Na verdade o Brasil passou por dois regimes ditatoriais, o primeiro na Era Vargas ( 1930 -1945), tendo como período mais autoritário o Estado Novo. Em 1964 um golpe de Estado acaba por impelir uma nova ditadura no Brasil, essa de caráter militar, que perduraria por longos 21 anos, marcada pela censura, inexistência de direitos democrático, repressão e perseguição. Versaremos um pouco mais sobre o período militarista do país, aprofundando em algumas questões importantes para a compreensão do tema.
Durante muito tempo sustentou-se o discurso de que o o Golpe de 1964, teve carácter nacionalista por excelência, no entanto a recente divulgação de documentos secretos do período mostraram que a queda de Jango, foi esteada também em interesses externos. Para intender isso devemos fazer uma rápida alusão ao contexto histórico do período, onde duas potências mundiais disputavam a hegemonia no campo econômico, político e militar, Estados Unidos (capitalismo) e União Soviética (Socialismo).
João Goulart
O então presidente do Brasil simpatizava com algumas ideias socialistas, isso chegou aos ouvidos Norte Americanos, já insatisfeito com a política protecionista brasileira de nacionalização do petróleo e o fomento a produção de laranja, mercado dominado pelo Tio Sam, que começou a maquinar uma forma de destituir o líder tupiniquim.
Com agentes da Cia Infiltrados no Brasil começou a se arquitetar o plano para a derrubada do presidente, isso se tornou ainda mais viável devido a amizade entre Castelo Branco e um oficial de alta patente do exercito americano Vernon Walters. No entanto, a ajuda americana foi um tanto simbólica visto que Jango preferiu a rendição. Dessa forma deu-se o inicio do regime militar no Brasil.
* Marechal Castelo Branco(1964-1967):
Esse foi o ditador que inaugurou o regime militar, logo que sobe ao poder impõe medidas que ficaram conhecidas como atos institucionais, no quais estabelecia eleições indiretas para a presidência, suprimia os direitos do povo, cassava mandatos políticos, e polarizava o palco político entre dois Partidos Arena e MDB.
* Marechal Costa e Silva (1967-1969):
Seu governo representou radicalização a ditadura no país, onde os resquícios de direitos democráticos ainda restantes foram suprimidos pelo A.I.5. Empreendeu forte repressão aos movimentos e grupos opositores,
* Emílio Garrastazu Médici (1969-1974):
A repressão se tornou ainda mais intensa, meios de comunicação sofreram censura de todas as formas, nesse período os porões das delegacias passam a ser palco de torturas e assassinatos com maior frequência, foi o mais linha dura entre os ditadores, onde o direito a liberdade da população era inexistente.
* General Geisel (1974-1979):
Nesse período a mão de ferro se torna mais leve com revogação do AI 5, ao passo que o país passava por uma grave retração econômica devido a crise do petróleo, o que fez ganhar força a oposição legal. Um projeto de retomada política ” lenta e gradual” que mostrava o tom conservador da mudança.
* João Batista Figueiredo (1979-1985):
último militar a ocupar a cadeira da presidência do país, esse foi eleito por eleições indiretas e logo que chegou ao poder se deparou com a grave crise econômica nacional, que contribuía ainda mais para insatisfação do povo, o que culminou no movimento das Diretas Já.
Em 1985 entra no poder através do voto indireto, o presidente Tancredo Neves, no entanto esse vem a óbito poucos dias após a vitória em seu lugar assume o vice-presidente José Sarney, marcando assim o fim propriamente dito do período militar.
O Banco imobiliário como conhecemos, conhecido no exterior como Monopoly, é um jogo de tabuleiro que consegue reunir, famílias amigos, crianças, jovens e adultos e ainda pode servir como mecanismo de aprendizado para práticas econômicas e mercantis. Esse jogo tão famoso surgiu em 1904 com a Elizabeth J. Magie Phillips, a americana criou-o para deixar mais dinâmica a explicação dos conceitos de ” taxa simples” fomentado por Henry George.
