O que é uma nebulosa?

Aqueles pontinhos brilhantes que ficam no céu a noite e nos parecem imutáveis e infinitos na verdade também contam com um ciclo de vida: eles nascem, crescem e morrem. Vamos dar uma olhada então em como acontece o ciclo dos astros.

As nebulosas são nuvens de poeira que tem em sua composição hidrogênio, hélio, plasma e outros gases aglutinados. Anteriormente o termo nebulosa era utilizado para definir qualquer corpo celeste indefinido no espaço, incluindo até mesmo as galáxias.

A Galáxia de Andrômena, por exemplo, assim como outras galáxias espalhadas pelo espaço, eram definidas como nebulosas até o início do século XX, momento no qual Vesto Melvin Slipher e Edwin Hubble fizeram descobertas perspicazes a respeito da natureza destes elementos.

Tipos de Nebulosa
Tipos de Nebulosa

Normalmente as nebulosas costumam ter um tamanho amplo, alcançando áreas que são relativas a centenas de anos-luz de diâmetro. Apesar de possuírem uma densidade maior que o espaço a sua volta, elas são bem menos densas se colocadas em um espaço a vácuo como, por exemplo, em um ambiente especial da Terra ela teria o peso de poucos quilogramas.

Existem casos onde as nebulosas são regiões de formação estrelar, nas quais a aglomeração de gás e outros elementos se unem para constituir uma massa maior, que por meio da atração gravitacional adquire mais massa e ocasionalmente se tornam tão maciças que se transformam em estrelas. Acredita-se que o resto dos materiais formam planetas e outros elementos de sistemas planetários.

Tipos de nebulosas

Nebulosas de emissão

As nebulosas de emissão têm em sua constituição gases com temperatura elevada, pois os átomos que estão na nuvem são energizados através da luz ultravioleta emitidas por estrelas próximas à ela, passando a emitir radiação quando a energia que advém dos astros a sua volta é baixa.

Geralmente essas nebulosas tem cor avermelhada devido ao hidrogênio, o gás mais comum no universo e que normalmente emite uma luz vermelha. Um exemplo muito conhecido é a nebulosa de Orion, a qual se encontra a cerca de 1.800 anos-luz do Sol.

Nebulosa Solar

Nebulosas de reflexão

Essa nebulosa recebe esse tipo de nome exclusivamente por refletir a luz de uma ou mais estrelas vizinhas a ela. Geralmente são azuis, uma vez que essa é a cor de luz que se propaga com mais facilidade no espaço.

As nebulosas de reflexão costumam serem vistas próximas as nebulosas de emissão, gerando um aspecto indistinto, dando a elas também o nome de nebulosas difusas. Nós temos registradas mais de 500 nebulosas de reflexão, um exemplo famoso é a nebulosa que circunda as estrelas da Plêiades.

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Nebulosas escuras

As nebulosas escuras são tão carregadas que é praticamente impossível que luz as atravesse, são portanto identificadas devido ao contraste que costumam ter em relação ao céu ao seu redor, o qual é sempre bem iluminado e estrelado.

Cientistas afirmam que elas podem estar vinculadas a regiões onde há formação estelar. Essas nebulosas podem até mesmo serem vistas a olho nu, aparecendo como um caminho turvo em contraste com o fundo brilhante da Via Láctea.

Nebulosa Escura

Nebulosas planetárias

Essas nebulosas tem esse nome por causa da primeira vez que se foram observadas, onde a sua aparência se assemelhava com a de uma planeta. No entanto, posteriormente foi descoberto que não se tratam de nuvens moleculares, mas sim que eram causadas por determinado material que uma estrela central ejetou, podendo ter explodido como uma supernova.

Nebulosa Planetária

Tal material recebe iluminação da estrela e brilha no espaço, uma vez que é possível observar a sua volta um espectro de transmissão. Podemos perceber então que essas nebulosas acontecem quando a estrelas está em seu estágio final, prestes a morrer. Esse é o fim que os cientistas acreditam que o Sol terá daqui 4,5 bilhões de anos em média.

