A Revolução Francesa ocorreu um período de muitas crises econômicas, miséria e influências de ideias iluministas. O descontentamento geral do terceiro estado – composto pela burguesia, servos e trabalhadores – devido aos altos gastos da corte e aos abusos da nobreza, a falta de liberdade econômica para os burgueses que, acima de tudo, queriam ser nobres e condição miserável com que viviam os trabalhadores causou várias tensões em Paris.
Maus tempos de um rigoroso inverno danificaram muitas colheitas de trigo que reduziram a quantidade do pão que aumentou abruptamente o preço – o pão era o principal alimento para os trabalhadores. Isso fez com que a população esfomeada virasse-se contra a monarquia.
Burgueses e trabalhadores sans-culote explodiram a revolução e após várias articulações políticas, grande parte da nobreza foge do país e o rei Luiz XVI e corte foram guilhotinados. Os jacobinos junto ao apoio popular e alguns burgueses assumiram o governo francês mediante aos ideais iluministas. As demais monarquias europeias temiam que o exemplo da França e os ideais da revolução influenciassem revoltas parecidas em seus reinados e rapidamente articularam-se contra o governo francês militarmente.
As tensões de fora cada vez intensificavam-se e o grupo dos girondinos – alta e média burguesia – rebela-se contra o governo francês num conflito armado. O governo cai e os líderes são guilhotinados, inclusive Robespierre. Inicia-se o governo do Diretório francês, comandado pela alta burguesia.
O Diretório criou nova constituição e acumulou algumas vitórias contra os reinados opositores a França. Uma revolta contra o diretório aconteceu liderada por Graco Babeuf, mediante a ideais que propunham o fim da propriedade privada. Foi sufocada pelo Diretório e os líderes foram guilhotinados.
Os jacobinos e os trabalhadores artesãos franceses estavam descontentes com as medidas do Diretório e logo articularam uma possível tomada do poder. O general Napoleão Bonapart havia acumulado prestígio popular por suas vitórias militares e por sua habilidade na retórica. Este foi procurado pelos revoltosos que propuseram que utilizasse a força militar para derrubar o Diretório.
Esses burgueses acreditavam que uma ditadura poria ordem no país e levantariam seus lucros. Em 1799, Napoleão derruba o diretório em uma ação rápida, conhecida como o Golpe 18 Brumário e instaura o Consulado. Esse acontecimento deu início a Era Napoleônica.
Esse acontecimento representa o início de grande progresso econômico e militar da França que mesmo em ditadura imperial mais tarde, colecionou conquistas em âmbito econômico, social e intelectual. As idéias francesas rechearam as outras nações europeias que pouco a pouco derrubaram suas monarquias.