Como surgiu a tabela periódica?

Como surgiu a tabela periódica?

A descoberta dos elementos químicos foi um grande avanço para as pesquisas científicas nos anos de 1817 e como necessidade de uma maior organização dessas propriedades, os estudiosos da época iniciaram pesquisas específicas para definir cada componente, desenvolvendo esquemas de classificação para dar base a complexidade da tabela periódica.

O ouro (Au), a prata (Ag), o cobre (Cu), o chumbo (Pb), o estanho (Sn) e o mercúrio (Hg) eram conhecidos parcialmente pelos químicos da antiguidade, mas pela necessidade de identificá-los com mais destreza fez com que buscassem informações mais concretas e detalhadas de cada um deles. O primeiro elemento que passou por esse procedimento foi o fósforo (P), em 1669, pelo alquimista Henning Brand.

A coleta de dados em relação a esses e outros compostos foi surpreendente nas duas centenas de anos seguintes a essa data memorável. Com isso, as classificações químicas começaram a aparecer, onde a primeira divisão da tabela foi associada as classes metais e não-metais.

Primeiro teste

No início do século XIX o cientista, químico, meteorologista e físico inglês, John Dalton, criou grupos de elementos químicos de acordo com as massas atômicas que conhecia, ordenando a listagem ordem crescente em relação a massa atômica de cada um deles.

Os valores desses compostos eram absurdamente altos, por causa da quantidade de erros encontrados nas pesquisas de Dalton. Mesmo com esses fatores negativos, foi possível que químicos estudassem as propriedades destacadas, regulando os valores que estavam foram dos padrões.

Um dos passos mais importantes nesse primeiro estágio foi o dado em 1829, por Johann Wolfgang Döbereiner, porque o químico alemão fundamentou a “lei das tríades”, articulação que separava elementos em três, sendo estes com propriedades semelhantes, como o cloro (Cl), bromo (Br) e iodo (I).

Segundo teste

A reprodução das tríades não foi tão satisfatória, porque a maioria dos metais não podiam ser agrupados pelo modelo imposto, mas através desse insucesso, John Alexander Reina Newlands, em 1864, pode sugerir e organizar grupos de oito, com as massas atômicas listadas em ordem crescente.

A imposição desse paradigma não foi aceita pela Chemical Society, que recusou a publicação de Newlands. Mesmo com a obtenção de várias informações sobre os elementos, nenhuma regra numérica conseguiu organizar toda a estrutura dos compostos. A teoria básica dos elementos químicos ficou sendo definida através do número atômico e da teoria quântica de cada propriedade.

Terceiro teste ou Disposição sistemática de Mendeleev

Para conseguir estabelecer um modelo mais apropriado, em 1869 o químico russo Dimitri Ivanovich Mendeleev, começou a analisar as bases químicas de cada elemento, criando uma carta para cada um deles, contendo suas propriedades químicas e físicas, símbolo e massa atômica.

A organização da tabela periódica se deu pela ordem crescente das massas atômicas, onde os elementos foram agrupados de acordo com as suas semelhanças. As relações entre os compostos nesse modelo eram perceptíveis em todas as lacunas verticais, horizontais e diagonais. A aceitação nessas determinantes fez com o Mendeleev recebesse o Prêmio Nobel em 1906.

Números atômicos

No ano de 1913, o cientista britânico Henry Mosseley constatou que o número de prótons no núcleo de um determinado átomo era sempre o mesmo, com isso pôde organizar ainda mais a tabela imposta por Mendeleev, corrigindo as pequenas falhas que ainda restavam em seu sistema.

Últimas modificações

A tabela periódica moderna passou por outras alterações, como a formulação da numeração dos seus números, projeto efetuado pela IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada) que vai do 1 ao 18, onde as casas são contadas da esquerda para a direita, onde o conjunto 1 é dos metais alcalinos e o 18 dos gases nobres.