História do Jogo
Durante a Segunda Grande Guerra o Jogo também teve papel importante na estratégia Inglesa, o serviço secreto britânico solicitou a John Waddington Ltd., empresa detentora dos direitos de produção do artigo, uma Edição especial do Banco Imobiliário, feita especialmente para os prisioneiros de Guerra que se encontravam sob o julgo Nazista, na verdade o jogo era um disfarce para um quite que trazia dinheiro de verdade, mapas e equipamentos que por ventura os capturados viessem a precisar em suas fugas. No entanto, o ” Monopoly ” encontrou seu ápice na década de 1990, como uma maneira, fácil e divertida de ensinar as crianças conceitos financeiros básicos.
Para fazer sucesso no Brasil o tradicional jogo empregou também elementos paisagens das grandes cidades do país como Copacabana, Avenida Paulista e hoje podemos encontrar nas lojas tanto o “Monopólio” produzido pelo grupo Grow, quanto o “Banco Imobiliário ” fabricado desde a década de 80 pela Brinquedos Estrela. Existem ainda dezenas de temáticas do jogo, das tradicionais as modernas, versões de um jogo que conseguiu se manter vivo, durante mais de 100 anos, e consegue fazer sucesso mesmo em um mundo dominado pelo entretenimento tecnológico.
Novo banco imobiliário
No novo Banco Imobiliário você pode vender e comprar propriedade fiticiamente, o mais interessante é que em no lugar de dinheiro você usa cartão de crédito, o que deixa a brincadeira mais prática. A intenção do jogo é simular as conjecturas econômicas reais, assim, as companhias, cujas ações são comercializadas no jogo são reais, dando ainda mais verossimilhança a brincadeira.
Preço do brinquedo
O Super Banco Imobiliário conseguiu harmonizar em um único tabuleiro, o tradicional e o moderno, o real e o ilusório, permitindo que pessoas de todas as idades usem a imaginação e possam experimentar o abastança, fazer fortuna ou perder todo o seu patrimônio. Para quem gostou e deseja comprar esse jogo, saiba que ele pode ser encontrado a partir de R$ 139,00, mas melhores lojas infantis e de departamentos do país.
Um texto que contemple em poucas linhas toda história do Brasil seria algo definitivamente impossível, isso é trabalho para muitas obras, livros e vidas e mesmo assim ainda não poderíamos falar que o assunto estaria encerrado. Por isso, desde já salientamos que nosso artigo não tem a pretensão de dar conta de toda história, apenas faremos um resumo geral, destacando o que a grosso modo julgamos importante, para o fluxo do nosso discurso sobre Brasil. Assim trata-se de um suscito texto manualesco, que serpenteia apenas pela superfície da história.
Descobrimento do Brasil
Em 22 de Abril de 1500 a esquadra portuguesa comanda por Pedro Álvares Cabral, avista as terras que posteriormente receberiam o nome de Brasil, o discurso mais disseminado entre os historiadores argumenta que o desejo de Cabral era encontrar uma rota auxiliar para as Índias donde vinha as especiarias tão valoradas na Europa ou o impulsionante das viagens era a tentativa de encontrar novos territórios.
Antes da chegada do branco algumas etnias indígenas definiam o território brasileiro pela palavra tupi-guarani “Pindorama” que significa terra das palmeiras. Já os dominadores nomearam as novas terras primeiramente de Terra de Vera Cruz, posteriormente Terra de Santa Cruz e finalmente Brasil, uma alusão a árvore de pau-brasil, que era abundante na mata Atlântica, matéria prima para tinturaria, muito valorizada no Velho Continente, cuja exploração foi a principal fonte econômica no período pré-colonial ( 1500-1530)
Período Colonial (1530- 1822)
Pensando em proteger as costas brasílicas dos dos contrabandistas franceses e também encontrar uma alternativa econômica ao comercio de especiarias, D’ João III, rei de Portugal organizou uma expedição colonizadora ao Brasil, essa era chefiada por Martim Afonso de Souza e contou com 400 homens. Em 1534 foi implantado o sistema de capitanias hereditárias, onde as terras eram divididas entre donatários particulares sendo estas transferidas hereditariamente. Das 14 capitanias apenas duas obtiveram sucesso, São Vicente, pertencente a Martim Afonso e Pernambuco, chefiada por Duarte Coelho. Isso se deu graças a implantação da cana-de-açúcar que se tornou a força motriz da economia colonial, está se sustentava pela tríade monocultura, latifúndios e escravidão. Ao lado do açúcar destacou-se também a pecuária, principalmente no sertão nordestino onde o solo e clima não dava condições para o cultivo da cana.
