Mesopotâmia resumo

Mesopotâmia é uma palavra que tem origem grega e significa “entre rios”, e é dessa maneira que essa região se encontrava em sua antiguidade, entre os rios Eufrates e Tigre no Oriente Médio – nessa região, no mundo atual, encontra-se o Iraque. Essa extensão desde o seu início sempre foi conhecida como crescente fértil, pois era uma das mais produtoras do mundo, juntamente com a Fenícia, o Egito, a Palestina e os povoados que habitavam nas encostas dos rios.

Os mesopotâmios são muito importantes em todo o seu contexto histórico, pois além de ter uma grande tradição e cultura, ainda são considerados como uma das civilizações mais antigas de todos os tempos.

Toda a sua extensão era dividida em  duas partes, sendo a Alta Mesopotâmia ao Norte – onde os recursos eram fracos e seu ponto forte eram os saques das mercadorias – e a Baixa Mesopotâmia ao Sul – que possuía terras muito férteis e bastante reprodutoras, facilitando a grande expansão agrícola durante milhares de anos.

Os principais povos que habitavam nessa região – entre os séculos V e I a. C. – os Assírios, os Babilônicos, os 

Mesopotâmia

Caldeus e os Sumérios. As características mais comuns nesse meio é que no geral, todos eram povos politeístas, onde acreditavam que todos os seus deuses possuíam ligações diretas com a natureza. As suas formas de organização eram baseadas em centralizações de poder, onde um imperador ou um rei comandavam todo o conjunto. Já em relação a sua economia, por possuírem terras férteis e uma vasta mão de obra produtiva, a agricultura ganhou grande força e com isso o comércio nômade se fez em grande escala de caravanas.

Assírios

Possuíam grande caráter militar. Acreditavam que somente com a guerra era possível desenvolver novas formas de sociedade. Eram cruéis e não se importavam com o bem estar dos cidadãos, amedrontavam as famílias e por esses motivos, despertaram a ira dessas pessoas que eram ameaçadas, fazendo com que diversas revoltas surgissem contra eles – os ditos militares.

Babilônicos

Esses povos são responsáveis pelas primeiras leis existentes no mundo – que conhecemos. Essas leis eram utilizadas pelos imperadores para controlar toda a sociedade. Nesse processo surgiram as normas de Tabalião onde os criminosos pagavam seus delitos da mesma forma que os cometeram, se fazendo então a regra “olho por olho, dente por dente”.

Um calendário foi criado por essa população para saber quais o momentos de cheia do rio Eufrates para o melhor desenvolvimento da sua agricultura. Conheciam muito os meios astrológicos e com isso criaram o relógio do sol.

Os principais nomes de imperadores desses povos são Hamurabi e Nabucodonosor II, que findaram por um certo período a conquista dos povos judeus e a região de Jerusalém.

Caldeus

Possuíam origem semitas. Habitavam na Baixa Mesopotâmia. Tinha como imperador o Nabucodonosor II, mas logo após a sua morte, todo o seu povo e império foram dominados pelos Persas.

Sumérios

Eram muito inteligentes e utilizaram essa vantagem para construir um complexo sistema para controlar a água dos rios com canais de irrigação, canais e diques. Esse processo era muito importante pois somente assim a comunidade conseguia ter água durante todo o ano.

Os sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme, usando placas de barro onde demonstravam ali o que acontecia naquela época. Graças a essas peças que a maior parte da história que sabemos sobre eles foi descoberta.

Escrita cuneiforme
Escrita cuneiforme

Eles também eram muito qualificados em assuntos de arquiteturas e construções – onde a maioria delas serviam como templos religiosos -, sendo as principais as pirâmides e as obras realizadas nas cidades de Ur, Lagash, Nipur e Eridu.

Forma de escrita dos Mesopotâmicos

Antes de surgir as primeiras escritas, a única forma que a sociedade tinha para deixar marcada toda a sua história e acontecimentos eram com as pinturas rupestres, normalmente feitas em cavernas e em grades pedras. Porém toda essa representação não se designava como forma de escrita, pois ela somente expressava os acontecimentos, mas não detalhava o porque e como aconteceu tudo aquilo e nem possuía informações mais precisas sobre os assuntos. Então, depois de algum tempo, na Mesopotâmia, um dos povos que habitavam ali – os sumérios – criaram um novo tipo de linguagem, uma nova forma de se relacionar com as pessoas, que denominou-se de escrita cuneiforme.

