Urbanização processo como surgiu e consequências

A urbanização no Brasil se deu de forma muito rápida e por consequência de maneira desordenada. Esse processo ocorreu ao longo do século XX com uma alta taxa de migração da população, que saíram da área rural para procurar melhores condições de vida nas regiões urbanizadas.

Causas

Pelo processo de crescimento estar em alta atividade no Brasil nesse período, grandes cidades foram fundadas. A maior parte delas com um grande potencial em indústrias em ramos de categorias amplas, possibilitando assim inúmeros empregos, deixando cada vez mais a população rural atraída pelas oportunidades que eram lançadas aos habitantes que viviam nesses grandes centros industriais.

Mesmo com alto processo de industrialização, nem todas as regiões do país foram contempladas de forma igualitária a esse processo de expansão em consequência das suas políticas públicas. As regiões que mais possuíram destaque nesse meio foram o Sul e o Sudeste, que possuem uma grande concentração de área urbana.

Consequências

Urbanização

Exôdo rural foi o nome dado a essa migração que saíram do seu meio rural para ir até os centros urbanos procurar novas oportunidades de emprego. Em décadas passadas, esse processo aconteceu com grande força e com isso, houve então um grande inchaço da maior parte dessas grandes cidades industriais.

Nesse momento ainda não existia um grande projeto urbano para conter esse crescimento populacional demasiado e com isso, diversas consequências vieram logo em seguida para essas cidades, tais como problemas de saneamento básico, congestionamentos, falta de moradias, poluição ambiental, falta de áreas verdes, indústrias e reservas ambientais ocupando o mesmo espaço, violência, desastres naturais, barulho demasiado e diversos outros fatores que proporcionam uma má qualidade de vida para essas sociedades.

Nessa mesma época, ocorreu um planejamento no país para criação de algumas cidades, uma delas a atual capital do Brasil, Brasília. Eles servem para evitar que diversos problemas sejam causados, como nas grandes cidades que crescem de maneira muito rápida e acabam não tendo um suporte adequado.

Com os planejamentos, é possível conter por um grande período as consequências mais visíveis nos grandes centros urbanos e assim proporcionar melhores condições e maior qualidade de vida para os habitantes daquela região.

Curiosidade

Pelo grande aumento das massas rurais em centros urbanos, várias favelas foram construídas. Isso aconteceu pois muitos não conseguiram alcançar seus objetivos e possuir a qualidade de vida que pensavam, além das cidades também não proporcionarem suporte algum de moradia, alimentação e condições básicas para eles.

Crise do ouro no Brasil

A crise do minério no Brasil aconteceu no fim século VIII, onde ocorreu o escasseamento das jazidas de ouro. Por esse motivo, era visível o enrijecimento da fiscalização em relação as cobranças de impostos. Com isso, em 1789, a criação da derrama e a insatisfação, levaram a organização da Inconfidência Mineira, tempo que marcou o desenvolvimento da crise mineradora em território colonial.

O ouro no brasil se destacou graças ao grande enriquecimento de produção de açúcar dos holandeses, que deixava o produto brasileiro mais desvalorizado. Com isso as taxas de impostos já não mais rendia muita riqueza como em tempos anteriores. Após essa etapa, várias famílias foram em busca de novas formas de vida, onde encontraram inúmeras minas.

Muitas cidades foram abandonadas nesse processo, onde várias famílias iam em busca de jazidas para trabalhar e conseguir obter o seu sustento e o de sua família. Tudo o que eles conseguiam encontrar de minério, tinha que ser dado 20% – ou até mais – para os portugueses que era relativo a taxa de impostos.

Crise do minério no Brasil
Crise do minério no Brasil

O auge do ouro nos estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso se deu no século VII, onde os bandeirantes descobriram as jazidas e os portugueses logo se interessaram. Durante anos foi travado conflitos entre esses povos para conquistar a soberania sobre as minas, onde se deu a Guerra dos Emboadas.

Pela oportunidade que havia sido empregada em diversas minas em todo o país, o sistema de exploração aurífera acabou sendo desestimulado. Nesse período é então criado as Vilas de São João Del Rei, do Ribeirão do Carmo, atual Mariana, Vila Real de Sabará, de Pitanguí e Vila Rica de Ouro Preto, atual Ouro Preto, entre de outras.

Com o ouro, o eixo político econômico brasileiro subiu na região sul e sudeste pois suas minas eram mais próximas de lá. Pela exploração ter sido muito contínua, violenta, injusta e sangrenta, muitas revoltas foram criadas entre os trabalhadores e os servos dos portugueses, diminuindo assim a força de mão de obra nas jazidas e fazendo com que os olhos novamente voltassem para o campo.

Havia então a recuperação das atividades no setor agrícola. Ocorreu então a valorização de vários produtos, tais como o tabaco, o algodão e o açúcar, que marcou esse período como o “renascimento agrícola”.