Tabela periódica atual

Como surgiu a tabela periódica?
Tabela periódica atualizada.
(Créditos da foto: http://2.bp.blogspot.com/)

Quem inventou o ano bissexto

Quem inventou o ano bissexto

O calendário anual apresentado nos dias atuais foi criado há aproximadamente 2.000 mil anos atrás, tendo como sua tradicionalidade a duração de 365 dias – porque naquele tempo todos os estudiosos acreditavam que esse período era correspondente ao tempo que a Terra demorava para dar uma volta completa em torno do Sol.

Com a determinação de manter esse padrão organizado, de acordo com o movimento de transação deste planeta, foi elaborado o ano bissexto, ou seja, o adicionamento de um dia extra ao calendário a cada quatro anos, ficando ele com 366 dias.

A contextualização histórica que relata os motivos desse projeto é bastante confusa, principalmente porque compreende algumas abordagens distintas umas das outras, embora todas tenham um pouco de fundamentação articulada com esse processo.

Quem inventou o ano bissexto
Calendário.
(Foto: Reprodução)

Acredita-se que a origem do nome bissexto está interligada ao Calendário Juliano (48 a.C.), que se alterou, evoluindo para o Calendário Gregoriano, que é o modelo mais utilizado nos países em que acontecem os anos bissextos. Porém, a explicação da determinação desse esquema pode ser singular em épocas. Veja:

Calendário Juliano (45 a. C. até 7 d. C.)

O ditador Júlio Cesar alterou o calendário de Numa Pompílio em 46 a. C. e a partir de 45 a.C, um dia extra era acrescentado após 25 de Februarius, mas esse procedimento acontecia a cada três anos, articulação julgada décadas mais tarde como um erro, tendo que ser corrigido e por isso foi substituído.

Calendário Augustiano (8 d. C. até 1581)

O imperador César Augusto corrigiu o Calendário Juliano em 8 d. C., fazendo com que o ano bissexto acontecesse a cada quatro anos, acrescentando um dia extra, após 24 de Februarius. Por esse feito, o senado romano homenageou César, fazendo a troca de nomes do mês Sextilius para Augustus.

O que afetou essa dinamização foi que a Februarius passou de 29 para 28 dias e Augustos de 30 para 31. Essa revisão vigorou até 1581, sendo de grande serventia para a metodologia implantada posteriormente.

Calendário Gregoriano

No ano de 1582, o Papa Gregório III ajustou o calendário novamente, corrigindo os pequenos detalhes através dos erros encontrados nos modelos anteriores. A definição dos ajustes aconteceram de acordo com a Páscoa, definindo que o equinócio de Março seria no dia 21 daqueles mês, como aborda o primeiro Concílio de Niceia (325 d. C.).

Como haveria necessidade em retirar alguns dias do calendário, o dia 4 de outubro foi seguido pelo dia 15 de outubro, onde a retirada de 10 dias foram necessárias para dar a sequência cronológica devida, fazendo assim a transição do Calendário Augustiano para o Gregoriano.

A nova regra dos anos bissextos que prevalece até os tempos atuais é a seguinte:

São considerados bissexos todos os múltiplos de 4 e 400. Os centenários, ou seja, múltiplos de 100, não entram nessa categoria e nem os demais anos.

Curiosidade

Alguns especialistas acreditam que o calendário tradicional e bissexto também são influenciados pelas considerações astronômicas.

Como é encontrado o ácido nítrico na natureza

Como é encontrado o ácido nítrico na natureza

O estudo dos elementos naturais é dinamizado por vários tipos de ciências, como a Química, que analisa a estrutura das matérias, assim como as suas propriedades, composição, mudanças e reações sofridas ao longo dos anos. Devido a sua importância, é indispensável o seu ministramento em salas de aula em instituições de nível médio e em alguns cursos superiores.

Uma das particularidades trabalhadas e que devem ser compreendidas com precisão são os ácidos nítricos, representados pela fórmula HNO3. Esse composto químico é descrito como um elemento incolor, inodoro, líquido e viscoso.

Esse ácido é considerado como um dos mais manipulados nas indústrias do mundo por apresentar características corrosivas e oxidantes. Sua extração comum é efetuada na natureza – na forma de nitratos (sais) -, mas pode ainda ser produzido pelas próprias indústrias, utilizando o processo inventado por Wilhelm Ostwald.