3500 a. C.

Sociólogos e pesquisadores baseiam que a escrita cuneiforme foi inventada por volta de 3500 a. C..

A escrita cuneiforme foi a primeira a ser inventada. Os sumérios utilizavam placas de ferro e de argila para fazerem suas anotações e divulgações sobre a economia, o cotidiano, a história, a política e as transformações. Graças a esses objetos, os sociólogos e muitos pesquisadores puderam avaliar como era o mundo 4000 a. C..

Escrita cuneiforme em placa de ferro

Por escreverem a maioria das vezes na argila e com o passar do tempo os sinais desaparecerem, os sumérios logo após de fazer suas escrituras, colocavam as placas em fornos para que tudo o que fosse registrado ficasse intacto para sempre.

A escrita cuneiforme foi muito difícil de entender e interpretar pela população da época e as de longos períodos depois. Todo o seu vocabulário possuía apenas 2.000 sinais, para inserir esse sistema na sociedade da época demorou um tempo e para fazer as pessoas mais contemporâneas entenderem demoraram muitos anos de pesquisa, pois apenas no século XX foi encontrado outras documentações que ajudavam a esclarecer a escrita cuneiforme.

Logo na mesma época da escrita mesopotâmica, veio a egípcia, que se classificava como hieroglífica e demótica, na primeira egípcios utilizavam mais desenhos, ela era bem complexa, já a segunda era mais simplificada, menos detalhista. Nas pirâmides do Antigo Egito são encontradas até hoje escrituras da época que simbolizavam a vida dos faraós, os castigos aos servos, as armadilhas e ameaças para quem desejasse ou quisesse algo dos magnânimos faraós e mensagens sobre todo o cotidiano.

Por terem sido criadas quase no mesmo período, há sempre a dúvida de qual escrita foi inventada primeiro, mas dados e fatos mostram que a primeira escrita inventada e utilizada no mundo foi a cuneiforme.

Cuneiforme

Curiosidade

Quase na mesma época que os sumérios inventaram a escrita cuneiforme, os egípcios também descobrindo a sua forma de escrever utilizou produtos de uma árvore para fazer uma espécie de papel que se chamava papiro – que é o mesmo nome da árvore. Graças a essa invenção e os aprimoramentos modernos o papel existe hoje.

Mesopotâmia o berço da civilização: Política, Sociedade, Cultura, História Antiguidade Oriental

A Mesopotâmia define-se como a maior e mais importante civilização que já pode existir, pois a partir da mesma, se pode agregar inúmeros alicerces progressivos para o desenvolvimentos das civilizações futuras, contribuindo para a real formação populacional existente nos dias atuais. A região denominada por Mesopotâmia ficava localizada entre os rios Tigre e Eufrates, numa extensão enorme capaz de comportar diferentes povos, com suas culturas e costumes.

 Mesopotâmia
A partir da Mesopotâmia surgiram as sociedades modernas.

A região citada hoje está presente o Iraque, o termo Mesopotâmia, vindo do grego, então significa “terra entre rios”, além de ser o berço da civilização considerada mais antiga do mundo, também foi de onde surgiu empreendedorismo e muita criatividade dos povos que ali estavam, que tudo criavam para facilitar suas vidas de alguma forma. Por estar em solo muito fértil, a primeira atividade exercida na região foi a agricultura que servira para o sustento dos seus.

Por causa do cultivo da terra, muitas pessoas se deslocavam para as margens dos rios e e lá descobriram uma forma de redirecionar a água por meio de canais, que serviam tanto para irrigar plantações distante como também tinha serventia na casas. A partir disso, o desenvolvimento das cidades foi ganhando proporções cada vez maiores, pois havia meios de sustento, alimentação e atividades trabalhistas.

