas contra os Rio Grandenses. Em 1845 os comandantes farroupilhos aceitam o tratado de paz que garantiam a liberdade dos escravos participantes da guerra, anistia dos rebeldes, mudanças dos impostos e taxas no comércio, incorporar os oficiais farroupilhos no exército imperial e a devolução das terras perdidas na guerra.