No século XVIII descobriu-se a existência de metais e pedras preciosas no Brasil o que reverberou no chamado Ciclo do Ouro, nesse momento começou a haver um processo de ocupação do interior da colônia, além de um vertiginoso crescimento populacional. No âmbito social o ouro trouxe modificações sociais importantes, criando classes intermediarias e rompendo com a lógica dos engenhos.
Na política o Brasil recebeu um sistema pronto importado de Portugal, uma política burocratizada e barroca, totalmente controlada pela metrópole através do pacto colonial. A igreja também assume papel importante no período colonial, ela tinha a incumbência da catequização dos indígenas, funções de ensino entre outras atividades. Depois do fracasso das capitanias o governo lusitano criou uma nova forma de gerir os trabalhos na colônia, o Governo Geral implantado em 1548. A sede administrativa foi Salvador até meados de 1763 quando a capital foi transferida para o Rio de Janeiro. O sistema colônia perdurou até 1822 quando o Brasil conseguiu a independência.
Independência (1822 )
Em 1808 a Família real portuguesa se transfere para o Brasil em decorrência das investidas Napoleônicas, ao chegar na colônia D’ João (Príncipe regente que depois assume a coroa) promove uma série de mudanças, a principal delas foi o fim do Pacto Colonial e a abertura dos portos para as nações amigas, o que fez com que grande parcela da sociedade se tornasse simpatizantes do rei, os chamados Joaninos, que sonhavam com um reino intercontinental onde o Brasil fizesse parte. No entanto, com o retorno do D’João VI para Portugal, viu-se a intenção recolonizadora lusitana.
D’ Pedro príncipe regente que assumiu as rédeas do Brasil com o retorno do rei para o velho continente, acabou se aliando ao principal líder joanino, José Bonifácio. Depois de descumprir uma ordem direta da coroa que ordenava o retorno imediato do regente para o Portugal, momento que ficou eternizado como o Dia do Fico e em 7 de Setembro de 1822 lançou o grito de ” independência ou Morte”.
Brasil Monárquico ( 1822-1889)
Primeiro Reinado (1822-1831) após a independência D’ Pedro é denominado imperador do Brasil, inaugurando assim o Primeiro Reinado, período esse bastante conturbado tanto no panorama interno, onde foram fartas as pelejas pela aceitação, das quais podemos citar a Batalha do Jenipapo, Batalha do Pirajá, Guerra da Cisplatina, entre outras. A legitimação da independência também precisou se articular dentro das conjecturas internacionais, o reconhecimento esse que só veio em 1825 mediante a algumas imposições externas, entre elas a abolição gradual do tráfico negreiro. Em 1831 tem-se o fim do Primeiro Reinado, depois de um processo em que a imagem do monarca D’ Pedro I passa de herói da proclamação a antiliberal detestado, ele então renuncia a seu posto deixando o trono para seu filho Pedro de Alcântara, que tinha apenas 5 anos de idade, o que reverberou em um governo regencial.
Período Regencial (1831-1840): Segundo a legislação brasileira daquele momento, o para assumir o trono era necessário a maioridade, ou seja ter 18 anos completos, enquanto Pedro Alcântara não atingia a idade para tomar posse de sua coroa, uma comissão de regência era estabelecida para administrar o Brasil. Esse momento foi marcado por uma grande ebulição de revoltas e querelas, configurando uma grave crise política. Dentre as principais revoltas destacamos a Guerra dos Farrapos, a Sabinada, a Balaiada e a Cabanagem. Muitos compartilhavam da ideia de que o clima insegurança política era uma reflexo da falta de um monarca forte instituído de poder para assegurar a coesão social, por isso, em 1840 houve o chamado Golpe da Maioridade, que acabou com as regências e permitiu a subida ao poder de D’ Pedro II, esses com apenas 14 anos.