Assim iniciava uma organização civil que se estabelecia e enumerava semelhantes princípios, a crença em deuses de diferentes tipos, como o da colheita e da chuva, havia descentralização do poder com grande influência religiosa, e alguns momentos houve uma enorme divisão da sociedade, onde se tinha pequena parcela de pessoas com maior privilégio, e uma parcela extensa de trabalhadores, escravos e também de camponeses livres.

Os sumérios
Os sumérios também inventaram a roda, utilizados em carros de combates puxados por cavalos.

Por causa do ascendente desenvolvimento da região, diferentes povos foram se deslocando para a Mesopotâmia, mas quem deu início a ocupação civilizada foram os Sumérios, que progressivamente criaram cidades-estado organizadas e fortalecidas. Tamanha fora sua estadia arrojada que os mesmos inventaram a escrita, a partir da marcação feita em placas de argila utilizando bastonetes, o que ficou conhecido como Escrita Cuneiforme.

Embora existia muita genialidade dos sumérios, também eram muito independentes e isso comprometeu seu governo central dentro da Mesopotâmia, e fragilizados foram facilmente derrotados pelos Acádios. Governado por Sargão conquistou a região da Suméria, mas seu império teve seu fim quando as cidades-estado sumérias revoltaram-se contra ele e retomaram o poder. Em 2000 a.C. Aproximadamente, finaliza-se a dinastia Suméria e a região da Mesopotâmia sofre uma fase de revoltas e caos por um período equivalente a um século.

Inicia-se então o antigo período babilônico, por volta de 1900 a.C., onde é chegada a atuação do povo amorita de denominação semita, que decidiu governar toda a região mesopotâmica. Centralizaram o governo, acabando com a independência das cidades-estado, transformaram a capital antes suméria, depois Acad para Babilônia. Nesse período surgem políticas e leis babilônicas, como o Código Hamurabi, que se baseava na crença de apenas um deus, o rei, que no caso era Hamurabi,o qual tinha origem indiscutivelmente divina e possuía o poder total.

Código Hamurabi
O rei Hamurabi governou a Babilônia entre os anos de 1792 a 1750 a.C..

O rei então ditava todas as regras para as cidades-estado, incluindo taxações e o serviço militar obrigatório. No Código de Hamurabi, existiam leis rigorosas contidas de punições severas e dependendo do caso havia até mesmo a pena de morte e seguia aplicações semelhantes a Pena do atual Talião, onde o condenado recebe a punição respectivamente ao delito que cometeu, ou seja, segue-se olho por olho, dente por dente.

Com a morte do rei Hamurabi, a região voltou a ser palco de rebeliões e períodos de muitas invasões. Foi dominada pelos hititas, povo de origem misteriosa, onde fizeram vários incêndios e destruíram muitas coisas, mas mantiveram as leis, a cultura e a religião dos babilônios. Logo foram dominados pelos cassitas vindos dos montes Zagros que também absorveram a cultura local.

Mesopotâmia
Famosos Jardins suspensos da Babilônia.

Depois foi a vez dos povos assírios, que guiados pelo rei Tukulti Ninurta I, houve novamente mais um longo período de paz. Mas como a região possuía tantos atributos, sempre sofria com novas invasões e guerras constantes. A partir da invasão dos cadeus que derrotaram os assírios, marcou-se a formação do Segundo Império Babilônico ou Neobabilônico, onde se teve a nova hegemonia da Mesopotâmia. Quem governava nesse período era o Imperador Nabucodonosor II, famoso por criar construções importantes, como a Torre de Babel e os Jardins Suspensos, que de maneira intensa, representavam o progresso veemente da civilização.

O futuro tempo de paz na região da Mesopotâmia só se dá após o processo de formação do Império Persa, comandado pelo imperador Ciro II, em 539 a.C., período em que essa conquista acabou assinalando o fim das grandes civilizações originárias da Mesopotâmia, perpetuando-se na história da Antiguidade e deixando um legado enorme de muita riqueza histórica, algo de tamanha importância para o estudo atual sobre as civilizações do mundo.

