Regras para o uso da crase

A crase se classifica em uma junção/fusão de dois encontros vocálicos idênticos que se pronunciam em um só. Na língua portuguesa, o termo “crase” se refere ao nome que se dá a contração da preposição “a” com outras finalidades.

A crase forma quando a preposição “a” faz fusão com:

* “a” do pronome demonstrativo “a” ou “as”;

* “a” dos pronomes: aquele/s, aquela/s, aquilo, aqueloutro/s e aqueloutra/s;

* “a” do pronome relativo “a qual” e “a quais”;

* artigo feminino “a” ou “as”.

Observação: Sempre irá ter crase quando a oração se referir a alguma coisa ou a alguém.

O sinal mais fácil para verificar a fusão dos termos são a crase de dois aa, dando assim um acento grave.

 Uma importante dica para saber se deve-se ou não fazer o uso da crase, é substitui-la por “ao” e o seu substantivo feminino por um masculino. Se em ambos os casos a alteração for realizada sem danos ou prejuízos, concerteza terá crase.

Regras para o uso da crase

Exemplos:

Fui à mercearia. Quando substituímos o “à” pelo “ao”, podemos trocar por “fui ao mercado”.

A crase é obrigatória:

* Em toda e qualquer expressão que indicam horas ou em locuções, sendo elas à medida que, à noite, às vezes, á moda, etc.

Exemplo:

Venha aqui em casa às 10 horas da manhã.

A case é facultativa:

* Antes de pronome possessivo (feminino): Encaminhe-se á sua sala;

* Antes de nome próprio (feminino): Refiro-me à Emanuela;

* Depois da preposição “até”: Caminhe até à varanda e sente-se.

Uso proibido da crase:

* Antes de verbos;

Exemplo: Números a visualizar.

* Entre substantivos idênticos;

Exemplo: Eu vou te ver cara a cara.

* Antes de substantivos masculinos – salvo a expressão “á moda”;

Exemplo: Andar a cavalo.

* Antes de pronomes relativos, indefinidos, pessoais e demonstrativos – salvo a terceira pessoa;

Exemplo: Entregue a chave a ela.

* Antes de numerais;

Exemplo: Esse chapéu custa entre R$ 50,00 a R$ 100,00.

* Após o uso de preposições;

Exemplo: Contra a ação da manifestação, policiais atacaram.

* Antes de plural sem o emprego do artigo definido “as”;

Exemplo: A carta não diz respeito a mulheres ingratas.

* Antes de topônimos de cidades.

Exemplo: Fui a Orlando.

Parabéns a todos tem crase

crase
Acento grave.

A língua portuguesa é umas das mais complexas e difíceis do mundo. Atualmente, nosso idioma provindo dos portugueses vem chamando atenção por sua dificuldade e pela quantidade de pessoas que falam português pelo mundo.

Algo muito visto porém pouco usado por grande parte dos brasileiros é a crase. A crase não caracteriza o acento ao contrário, e sim o fenômeno que é marcado por ele.

Esse fenômeno caracteriza-se no encontro com a preposição “a” com o artigo feminino “a“. Quando isso acontece, escrevemos o “a” apenas uma vez e o colocamos um acento grave ( ` ).

Fui à Argentina” = Nessa frase a preposição que liga “Fui” a “Argentina” encontra com o nome feminino “Argentina” que pede o artigo feminino “a“. Nesse caso, usa-se o acento grave pois caracteriza o fenômeno da crase.

Existe alguns métodos bastante eficazes e fáceis para saber quando usar o acento grave ou não. Basta repetir a frase a si mesmo trocando o “a” por “para a“. Se a frase manter o sentido concreto, significa que há existência da crase.

Fui à Argentina” pode ser lido “Fui para a Argentina” mantendo o mesmo sentido da primeira frase.

Substitua o nome feminino por outro nome masculino. Ao ler a frase, se fizer sentido com “ao” ou “aos“, significa que ocorre a crase.

Temos respeito à vida” pode ser lido “Temos respeito ao copo“. Logo, há crase.

Substitua o verbo “ir” pelo verbo “voltar“. Se a frase fizer sentido com “Voltar da“, significa que existe crase.

Iremos à Manilha” pode ser lido “Voltaremos da Manilha“. Logo, há crase.