Denomina-se como cleptomania um surto ou transtorno muito sério de controle de impulsos, onde um indivíduo, por mais que se esforce, não consegue se controlar ou resistir, cedendo ao hábito de realizar furtos. Nesses casos, não importa se o objeto furtado possui valor ou não, pois normalmente são acumulados ou descartados.
Os furtos normalmente são acompanhados de momentos de tensão que crescem antes do ato e de um grande sentimento de satisfação durante e após a realização do mesmo. Pessoas com cleptomania roubam pelo alívio emocional, pelo prazer que a ação os proporcionam. Essa é a grande diferença entre um ladrão e um indivíduo com cleptomania.
Normalmente, os indivíduos que possuem a enfermidade também tem alguns outros distúrbios mentais, sendo os principais deles:
- Anorexia nervosa;
- Ansiedade;
- Bulimia;
- Bipolaridade;
- Nervosismo (quando não conseguem roubar);
- Depressão.
Diagnóstico
Já existem alguns métodos utilizados para conseguir distinguir um cleptomaníaco de um ladrão ou para realizar a constatação da doença, sendo eles:
- Fracasso em resistir ao impulso de furtar;
- Ansiedade antes do furto e a satisfação, o prazer e o alívio após o furto;
- Furtos desassociados as formas de expressões sentimentalistas (como raiva, estresse, vingança, etc);
- Furtos desassociados as formas de delírio;
- Furtos que não podem ser explicados por outros transtornos (tal como de Conduta, Episódio Maníaco ou Transtorno da Personalidade Antissocial).
Formas de cleptomania
- Esporádica: onde o indivíduo apresenta episódios rápidos de furtos e longos períodos de abrandamento;
- Episódicas: onde o indivíduo apresenta longos episódios de furtos e curtos períodos de abrandamento;
- Crônica: onde o indivíduo apresenta vários episódios de furtos, acompanhados por culpas ou abrandamento em curta duração.
Todas as pessoas que são acometidas pela doença, procuram não cometer os furtos quando se sentem reprimidas antes ou após cometer o ato. Esses indivíduos quase nunca apresentam reações de culpa, medo de serem flagrados e presos ou qualquer tipo de depressão por não conseguirem controlar seus impulsos.
Tratamento
Existe uma grande dificuldade em começar a realização do tratamento, pois a maior parte das pessoas afetadas pela doença não procuram ajuda ou sequer admitem a enfermidade por terem vergonha ou por não conseguirem ver a gravidade do caso. Normalmente os tratamentos são feitos com acompanhamentos psicológicos e psiquiátricos, em alguns casos também se utiliza medicamentos, tal como ansiolíticos e antidepressivos.
Quanto mais cedo for constatada a doença, mais rápido o paciente responderá ao seu tratamento, por isso é muito importante que todos os parentes e amigos do indivíduo fiquem atentos aos seus hábitos e reações, se o mesmo possuir atos como os descritos ao longo deste texto.