Mitos gregos Medusa e Minotauro

Nos tempos antigos, o povo grego buscava explicação para todos os seus fundamentos, pensamentos e enxergavam a vida em quase todas as coisas que existiam no mundo. Devido a sua imaginação fértil, criaram várias figuras mitológicas, tal como os deuses, ninfas, centauros, titãs e os heróis, onde todos eles habitavam no mundo material e influenciavam a maneira de viver de todos os indivíduos.

Um dos símbolos mais exaltados desse contexto era a Pitonisa, considerada  uma das mais importantes sacerdotisas. Ela era responsável por buscar informações e explicações mitológicas para a vida dos povos gregos dentro dos famosos oráculos.

Dois grandes nomes dentro da mitologia eram a Medusa e Minotauro, símbolos atualmente de filmes, desenhos animados, peças teatrais, entre outros. Abaixo iremos conhecer um pouco mais sobre cada um deles.

Medusa

Representação da Medusa

Ela é representada dentro da mitologia por uma mulher com presas de bronze, asas de ouro e várias serpentes em sua cabeça. Era uma das três irmãs górgonas, mas diferentemente de Esteno e Euriále, era mortal. Filha de Fórcis e Ceto, grandes símbolos marinhos da mitologia grega.

Na Grécia Antiga, quase todas as pessoas tinham medo de Medusa, pois as lendas e mitos daquela época afirmava que ela tinha o poder de transformar em estátuas de pedra todas as pessoas que olhassem diretamente em seus olhos.

Ela habitava no extremo oriente com suas irmãs e assim como elas foi transformada em monstro pela deusa da sabedoria e da serenidade, Atena.

A mitologia afirma que Medusa foi morta pelo herói Perseu. Nessa batalha, o grande herói pegou seu escudo de bronze e olhou para ela através do reflexo para que não fosse transformado em pedra. Com isso, conseguiu decapitá-la, posteriormente entregando a sua cabeça á Atena, que a fixou no escudo.

Minotauro

Representação do Minotauro

Ele é um dos símbolos gregos mais conhecidos devido a sua caracterização. Tinha corpo de homem e cabeça de touro. Era um dos sátiros mais fortes e ferozes de toda a mitologia. Habitava em um labirinto, na ilha de Creta, onde se alimentava de 7 moças e 7 rapazes gregos que deveriam ser enviados diariamente pelo Rei Egeu ao Rei Minos que os colocavam dentro do labirinto.

A lenda conta que várias pessoas tentaram matar o Minotauro, mas que as tentativas eram em vão, pois todos que entravam no labirinto acabavam se perdendo e sendo mortos por ele.

Toda essa história se repetia, até que o Rei Egeu resolveu enviar para a ilha de Creta seu filho, Teseu para matar o Minotauro. O grande herói recebeu do rei de Creta uma espada, um novelo de lã.

Com toda a coragem, Teseu entrou  no labirinto e matou Minotauro com um golpe de espada. Para sair do local, o herói utilizou o fio de lã que tinha marcado todo o caminho que ele tinha percorrido até achar o monstro.

Deuses romanos e gregos e seus significados

Desde muito tempo a crença e a fé em uma força superior aos seres humanos é vista em todo o mundo e isso não poderia ser diferente entre gregos e romanos. Toda essa mitologia é bastante rica em várias formas de explicações, contos do surgimento do mundo e todas as atribuições aos seus mestres.

Os valores dessa cultura são repassados por ambas civilizações de geração a geração. Podemos ver vários tipos de mesclagens desses conceitos, mas o mais conhecido é essa associação entre os deuses romanos e gregos.

Deuses gregos e romanos

* Zeus (deus grego) e Júpiter (deus romano): principal deus do Olimpo, visto como pai de todos os deuses e homens. Seus pais tinham medo de seus filhos lhe tirarem o seu trono, mas após o nascimento de Zeus/Júpiter, sua mãe Réia viu que algo nele era diferente, que ele era especial e por esse motivo ela o escondeu de seu pai em uma caverna durante anos. Seu pai engolia todos os seus filhos para que ninguém tomasse o seu lugar e nesse instante, Réia deu a Cronos uma pedra para engolir ao invés de entregar seu filho Zeus.  Depois de adulto, Zeus enfrentou seu pai e o forçou a vomitar todos os seus irmãos, que continuavam vivos. Logo após ele aprisionou seu pai sob a Terra e com isso se tornou o grande deus de todos os deuses e foi morar no monte Olimpo.

Zeus

* Cronos (deus grego) e Saturno (deus romano): considerado como o deus do tempo, pai de Zeus. Pertencia a elite dos titãs. Era um dos mais corajosos da elite. foi o único a ter coragem de ajudar sua mãe Gaia a se livrar dos castigos de seu pai Urano. Ele tomou o lugar de seu pai e se fez o maior imperador dos deuses. Por medo de que a mesma coisa acontecesse com ele, Cronos decidiu engolir todos os seus filhos. Zeus foi o único a não ser engolido. Após de um tempo tomou o lugar de seu pai e ordenou que ele regurgitasse todos os seus irmãos e assim ele fez.

Cronos

* Hera (deus grego) e Juno (deus romano): esposa de Zeus/Júpiter, considerada como a rainha dos deuses. Ela era muito agressiva e ciumenta pelas desonras de seu marido em seu casamento. Ela era filha de Cronos e Réia e por consequência irmã de Zeus. Hera/Juno, protegia rigorosamente todos os casamentos e as mulheres casadas. Afrodite era sua maior inimiga, que tentava sempre ser mais bela que ela. 