Segundo Reinado ( 1840- 1889): Tem inicio com o Golpe da Maioridade e finda-se com a Proclamação da República, nesse meio tempo devido a pressões externas a mão de obra escrava paulatinamente é posta de lado, substituída por imigrantes assalariados. Vários posicionamentos do imperador contribuíram para o seu desprestigio entre as elites religiosa, política e militar, o que confluiu para o golpe político fomento para a instauração da República.
Proclamação da República
Em 15 de Novembro de 1889 uma investida político-militar tendo como principal líder o marechal Deodoro da Fonseca derrubou o regime monárquico constitucional parlamentar e em seu lugar fez surgir uma nova organização estatal, a Republica Federativa Presidencialista do Brasil. Esse processo ruiu com a soberania do imperador D’ Pedro II.
Vários foram os fatores confluíram para o fim da monarquia, militares que participaram da peleja contra o Paraguai aspiravam ter uma maior representatividade dentro da estrutura política, entretanto não conseguiram tal visibilidade e começaram a tramar contra o Estado. O apoio da igreja D’Pedro II perdeu ao não permitir que dois lideres cléricos acatassem ordens diretas do Vaticano em punir católicos que membros da Maçonaria. A Elite agrária também estava bastante insatisfeita com a política abolicionista do império, estes não concordavam com a remuneração dos trabalhadores e desejavam o retorno da escravidão, o estopim da querela entre cafeicultores e imperador se deu com o legitimação da Lei Áurea promulgada pela princesa Isabel em 1888. Assim a tríade sustentadora do império se esfacelou reverberando na perda da majestade de D’ Pedro II.
República Velha (1889-1930)
O primeiro presidente a governar a República foi o Marechal Deodoro da Fonseca, após sua renuncia em 1891 assume a presidência o militar Floriano Peixoto, nesse mesmo ano é publicada a primeira constituição da república, nessa ficava estabelecido o voto aberto ( analfabetos e mulheres não podiam votar), sistema de governo presidencialista e a sustentação dos interesses da elite agrária.
Assim algumas características desse período foram, o poder econômico e político concentrado nas mãos das oligarquias paulistas e mineiras, o que ficou conhecido como política do Café-com-Leite; o coronelismo dos grandes latifundiários, que agiam como os donos do país para esses a barreira entre o público e o privado era inexistente, utilizavam todo tipo de desmando, como voto de cabresto, corrupção, para assegurar o ordenamento de poder no qual se privilegiava.
Quando o paulista Julio Prestes ganha as eleições presidenciais a Aliança Liberal formada pelos Estados Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba levanta a acusação de fraude nas eleições e desencadeia uma movimento militar que culminou no Golpe de 1930, onde o até então presidente Washington Luís é deposto e Prestes é impedido de assumir, ascende ao poder o gaúcho Getúlio Vargas, pondo ponto final a Republica Velha.
Era Vargas ( 1930-1945)
Getúlio Vargas governou o Brasil por quinze anos ininterruptamente, período que ficou conhecido pela alcunha Era Vargas. Podemos subdividir o governo getulista em três períodos: Governo Provisório ( 1930 – 1934), Governo Constitucional ( 1934-1937) e Estado Novo ( 1937- 1945).
* Governo Provisório: Getúlio tentou reorganizar o país, para isso exonerou governantes das unidades federativas ainda enraizados ao coronelismo e em seus lugares colocou tenentes de sua confiança, uma clara tentativa de centralizar o poder. A resposta dos latifundiários não tardou, eles se organizaram e em São Paulo aconteceu a Revolução Constitucionalista de 1932, mesmo perdendo no enfrentamento os manifestantes tiveram sua revindicação atendida e em a eleições para a constituinte foram iniciadas, em 1934 é protelada a nova Constituição.