Como é encontrado o ácido nítrico na natureza
Produto químico.
(Foto: Reprodução)

A fabricação desse elemento acontece através do aquecimento de um catalisador (geralmente uma platina) com partículas de amônia, que posteriormente é oxidado formando o dióxido de nitrogênio, que ao entrar em contato com a água, reage dando origem ao ácido nítrico.

Os meios onde esse composto químico mais são utilizados atualmente são:

» Explosivos;
» Vernizes;
» Celuloses;
» Pólvora;
» Nitroglicerina;
» Seda artificial;
» Ácido benzoico;
» Fertilizantes agrícolas;
» Fibras sintéticas e de nylon;
» Refinação de metais preciosos;
» Salitre (nitrato de potássio).

Esse processo é visto como algo prejudicial ambientalmente e sustentavelmente, porque libera gases extremamente poluentes na atmosfera que auxiliam a intensificar as chamadas chuvas ácidas, o que por consequência ajuda a piorar o efeito estufa.

Em relação a saúde dos seres humanos, o ácido nítrico também pode vir a ocasionar transtornos preocupantes e graves, como queimaduras na pele e no trato digestivo (se for consumido ou entrar em contato com o corpo) pneumonia e distúrbios pulmonares (se for inalado).

Curiosidades

O consumo do ácido nítrico fica atrás somente do ácido sulfúrico.
O ácido nítrico consegue oxidar quase todos os metais existentes no planeta.

Atenção!

É essencial que todos os trabalhadores que desempenham suas funções com risco, ao contato com o ácido nítrico e outros produtos químicos, utilizem seus equipamentos de segurança para que acidentes não aconteçam e prejudique o seu bem-estar.

Observação: Caso o eventualidades ocorram, a ajuda médica deve ser procurada imediatamente, para que os danos não se agravem, evitando a manifestação de complicações alarmantes e que possam comprometer a vida dos funcionários.

O que são alelos múltiplos?

O que são alelos múltiplos?

A Biologia é uma das principais ciências existentes para análise e estudo dos seres vivos. Sua complexidade abrange pesquisas e observações do funcionamento de toda a estrutura do organismo, como as células, genética molecular, anatomia, fisiologia, entre outros temas.

Devido a sua importância, a Biologia é uma das disciplinas que compõem a grade horária de ensino aprendizado de alguns anos do Ensino Fundamental e também do Médio, onde tem como um dos assuntos destaque de ministramento, os genes.

Esse termo é compreendido como a unidade fundamental da hereditariedade, ou seja, meio pelo qual os pais passam seus traços genéticos para os filhos. Os seres humanos possuem entre 20.000 à 25.000 mil genes, onde suas composições são dinamizadas por dois tipos de ácidos nucléicos, o DNA (ácido desoxirribonucléico) e o RNA (ácido ribonucléico).

O que são alelos múltiplos?
Representação dos alelos múltiplos no sistema ABO.
(Créditos da foto: http://2.bp.blogspot.com/)

Alelos

Em relação as suas formas alternativas, podemos citar os alelos, que são traços dos genes que ocupam uma posição em um certo cromossomo, sendo segmentos homólogos de DNA. Esse processo é conhecido cientificamente como locus, onde um mesmo gene pode afetar a mesma característica de modos distintos.

Os alelos dominantes são representados por letras maiúsculas e os recessivos pelas minúsculas – sendo ambos descritos sempre pela mesma letra. Quando encontra-se mais de dois alelos em uma contextualização de genótipos e diferentes formações de fenótipos, pode-se ainda adotar os números ou letras como expoente.

Alelos múltiplos

Existem ainda a classe dos alelos múltiplos ou  polialelia, que correspondem uma composição com três ou mais alelos de um mesmo gene, onde se apresentam em pares, porém, podem manifestar várias combinações, proporcionando o surgimento de mutações sucessivas.

Cada uma dessas aparições – de um determinado locus gênicus – possibilita o aparecimento de uma nova resultante fenotípica, seus efeitos genéticos são determinados de acordo com as relações de dominância, originando variantes de acordo com as particularidades básicas destacadas. Um excelente exemplo para representar essa articulação é o sistema de sangue ABO.