O Renascimento foi um movimento iniciado no século XIV na Itália que se disseminou por toda a Europa nos dois séculos seguintes, marcado pela renovação do interesse à antiguidade clássica, foi uma espécie de materialização do humanismo nos saberes, nas artes, política e economia. No ideário humanista a figura do Cristo deixava de ser o centro do universo, lócus que deveria agora ser ocupado pelo homem.
Na Renascença a homem está acima da natureza, o que deu arcabouço para o humanismo empreender uma ruptura com o teocentrismo cristão que vigorou por toda a Idade Média, não significa porem uma negação de Deus, podendo ser no máximo uma aversão a doutrina preconizada pela Igreja Católica Apostólica Romana. Na perspectiva antropocêntrica as perguntas e aspirações humanas passavam ser o centro das preocupações, é a descoberta do eu.
É importante entender o contexto histórico pelo qual germinou o Renascimento e o Humanismo. Na Itália com o êxodo do campo para as cidades e a modernização nos séculos XII e XIII, fez da renascença um movimento urbano, nesse passo a conjectura feudal começa a perder força perante a uma ordem mercantilistas, a burguesia ascende e começa a disputar espaço com nobreza e igreja.
O revisitar das produções clássicas como as de Heródoto, Túcides e Platão não significava um movimento de retorno, foi o esteio encontrado para uma nova interpretação do homem e das relações sociais, para criar cidadãos civilizados e racionais.
Na Europa famílias ricas como os Médici, de Florença, e Sforza, de Milão, financiavam os fomento artístico, prática que ficou conhecida como mecenato, concomitante a isso a evolução das técnicas de imprensa e o legado erudito advindo da Constantinopla foram essenciais para o desenvolvimento do movimento.
Nas belas-artes podemos destacar como os principais nomes Leonardo da Vinci, Michelangelo e Rafael. Mas os reflexos do Renascimento não reduzem apenas a esse nicho, nas Ciências devemos elencar Johannes Kepler, Nicolau Copérnico e Galileu Galilei. Na poesia, Erasmo de Rotherdan, Petrarca e Dante Alighieri.