* Governo Constitucional: No segundo mandado varguista cresciam no país duas frentes ideológicas, a AIB ( Ação Integralista Libertadora), que tinha como bandeira ideais fascistas, e a ANL ( Aliança Nacional Libertadora) com o discurso calcado no socialismo. Para se reeleger o presidente se aproximou da ANL, mas os poucos se dirigiu para a direita e depois da frustrada Intentona Comunista decretou Estado de Sítio no país,o que culminou na dissolução da constituição, iniciando assim o famigerado Estado Novo.
*Estado Novo: Em 1937 o Golpe Militar getulista é deflagrado, dando inicio a Ditadura. Esse regime foi marcado por grande censura aos canais midiáticos e a CLT ( Consolidação das Leis de Trabalho) que rompeu paradigmas no âmbito dos direitos trabalhistas. Com a entrada efetiva do Brasil na Segunda Grande Guerra, inicia-se também uma dualidade na postura política do Brasil, internamente vigorava um itinerário de ideias fascistas, em contraponto, o país apoiou o grupo dos Aliados. Sempre ouve desfavoráveis a ditadura, o Manifesto dos Mineiros e a Passeata do Silêncio foram as mais icônicas manifestações, que obrigaram forçaram Getúlio a convocar novas eleições,no entanto, um Golpe Militar tirou o do poder e o exilou em São Borja, sua cidade natal. Dá-se ai o fim da Era Vargas, mas não o de Getúlio, que votaria a presidência em 1951 ” nos braços do povo “. Saiba mais sobre a Era Vargas clicando aqui.
Brasil Democrático (1945-1964)
Em 1945 foram realizadas eleições para a presidência, cujo vencedor foi o General Eurico Gaspar Dutra, no ano seguinte foi fomentada a nova Constituição, que definia o a forma de governo como república federativa, mandato presidencial de cinco anos, eleições diretas, voto secreto direto sem acepção de gêneros ( apenas para alfabetizados) e a garantia da liberdade de expressão, locomoção e pensamento. Ao todo seis presidentes passaram pelo poder brasileiro durante a república, foram eles:
* Eurico Gaspar Dutra (1946- 1951)
* Getúlio Vargas ( 1951-1954)
* Café Filho ( 1954-1955)
* Juscelino Kubitschek ( 1955-1961)
* Jânio da Silva Quadros ( 1961)
* João Goulart (1961-1964)
Ditadura Militar (1964- 1985)
No dia 1 de Abril de 1964 é deposto através de Golpe Militar o então presidente João Goulart, conheça com mais detalhes a queda de Jango clicando aqui. Tem inicio um dos períodos mais a obscuros da política brasileira, o Regime Militar, marcado pela forte repressão a qualquer ato de contravenção, censura e inexistência de direitos democráticos. Os seguintes ditadores governaram o Brasil durante essa fase:
*Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco (1964-1967)
*Arthur da Costa e Silva (1967-1969)
*General Emílio Garrastazú Médice (1969-1974)
*General Ernesto Geisel (1974-1979)
*General João Batista Figueredo (1979-1985)
Quando Geisel ascende ao poder tem-se inicio a deterioração do estrutura militarista, há então um afrouxamento na mão de ferro, tendo com símbolo maior disso a dissolução do AI-5, o que seria parte do plano de ” distensão lenta, segura e gradual”. Figueredo assume em 1979 com a promessa de devolver a democracia ao país, em 1984 acontece o movimento Diretas Já onde o povo vai as ruas manifestar pela mudança. Em 1985 Tancredo Neves é eleito indiretamente, mas morre dias depois, assumindo o então Vice-presidente José Sarney, o que põe fim definitivo a ditadura.
Brasil até os dias atuais
* José Sarney ( 1985-1990): restabelecer as eleições diretas, Constituição de 1988 e Plano Cruzado.
