Os Grandes Pensadores Da História: Filósofos E Suas Contribuições Para A Humanidade

Os grandes pensadores da história têm desempenhado um papel crucial na evolução do pensamento humano e na formação das sociedades em que vivemos. Os filósofos, em particular, dedicaram suas vidas ao questionamento e à reflexão sobre questões fundamentais que moldaram as bases da filosofia e da ciência.

Um dos filósofos mais importantes da história é Sócrates, um pensador grego que viveu no século V a.C. Sócrates é conhecido por ter desenvolvido o método socrático, que consistia em fazer perguntas aos seus interlocutores a fim de levá-los a refletir sobre seus próprios pensamentos e crenças. Sua principal contribuição foi a ênfase na importância do autoconhecimento e da busca pela verdade através do diálogo racional.

Outro filósofo de destaque é Aristóteles, discípulo de Platão, que viveu no século IV a.C. Aristóteles foi um pensador polímata, abordando temas que iam desde a ética e a política até a física e a biologia. Suas obras tiveram um impacto duradouro na filosofia ocidental, influenciando áreas como a lógica, a metafísica e a ciência.

Na Idade Média, Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino foram dois dos principais filósofos da época. Santo Agostinho, conhecido por suas reflexões sobre a natureza do tempo e do livre-arbítrio, foi uma figura central no desenvolvimento da teologia cristã. Por sua vez, Santo Tomás de Aquino buscou conciliar a filosofia aristotélica com o pensamento cristão, estabelecendo as bases da filosofia escolástica.

No Renascimento, pensadores como René Descartes e Francis Bacon deram início ao movimento da filosofia moderna. Descartes é conhecido pelo famoso princípio “Penso, logo existo”, que marcou o início do pensamento racionalista. Bacon, por sua vez, foi um defensor do método indutivo na ciência, contribuindo para o desenvolvimento do empirismo.

Já no século XIX, Karl Marx e Friedrich Nietzsche foram dois dos filósofos mais influentes da época. Marx é conhecido por sua crítica ao capitalismo e sua defesa do socialismo, enquanto Nietzsche questionou as bases da moral tradicional e propôs uma nova ética baseada na vontade de poder.

Esses são apenas alguns exemplos dos grandes pensadores da história e de suas contribuições para a humanidade. Suas ideias e teorias continuam a influenciar o pensamento contemporâneo e a nos desafiar a refletir sobre questões fundamentais da existência humana. Estudar o pensamento desses filósofos é uma oportunidade única de expandir nossos horizontes intelectuais e compreender melhor o mundo em que vivemos.

O Que É Empirismo Na Filosofia E Como Ele Influencia O Pensamento Científico Moderno

O empirismo é uma corrente filosófica que surgiu no século XVII e teve grande influência na formação do pensamento científico moderno. Para entender o que é empirismo, é necessário compreender sua ideia central: a teoria do conhecimento baseada na experiência sensorial.

De acordo com os empiristas, todo conhecimento humano é adquirido através da experiência sensorial, ou seja, por meio dos sentidos. Isso significa que as informações que chegam até nós através da visão, audição, tato, paladar e olfato são a fonte principal do conhecimento. Segundo essa corrente filosófica, a mente humana é uma “tábula rasa”, ou seja, uma folha em branco que é preenchida ao longo da vida com as informações obtidas através das experiências.

Essa visão contrasta com a corrente filosófica do racionalismo, que acredita que o conhecimento pode ser adquirido através da razão e da reflexão, independentemente da experiência sensorial. Para os empiristas, as ideias inatas não existem e tudo o que conhecemos é fruto da experiência concreta.

No campo da ciência, o empirismo teve uma grande influência na forma como os cientistas pensam e desenvolvem suas teorias. A observação e experimentação são fundamentais no método científico, justamente para confirmar ou refutar hipóteses a partir das evidências empíricas coletadas. A ciência moderna se apoia no empirismo para buscar um conhecimento mais preciso e confiável, baseado em fatos observáveis e mensuráveis.

Um exemplo prático do empirismo na ciência é a teoria da evolução de Charles Darwin. A partir de observações de variedades de animais e plantas ao redor do mundo, Darwin propôs a teoria da seleção natural como mecanismo responsável pela diversidade das espécies. Suas observações empíricas e a coleta de evidências foram essenciais para o desenvolvimento dessa teoria revolucionária.

Em resumo, o empirismo na filosofia e na ciência enfatiza a importância da experiência sensorial como base do conhecimento humano. Essa corrente filosófica influenciou profundamente o pensamento científico moderno, contribuindo para o surgimento de teorias fundamentais para o avanço da ciência. Ao compreender o empirismo, os estudantes podem ter uma visão mais clara de como o conhecimento é adquirido e validado, tanto na filosofia quanto na prática científica.

Quais os problemas do Inatismo e do Empirismo

Quais os problemas do Inatismo e do Empirismo

O raciocínio humano e sua inteligência, é um assunto que vem sendo discutido há séculos por importantes filósofos da história, onde todos tentaram chegar a um consenso sobre a origem dos princípios racionais. Toda essa discussão teve início por Aristóteles e Platão, tendo suas teses  e outras demais debatidas posteriormente por seus discípulos.

