No ano de 1873 nasce no sítio Cabangu, município de Palmira – Minas Gerais, uma das personalidades que se tornaria o pai da avião brasileira. Alberto Santos Dumont, era filho do Engenheiro Henrique Dumont e de D. Francisca de Paula Santos, sendo o sexto de um total de oito filhos. Estando ainda em sua adolescência, toda a família se muda para a cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
Nesse período seu pai consegue observar um interesse maior de Alberto, pelas máquinas da fazenda onde moravam. Sendo assim, decidiu motivar e direcionar os estudos do rapaz para áreas afins, como a física, mecânica, eletricidade, química e etc. Como planejou, Santos Dumont entregava-se cada vez mais a arte de projetar. Quando completou 28 anos de idade, seu pai que já sofria com doença, decidiu emancipá-lo, como forma de impulsionar seus estudos.
Ao ser emancipado, Dumont recebe uma fortuna, com a qual deveria se dedicar aos estudos e manter-se durante a sua vida. Junto com a família fora para Paris, e lá se admirou pelos motores de combustão que impulsionavam os primeiros automóveis, decidiu então comprar um e pouco tempo depois já estava promovendo e disputando as primeiras corridas na capital francesa. Em Agosto de 1892, seu pai chega a falecer e Dumont fica muito abalado, mas não desiste de seus estudos.
Foste muito dedicado aos estudos e sempre se empenhava no seus ideais, chegou a ser aluno-ouvinte na Universidade de Bristol, na Inglaterra. Ao voltar ao Brasil sentiu que ainda não havia completado seus feitos, e então decidiu retornar a Paris, onde pode fazer um passeio de balão. Como já havia uma evolução na aerostação de Paris, começou ali mesmo um centro de experimentações aerostáticas, viu-se na condição de poder criar seu primeiro balão.
No dia 4 de julho de 1898, aos 25 anos, sobe no Jardim da Aclimatação o “Balão Brazil”, elevando aos céus de Paris as cores verde-amarelo, feito com hidrogênio e dimensões de 6 metros de diâmetro, pelo qual obteve mais de 200 ascensões em uma flâmula desfradada. Considerado inadequado para voar, pois tinha capacidade inferior, numa época em que as dimensões variavam entre 500 a 2.000m3, não foi motivo para intimidar o aviador.
Após cerca de mais de 200 vôos em balões esféricos sobre a cidade de Paris, Dumont inaugura seu balão dirigível N°1, flexível, com forma alongada de charuto, com hidrogênio e motor de propulsão a gasolina, precisamente três meses depois de sua ascensão no balão Brazil. A partir de então foi se aperfeiçoando e a cada nova invenção podia contemplar sua capacidade e os prêmios que recebera em competições. Em uma dessas ocasiões, pode receber 100.000 francos, pilotando o balão “Nº6”, e decidiu dividir o prêmio com seus mecânicos e para os necessitados.
Foram construídos exatos 17 inventos, entre balões, helicóptero de dois propulsores e biplanos, trazendo grande repercussão a Santos Dumond, mas como não se preocupou com a patente de seus projetos, todos foram sendo aprimorados por outros estudiosos e profissionais. Mas o orgulho em ser capaz de realizar tantos feitos, era o suficiente para Dumont, que somente ficou descrente com o uso de suas aeronaves para fins bélicos.
Seu trabalho mais evidente foi o 14-BIS, o primeiro monomotor mais pesado que o ar a voar sobre Paris, chegando a subir cerca de 50 metros de altura. Quando ocorreu a primeira guerra e a revolução paulista, Dumont entrou em grande tristeza e desde então adoeceu. Como vivia intercalando entre Brasil e Europa, um de seus sobrinhos decidiu ir buscá-lo para cuidar de sua saúde, mas por um descuido o mesmo cometeu suicídio.