* Fernando Collor de Mello ( 1990-1992): Congelamento de salários e preços, fim de benefícios fiscais, fechamento de alguns órgãos, bloqueio de depósitos bancários por 18 meses, Plano Collor e Impeachment.
* Itamar Franco (1992-1994): Cruzeiro Real e Plano FHC.
*Fernando Henrique Cardoso ( 1995- 2002): Plano Real, Implantação do Mercosul, aumento da divida externa, Lei da Responsabilidade Fiscal e Privatizações.
* Luiz Inácio Lula da Silva ( 2002- 2010): pagou a divida com o FMI, criação de programas de inclusão social, criação do PAC, reduziu a inflação e a deflagração do escândalo do mensalão.
* Dilma Rousseff (presidente atual): investimentos em programas sociais para erradicação da miséria, lançamento do Brasil Carinhoso, preparação do país para a Copa do Mundo, fomentando principalmente estádios e aeroportos, vinda a publico de uma série de escândalos envolvendo membros da conjuntura política e as manifestações em andamento codinome Primavera Brasileira, que já atinge patamares históricos, milhões de pessoas já sairão as ruas gritando palavras de ordem e mostrando a grande insatisfação com diversos parâmetros e posicionamentos da maquina administrativa do país.
As manifestações populares começaram devido a um aumento de 20 centavos nas passagens de ônibus, mas ganharam força envolvendo varias outras frentes de batalha como o repudio a corrupção, os gastos excessivos com as obras para a Copa em contraponto com a falta de estrutura da saúde e educação, a indignação com a aprovação na câmara do projeto Cura Gay e com a tramitação da Pec 37 são alguns dos pontos principais que reverberaram na mobilização de grandes contingentes populacionais.
É difícil definir os protestos com movimento homogêneo, isso porque até então ele não tem lideranças estabelecidas, são apartidários e compostos por integrantes de diferentes grupos sociais, sendo maior parte desses estudantes universitários. Os governo já atendeu a alguns pedidos dos cidadãos amotinados e a Dilma reuniu-se com os governantes das principais cidades do país para firmar um Pacto que prevê um plebiscito para possibilitar a reforma política, além de uma série de medidas na area da educação, saúde, mobilidade urbana e responsabilidade fiscal, uma tentativa de se mostrar proativa aos manifestos. No entanto, para alguns analistas quase “o tiro saiu pela culatra”, pois devido ao caráter emergencial das propostas a falta de consulta previa com as demais instâncias, acometeu em um certa desarmonia entre os poderes, muitos acusam a presidenta de tentar jogar a responsabilidade para as mãos do Congresso,que precisa votar sobre as proposições presidenciais.
Em quanto isso cada vez mais brasileiros vão as ruas e prometem findar os protestos somente após mudanças notórias e perenes. Embora ora se observe a ação repressiva e truculenta da polícia, ora alguns reacionários vandalizando e saqueando, o movimento como um todo tem o carácter pacífico, pois sua essência da-se no patriotismo e no sentimento ufano, não quer destruir e sim reformar o país.
Em 2013 o Brasil entrou em um processo de manifestações continuas após uma aumento de 0,20 centavos na passagem do ônibus no transporte publico no Estado de São Paulo e no Rio de Janeiro, esse foi o estopim para dar inicio a uma serie de manifestação contra o governo.
As manifestações ganharam outras dimensões muito maiores do que sua primeira revindicação de diminuição da tarifa do transporte publico, acabou virando um motivo para uma manifestação nacional, vários protestos se organizaram por redes sociais como o Facebook e no twitter, diante do inicio das copas das confederações o movimento gerado se aproveitou da mídia internacional, para criar apoio pelo mundo inteiro, milhares de videos foram postados na internet mostrando que milhares de brasileiros foram as ruas clamar pelos seus direitos.