Mesopotâmia : Resumo, Sociedade Oriental

A Mesopotâmia denomina-se a região situada entre os rios Tigre e Eufrates, área esta considerada como o berço do surgimento de diversas civilizações, dentre eles podem ser citados os Israelitas, os Sumérios, Babilônios, Assírios, Persas, entre outros. A partir dessas civilizações, pode-se estabelecer as diferentes culturas e desenvolvimento de sociedades futuras, formando pilares importantes para a caracterização dos povos atuais.

A região onde se localizava a Mesopotâmia havia uma divisão que a divida em Alta Mesopotâmia no norte e ao sul estava a Baixa Mesopotâmia. Na Alta Mesopotâmia observa-se um povo sem muitos recursos e por causa dessa deficiência, seus habitantes sobreviviam através do saque de mercadorias, sua principal atividade. Já na região da Baixa Mesopotâmia, a civilização se desenvolvia muito rápido, principalmente na atividade agrícola, principal atividade exercida devido a grande variedade de recursos disponíveis.

vida nômade - Foto de um camelo

A vida nômade, em caravanas, foi uma característica dos povos mesopotâmicos.

Dentro das atividades realizadas na Mesopotâmia, a agricultura é o destaque, pois servia tanto para o acúmulo de alimentos, quanto como moeda de troca por outros produtos. Os habitantes cultivavam trigo, centeio, gergelim, cevada, entre outros. A economia local se baseava-se nessa atividade e também na pecuária, com a criação de cavalos, porcos, carneiros e bois. Complementavam seus rendimentos com a pesca, a caça, o artesanato e o eminente comércio.

Apesar de muitas civilizações terem surgido na Mesopotâmia e apresentarem semelhanças entre si, constantemente aconteciam guerras e várias invasões. Essas diferenças se davam por causa da classificação da própria sociedade, que comumente era divida entre comerciantes, pequenos proprietários e os escravos.

Por muitos séculos, a organização social da Mesopotâmia era mantida da seguinte forma:

  • Dominantes, que eram os governantes, sacerdotes, militares e comerciantes. Eles detinham o poder em diferentes formas, seja por imposição política, financeira, militar e até sobre a dominância do saber.
  • Dominados, se relacionam os camponeses, pequenos artesãos e escravos. Eram vistos como dependentes dos dominantes, consumiam aquilo que produziam, mas eram obrigados a repassar todas as quantidades excedentes para os mesmos.
Rei mesopotâmico
O dominantes eram considerados como representantes dos deuses.

A religião na Mesopotâmia era totalmente politeísta, que significa a crença em diferentes deuses. Os mesopotâmios acreditavam nas divindades que nada mais era do que a representação dos elementos da natureza, como a água, a terra, o vento o sol e etc. Para eles as divindades podiam fazer o bem e também provocar o mal, por isso as adoravam e realizavam cultos religiosos onde se sacrificavam animais. O rei também era considerado como representante das divindades, no caso, o deus da terra. Cada cidade mesopotâmica pertencia a um determinado deus, representado pelo rei formando assim uma teocrática.

civilização mesopotâmia
Vários elementos da civilização mesopotâmica ainda são utilizados nas sociedades atuais, tais como processo aritmético,círculo de 360º e a crença nos horóscopos e etc.

Os estudiosos e sacerdotes babilônicos, estenderam várias descobertas científicas, tornando notável os conhecimentos dentro do campo da astronomia, astrologia e as diferenças entre os planetas e estrelas, além do desenvolvimento da previsão de eventos naturais como eclipses lunares e solares. Puderam realizar a divisão do ano em meses, os meses em semanas, as semanas em sete dias, os dias em doze horas, e assim por diante. Desenvolveram cálculos matemáticos para solucionar contabilidades para suprir as necessidades diárias.

Dentro da medicina, puderam catalogar inúmeras plantas significativas para o tratamento de males. A escrita atual também formou-se a partir da escrita cuneiforme, de realização sumeriana, que define uma escrita ideográfica, onde o objeto era representado por uma ideia. Mais tarde essa escrita cuneiforme foi sendo adaptada a escrita convencional. De um modo geral, a Mesopotâmia deixou inúmeras heranças culturais, desde a arte, arquitetura, música, as relações comerciais, sociais, educacionais e etc.