Os dois grandes e primordiais conceitos descritos por esses filósofos foram o inatismo e o empirismo, bases que provocaram grandes indagações nas mais diversificadas áreas de conhecimento humano, que ascenderam a dúvida de muitas perguntas, como: De onde nasce as potencialidades e dons do homem?, Como ele as desenvolve?, entre tantas outras.

Inatismo

O grande percursor dessa tese foi Platão (427-347 a.C.), o mesmo defendia que os indivíduos nasciam com saberes e sua inteligência adormecida, que necessitavam de métodos organizacionais para que os conhecimentos se tornassem verdadeiros. Nesse caso, o professor ou educador, exercia a função apenas de auxiliar o aluno a acessar suas próprias informações.

Quais os problemas do Inatismo e do Empirismo
Representação do cérebro humano.
(Foto: Reprodução)

Através desse dado, podemos concluir que o filósofo afirmava que o conhecimento mental de um ser humano não era adquirido ou aprendido, mas sim nascido com o próprio indivíduo.

Essa teoria, se fez presente também nos tempos modernos, com relevância entre os racionalistas dos séculos XVII e XVIII, como Leibniz, Descartes e Espinoza.

Empirismo

Aristóteles (384-322 a.C.), o grande percursor do empirismo, apresentou uma tese completamente diferente da que Platão abordava. Ele afirmava que o conhecimento está na realidade exterior, sendo absorvido pelos sentidos humanos, onde o professor se faz como o grande detentor do saber, fazendo com que o aprendizado só possa ser obtido através da cópia e memorização.

Com isso, Aristóteles fundamentava que é com as experiências e conhecimentos adquiridos em vida que a personalidade era formada, sendo ela resultado da prática, ou seja, quando esse processo de estudo se tornava um hábito.

Outros importantes filósofos que apoiavam esse conceito eram John Locke, Tomás de Aquino, Francis Bacon, Thomas Hobbes, George Berkeley, David Hume e John Stuart Mill.

Problemas do Inatismo e do Empirismo

Os grandes problemas criados pelas divergências de ambas teorias levaram a crer que a razão enfrenta sérias adversidades quanto à sua intenção de ser conhecimento universal e necessário dentro da realidade, dando oportunidades para o aparecimento filosófico ceticista, que proporcionava dúvidas de que o conhecimento racional inquestionável e verdadeiro fosse possível.

A resolução do desacordo desses conceitos aconteceu em dois momentos, sendo eles:

Primeiro momento

  • Anterior à filosofia de David Hume e encontra-se na filosofia de Leibniz.

A solução de Leibniz, aconteceu no século XVII, onde ele estabeleceu uma distinção entre:

• Verdades de razão –  Mostra que algo ou alguma coisa é necessária de maneira universal, não podendo de modo algum ser diferente do que é e de como é, se caracterizando como uma verdade inata. Um dos maiores exemplos dessa análise, são as ideias matemáticas.

• Verdades de fato – São descritas de forma completamente opostas das verdades de razão, isso porque afirmam a total dependência da experiência, da sensação, memória e percepção, sendo caracterizada como uma verdade empirista.

Segundo momento

  • Posterior à filosofia de David Hume e encontra-se na filosofia de Kant.

A resolução kantiana aconteceu no século XVIII, tendo como seu ideal principal a “Revolução Copernicana”, isso porque teve bases nas observações astronômicas, onde a antiga tradição medieval ditava que a Terra era o centro do mundo, tendo um sistema geocêntrico, conceituação foi completamente anulada devido as seguintes afirmações:

  • O mundo não é finito, mas é um Universo infinito;
  • Os astros não estão presos em esferas, mas fazem um movimento (como demonstrará Kepler, depois de Copérnico), cuja forma é a de uma elipse;
  • O centro do Universo não é a Terra;
  • O Sol não é um planeta, mas uma estrela, e a Terra, como os outros planetas, gira ao redor dele;
  • O próprio Sol também se move, mas não em volta da Terra que participa do sistema heliocêntrico;

Com isso, Kant afirmava que todos os filósofos agiam como astrônomos geocêntricos, isso porque procuravam incessantemente um centro que não era verdadeiro. Os principais enganos relatados sobre tais teorias do raciocínio humano foram:

• Inatista: Dizer que os conteúdos ou a matéria do conhecimento são inatos.

• Empirista: Supor que a estrutura da razão é adquirida por experiência ou causada pela experiência, isso porque ela não é causada pelas ideias, mas pela ocasião que a razão recebe o conteúdo ou a matéria, conseguindo assim reformular as ideais.

Um erro ambíguo nesse processo era supor que a razão humana alcança a realidade em si.

Resposta de Hegel

  • Posterior a filosofia de Kant e encontra-se na filosofia de Hegel.

No século XIX, em resposta aos dados estabelecidos por Leibniz e Kant, Hegel proporcionou uma solução para o problema do inatismo e do empirismo, onde criticou ambas teorias e também o kantismo. Todas as críticas foram voltadas para os 3 conceitos, onde afirmava que a razão é histórica e por isso ela não está na história, pois ela é a história.

A exposição dessa ideia, criticou toda a filosofia anterior existente, onde Hegel dizia que “A mudança, a transformação da razão e de seus conteúdos é obra racional da própria razão. A razão não é uma vítima do tempo, que lhe roubaria a verdade, a universalidade, a necessidade.”

Por causa dessa resposta, várias teses empiristas e inatistas foram modificadas, sendo outras reformuladas.