Os protestos começaram a ganhar repercussão no dia 16/06/2013 em uma escala menor de pessoas que vieram manifestar em algumas capitais, teve inicio a repressão da policia, e o inicio de uma exposição do movimento com a mídia que muitas vezes retratava alguns poucos vandalismos isolados, diante do quadro de muitas pessoas, no dia 17/06/2013 houve um dos maiores movimentos nos últimos vinte anos da história do Brasil, estimasse que houveram mais de 60 mil pessoas em São Paulo, mais de 80 mil no Rio de Janeira e outras capitais como Porto Alegre, Belo Horizonte se manifestação com um enorme quantidade de pessoas.
Outra vez houve repressão policial, e alguns poucos casos isolados de vandalismo, a mídia internacional começou a voltar os olhos para os movimentos no Brasil, a internet era bombardeada de recados de apoio, fotos dos movimentos, videos, em Brasilia assim como em 1983 os brasileiros invadiram o congresso nacional, simbolo de um movimento que tomou proporções gigantescas, muitos estudiosos estão chamando o movimento de “primavera brasileira” uma referencia as palavras de Che Guevara.
No dia 18/06/2013 novamente o povo voltou as ruas, diante dos movimento do dia 17 pelo menos 6 Capitais já haviam abaixado o preço da tarifa do transporte publico, apesar da repressão, que acontecia não só com manifestantes mas com jornalistas também, no dia 18/06 o movimento foi ainda maior que no dia 17 estimasse mais de 100 mil pessoas só no Rio de Janeiro, varias pequenas cidades do pais inteiro também manifestaram o seu apoio, houve confronto entre manifestantes radicais e policiais novamente.
Entretanto no dia seguinte as duas maiores cidades do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro, abaixaram a tarifa do transporte publico, uma vitoria muito comemorada pelos brasileiros que demonstra na pratica o poder do povo, apesar da prefeitura de São Paulo ter sinalizado a redução ainda houve movimento no dia 19, ainda que em escala menos, mas houve principalmente em Fortaleza como forma de chamar a atenção devido ao jogo do Brasil que acontecia lá.
Todo o movimento do que estava organizando manifestação decidiu realizar um ato nacional dia 20/06/2013 que ainda está para acontecer, talvez este ato decida uma serie de rumos para todo o movimento.
Motivos que levaram a manifestação
A primeira causa, ou estopim foi o reajuste de 0,20 centavos na passagem do transporte publico o que muitos consideravam um motivo banal, entretanto esse foi apenas um estopim para um movimento maior, que tinham muitas reivindicações, o que se assemelha muita a revolução francesa pois o seu estopim foi o aumento do preço do pão.
Existem muitas reivindicações como diminuição da corrupção, retirada imediata da proposta de lei PEC 37 que prevê diminuir o poder do Supremo Tribunal Federal, órgão responsável por fiscalizar o Legislativo, o que daria liberdade para políticos fazerem atos absurdos sem nenhum punição.
Entre os manifestantes não há uma ordem consistente do que está sendo exigido, existem diversos motivos diferente que estão levando as pessoas as ruas, provavelmente em breve sairá algumas lista de reivindicações que atendam a maioria do pedidos da população.
Quem são os manifestantes
Inicialmente eram militantes e universitários que estavam nas ruas, depois de pouco tempo trabalhadores de todos os seguimentos sociais se juntaram ao manifesto, ainda não há uma estimativa clara de quem são realmente os manifestantes, mas estimasse que são jovens de uma faixa etária entre 17 a 25 em sua maioria, e mais de 50% são estudantes.
Quais cidades estão envolvidas nesse movimento?
Até o presente momentos eram colocados 11 Capitais e espalhadas pelo Brasil mais de 500 cidades, que criaram movimentos em apoio, muitas vezes com outras reivindicações , mas ainda que ainda assim apoiavam o manifesto nas capitais.
Como a mídia internacional está demonstrando esse movimento
Em sua maioria a mídia internacional expressa apoio positivo ao movimento, ainda que relatem casos isolados de vandalismo, jornais importantes do mundo inteiro publicaram sobre os movimentos do Brasil como o El país, e The New York Times. Porém na mídia nacional são poucos os apoios manifestados, em sua maioria são apenas relatos de poucos casos de vandalismo e números duvidosos sobre a quantidade de manifestantes.