Como são feitas as estrelas

As estrelas são formadas por nuvens de gás interestelar que são constituídas por hidrogênio e poeira. Essas nuvens são formadas através da combinação de átomos e baixas temperaturas que produzem essas moléculas. Todo o seu desenvolvimento é o que faz com que elas surjam.

Surgimento de uma estrela

Para que uma estrela seja produzida, é necessário 5 passos:

Como são formadas as estrelas no espaço interestelar?
Passo a passo para o surgimento de uma estrela.
(Foto: Reprodução)

» Colapso de nuvens: através da condensação do gás interestelar as nuvens começam a se formar, onde posteriormente se desintegram devido a gravidade;

» Protoestrelas: as nuvens vão se fragmentando em pequenas partes com tamanhos variádos, fase classificada como o ponto inicial dos corpos celestes;

» Pressão: quanto maior vão ficando a massa e o corpo celeste, maior se torna a pressão e a sua temperatura;

» Rotação: existe um gás que gira no interior da protoestrela, onde fica cada vez mais acelerado com o passar do tempo. Esse processo reproduz um disco de material estrelar;

» Estrelas: depois de variadas instabilidades, a temperatura e a pressão da protoestrela atingem o seu limite final, desencadeando as reações que aconteciam anteriormente em seu núcleo, formando assim uma estrela.

Depois que todas essas etapas acontecem a estrela é formada. Tempos depois, a mesma lança parte do seu material para o espaço interestelar, deixando-o mais enriquecido, fazendo assim com que novos corpos celestes surjam posteriormente.

Qual a forma da via láctea

A Via Láctea caracteriza a galáxia em que se encontra o Planeta Terra, bem como todo o seu sistema solar e milhares de estrelas, cerca de 400 bilhões, onde algumas podem ser vistas com a ajuda de telescópios. Essa galaxia é apenas uma das 170 bilhões que compõe o universo, em média possui cerca de 12 bilhões de anos. Mesmo com tantos recursos tecnológicos é difícil conhecer completamente a Via Láctea, uma vez que a visualização de seus recantos mais distantes estão encobertos pela poeira característica da galáxia.

A galáxia vista pelo lado de fora, tem algumas distinções a partir de importantes componentes. O Disco Galáctico pode-se notar a presença de 100 milhões de estrelas jovens e de média idade organizadas ao longo dos braços espirais, entre eles o Orion, o Braço de Centaurus e o Braço de Cygnus. Já o caroço Galáctico tem uma densidade de estrelas mais alta que as outras partes da Via Láctea. Também está presente o Arco, região essa considerada incomum, pois é formada por um campo magnético forte de filamentos gasosos.

Galáxia
A Via Láctea está constituída de aproximadamente 400 bilhões de estrelas.

A região de Halo Galáctico contém apenas 1% das estrelas na galáxia que são as mais velhas e com tom muito escuro. Mesmo com baixa contribuição no número de estrelas da Galáxia, o Halo possui grande significância. Possui formato circular, cinge o componente esférico e é todo composto por partículas que são influenciadas por altas temperaturas, conjuntos globulares e por anãs vermelhas e brancas. Embora tenha essas estruturas, o nome da galáxia se dá por causa da semelhança com um caminho esbranquiçado como leite.

Várias pesquisas e estudos astronômicos foram e são ainda feitos para obter o máximo de informações possíveis da Via Láctea. Muitos anos atrás, o astrônomo holandês Jacobus Kapteyn concluiu que a Via Láctea tinha a forma de um disco com 20 mil parsecs (distância entre as estrelas ) de diâmetro, tendo em seu centro o Sol. Tendo essa forma, a galáxia então teria grande possibilidade de ser uma galáxia espiral, algo que foi confirmado anos depois.

Sendo assim, a Via Láctea tem formato em espiral com um grande disco em rotação ao redor de um núcleo. Diâmetro com aproximadamente 100 mil anos-luz, o Sol em se interior, localizado em cerca de 28 mil anos-luz do centro galáctico. Apesar disso, seu raio e o número de estrelas que a compõe são apenas a metade do padrão observado de outras galáxias clássicas. Portanto pode ser compreendida como um grande sistema formado por gases, poeira, estrelas e matéria escura, que órbita através da força da gravidade.