Max Weber foi um grande intelectual de toda a história economista e jurista, além de ser um dos fundadores da Sociologia e de seu estudo moderno. Nascido em 21 de Abril de 1864 na cidade de Efurt, teve um grande caráter em seu trabalho como estudioso e pensador.
Durante muito tempo se manteve reservado até adentrar o processo de racionalização e desencadeamento, que são frutos da sociedade capitalista moderna. Os seus estudos também ressaltaram grande poder dentro da economia, sendo a sua mais famosa obra “A ética protestante e o espirito do capitalismo“. Faleceu no ano de 1920, no dia 14 de Junho, na cidade de Munique.
1904 – 1905
A sua principal obra, mostra a relação entre a religião protestante e o capitalismo. No livro, ele esclarece a influência do protestantismo dos séculos XVI e XVII sobre toda a organização capitalística do trabalho livre do Ocidente. Ela foi publicada nos anos de 1904 e 1905, mas só teve sua amplificação no ano de 1920. Em 1999, a obra foi dita como o “livro do século”.
Weber não fez críticas a ênfase do trabalho e o ganho econômico dado pelos protestantes. Da mesma maneira, não avaliou as opiniões católicas de rejeição em fator de assuntos pecaminosos. Ele apenas analisou a relação entre o aspecto econômico e a religião, mostrando as influências recíprocas na transformação social que acontecia no mundo.
Nesse momento de comparação de relações, Weber ainda ressalta o puritanismo inglês. Em meios diversos fenômenos culturais é apresentado uma linha de desenvolvimento de significados e valores universais. Esse processo se deu no ramo das ciências, por meio da fundamentação, sistematização e método; da mesma maneira a organização de grupos políticos e sociais, a Constituição racionalmente redigida, a representatividade e o capitalismo. Entretanto, a busca pelo lucro e pelo ganho não era fator exclusivo do capitalismo, mas sim anterior a ele.
Duas diferentes formas de capitalismo era vista no Ocidente, sendo elas a separação espacial entre o local de trabalho e a residência e a contabilidade racional. Dessa forma, o que interessa não é o desenvolvimento da atividade capitalista como tal, mas sim a origem do sóbrio capitalismo com a organização do trabalho.
Capitalismo moderno
O capitalismo moderno foi desenvolvido por fatores técnicos, onde existiam estruturas racionais das leis e da administração. Esse sistema não se deve somente ao interesse capitalístico, mas também ao intuito de tentar desvendar a peculiaridade do racionalismo ocidental, para obter explicações considerando a condição econômica e a disposição do homem em adotar certas maneiras de conduta racional, sendo influenciado por ideais de dever e forças religiosas.
Diz-se que as cidades mais ricas eram compostas de religiosidades mistas, sendo a maioria protestantes. Os católicos possuíam preferência em engajamentos nos ginásticos humanísticos e os protestantes em ocupações comerciais e industriais e em estudos técnicos.
A relação entre as expressões do espirito protestante e a cultura capitalista moderna, pode ser vista pela análise de suas características e as diferenças entre esses mundos do pensamento religioso cristão.
Para o protestantismo, o homem deve trabalhar naquilo que lhe foi destinado ao longo de toda a sua jornada – como Weber afirma no livro – para a glorificação de Deus. Essa vocação e a busca pelo lucro eram sempre visualizadas como caráter positivo, onde a riqueza só era considerada de origem má se levasse o homem a cometer pecados. Dessa forma passou a existir essa classificação do trabalho em fator religioso, onde era considerado bom enquanto obtinham um bom resultado material. A religião condenava a avareza e a desonestidade, mas permitia o acúmulo de riquezas, fazendo com que surgisse o investimento produtivo do capital.
Dessa forma surgiu a economia do capital burguês, onde a desigualdade das riquezas eram considerados fatores unicamente responsáveis da religião, da disposição divina.
Um dos principais fundamentos do espirito do capitalismo moderno é não só ele mas toda a cultura moderna e a conduta racional com basamento nas ideias de vocação nascidas no espirito do ascetismo cristão. Os bens materiais foram adquirindo poder crescente sobre a vida da humanidade, se ressaltando de todos os períodos históricos.
Weber não faz julgamentos, ele se baseia em fatos e consequências visualizados na história da humanidade. Ele mostra a incansável busca pela riqueza, mas não pela ganância, apenas pela crença de que o trabalho dignifica o homem e glorifica a Deus. Existem ainda fortes indícios em suas análises de que o protestantismo foi o responsável pelo desenvolvimento do capitalismo.
Max Weber defende o homem como transformador da sociedade, sendo ele fortemente influenciado pela religião que está presente a todo tempo em seu cotidiano e dessa maneira transforma então a realidade econômica.
Ele ainda afirma que por meio da regularidade de suas ações, o indivíduo transforma a sociedade. A partir do momento em que o homem vive em um meio capitalista é transformado uma ordem legítima, que faz com que seja permitido o capitalismo e seu forte funcionamento. Observa-se que a burocracia permite maior redução de custos, rapidez, maior produtividade e acúmulo de riquezas, ocorrendo então o desenvolvimento vocacional da especialização do trabalho e do capitalismo.
O intelectual, portanto, mostra e afirma que a cultura quando é modificada, atrai novos costumes, comportamentos diferentes, que mesmo não tendo o objetivo de criar uma nova ordem econômica mas sim a moral, começa a ser pilar essencial para sustentar o sistema capitalista.