Os recursos agora utilizados para explorar as minas de ouro eram muito mais caros e com isso sua diminuição de extração se fez de forma rápida. A partir daí, o tabaco e indústria têxtil se alastra entre os meios de produção, juntamente com a recuperação do mercado de açúcar.

Guerra dos Emboabas

A Guerra dos Emboabas foi o período entre lutas armadas que ocorreu no estado de Minas Gerais entre os anos de 1707 á 1709, que envolvia povoados portugueses e imigrantes de várias outras regiões do Brasil ou chamados de bandeirantes paulistas e emboabas.

Causas

Esse confronto teve sua causa principal a descoberta do território brasileiro e suas conquistas de poder dos produtos naturais encontrados nas diversas áreas do país, tal como o ouro, que é o foco principal desse embate.

Guerra dos emboabas

O início desse processo se marcou então pelo grande interesse nas minas de ouro que existiam em Minas Gerais, onde os paulistas afirmavam que eles quem haviam descoberto essa grande riqueza e que por isso, deveriam possuir total exclusividade nessa exploração.

A partir desse desentendimento as lutas começaram, onde os emboabas eram liderados por Manuel Nunes de Viana e os paulistas pelo bandeirante Borba Gato.

Conflito

O conflito mais importante entre esses povos se deu no ano de 1708, na região de Ouro Preto, o sangramento foi o mais visto em todos os anos por esses cidadãos, onde os emboabas após um longo período de embates conseguiu dominar todo o estado de Minas Gerais, fazendo com que os bandeirantes paulistas se refugiassem na área do Rio das Mortes.

Indignados com o poder de embate reverenciado por Nunes Viana e pelo tratamento que seu povo os proporcionou, os bandeirantes liderados agora por Armando Bueno da Veiga, formaram um grande exército para se vingar do massacre que viveram. Esse período de lutas durou cerca de uma semana. Somente após esse conflito, criou-se a Capitania de São Paulo, fazendo com que os povos se esquecessem de suas diferenças e de organizações de poder para que a paz reinasse sobre eles.

Consequências

* Com a derrota dos paulistas em mais um embate, a paz reina entre os povos, onde a Coroa Portuguesa cria a partir daí a Capitania de São Paulo e Minas de Ouro;

* A cobrança do quinto passou a ser respeitada, sendo regulamentada nesse instante;

* A Coroa Portuguesa assume o controle de exploração das minas;

* Depois de terem sido derrotados, quase toda a totalidade de cidadãos encontrados nos povoados bandeirantes paulistas, partiram para outros estados – Goiás e Mato Grosso – em busca de novas minas que pudessem explorar.

Guerra dos Farrapos consequencias

Quadro ilustrando tropas farroupilhas.
Ilustração das tropas farroupilhas com a bandeira da República Piratini.

A Guerra dos Farrapos também conhecida como Revolução Farroupilha, foi um movimento separatista que eclodiu na província do Rio Grande do Sul do Brasil Império.

As proximidades com as repúblicas que estavam se formando da antiga América Espanhola permitia que ideais republicanos adentrassem na província e ganhassem adeptos. Mas isso não garantia que todos os agentes políticos gaúchos fossem separatistas.

Os agentes políticos eram adeptos a diferentes idéias como imperialistas, abolicionistas, libertários, tanto no grupo dos farrapos como dos estancieiros.

Mesma com tantas coisas em incomum, a maioria dos Rio Grandenses sentiam-se da mesma forma com relação ao império do Brasil. Estancieiros eram responsáveis por grande parte da economia da província que sobrevivia com o mercado de charque, couro e criação de gado. Os gaúchos também não exportavam sua produção. Lucravam com o comércio interno no Brasil e pequenas relações comercias com o Uruguai.

O charque dos gaúchos recebia grandes taxas de tributação para chegar em outras regiões do país como se fossem estrangeiros. Essas tributações aumentavam o preço do produto que consequentemente não era comprado pela maioria dos mineiros e nordestinos, para quais era destinados. Esses compravam o charque argentino e paraguaio que vinha mais barato e com qualidade a essas localizações.

O império do Brasil nada fazia para mudar essa situação e os baixos lucros  aborreciam os gaúchos. As ideias separatistas e libertárias, como também os benefícios de uma replica povoaram a mente dos farroupinhos e estancieiros. A elite dos fazendeiros e os farroupilhos então decidem lutar por condições melhores de comércio e liberdade. Compõem milicias e marcham para Porto Alegre onde tomam a cidade e declaram a instauração da República Paratini.

Marcham em direção a Santa Catarina e dominam a província, que declara a instauração da República Juliana. O império nomeou Duque de Caxias para então governador do Rio Grande do Sul que iniciou batalhas armadas contra os Rio Grandenses. Em 1845 os comandantes farroupilhos aceitam o tratado de paz que garantiam a liberdade dos escravos participantes da guerra, anistia dos rebeldes, mudanças dos impostos e taxas no comércio, incorporar os oficiais farroupilhos no exército imperial e a devolução das terras perdidas na guerra.