Hera

* Hefesto (deus grego) e Vulcano (deus romano): filho de Zeus/Júpiter e Hera/Juno. Era um artista Olimpo, responsável por fazer os raios lançados por seu pai. Era um deus feio, aleijado e por isso foi expulso do Olimpo por sua mãe Hera. Esse foi um dos principais motivos de ser representado pela fúria dos vulcões e do poder de devastação do fogo.

Possuía grande magia e transformação em obras de metais. Como vingança, construiu um trono de outro e enviou a sua mãe. Assim que ela se sentou ficou presa em sua armadilha, onde nem mesmo Zeus conseguiu tirá-la de lá. Então, Hefesto/Vulcano disse aos seus irmãos e ao seu pai que soltaria Hera apenas sob as condições de voltar a viver no Olimpo e casar-se com a mais bela deusa, Afrodite. E assim aconteceu.

Hefesto

* Poseidon (deus grego) e Netuno (deus romano): irmão de Zeus/Júpiter, considerado como o senhor do oceano. Ele descontava toda a sua ira através de terremotos e desastres nesse meio, mas também era benigno em alguns pontos, tal como  quando ajudou os gregos a vencer a Guerra de Tróia. Todos os navegantes pediam-lhe águas calmas e ventos favoráveis, mas nem sempre eram ouvidos pois Poseidon/Netuno era um deus imprevisível. Ele tinha muitas aventuras amorosas e todos os seus filhos se pareciam muito com ele em relação a violência e a maldade.

Poseidon

* Hades (deus grego) e Plutão (deus romano): irmão de Zeus, considerado o senhor do reino dos mortos. Detinha o poder do mundo subterrâneo , sejam eles bem-aventurados (Campos Elísios) ou não (Inferno). Todos tinham medo até mesmo de pronunciar seu nome pois era um deus frio e sereno.

Hades

* Ares (deus grego) e Marte (deus romano): filho de Zeus/Júpiter e Hera/Juno, considerado o deus da guerra. Simbolo agressivo e guerreiro. Era um dos amantes de Afrodite.  Era venerado em diversas regiões, mas em tinha mais soberania em Trácia, onde a maioria dos habitantes eram ferozes. Ele era totalmente obcecado por lutas, guerras e brigas. Ele foi o único deus que se feriu com muita gravidade, chegando muito próximo da morte.

Ares

* Apolo (deus grego) e Febo (deus romano): filho de Zeus/Júpiter e Latona. Era visto como o deus do sol, da arte de atirar com o arco, da música e da profecia. Um dos jovens mais belos do Olimpo. Ele não era considerado um bom esportista, mas possuía muita habilidade com os arcos.  Todas as suas flechas podiam causar doenças e morte súbita a quem acertasse.

Apolo

* Artemis (deus grego) e Diana (deus romano): irmã de Apolo/Febo, considerada a deusa da lua e da caça. Ela era apaixonada por Orion, filho de Poseidon, que também era um grande caçador. Seu irmão Apolo/Febo não gostava muito de Orion. Uma vez, Orion estava mergulhado na água e somente sua cabeça aparecia, Apolo, mostrou aquele objeto escuro para Ártemis, desafiou-a em acertá-lo.  Sem saber de quem se tratava, ela atirou sua flecha. Algum tempo depois apareceram com a cabeça de seu amado. Com imensa dor e com vontade de que ele nunca desaparecesse, ela o colocou entre as estrelas do céu, onde ele aparece como um gigante com cinto e espada.

Artemis

* Afrodite (deus grego) e Vênus (deus romano): nasceu das espumas do mar, considerada a deusa do amor e da beleza. O seu grande segredo era um cinturão mágico que tinha grande poder de sedução. Por esse motivo e por toda a sua beleza, era a deusa mais desejada de todo o Limpo.

Afrodite

* Eros (deus grego) e Cupido (deus romano): filho de Afrodite/Vênus, considerado o deus do amor. Ele disparava diversas flechas de amor no coração das pessoas, fazendo com que elas se apaixonassem. Ele era um deus belíssimo e com isso se tornava irresistível.

Se apaixonou por Psiquê que não era imortal. Eros/Cupido se casou com a condição de que ela nunca visse o seu rosto, mas com tanta curiosidade um certo dia, a luz de uma vê-la conseguiu ver como era seu marido, que acordou após ela deixar uma gota da vela cair sobre seu peito. Inconformado com a traição, ele a abandona. Ela vagou por muito tempo até se entregar a morte. Ao ver a tristeza de seu filho, Zeus proporciona imortalidade a Psiquê e o casal fica junto novamente.

Eros

* Palas (deus grego) e Minerva (deus romano): nasceu da cabeça de Zeus/Júpiter, considerada como a deusa da sabedoria. Ela era uma das poucas deusas virgens do Olimpo. Normalmente portava um escudo, uma lança e uma armadura, dessa maneira se mostrava guerreira de forma diplomática e estratégica.

Palas

* Hermes (deus grego) e Mercúrio (deus romano): mensageiro e filho de Zeus/Júpiter, considerado o deus da habilidade e da destreza, cultuado pelos comerciantes. Era ainda um deus do vento e da velocidade. Quando nasceu,  fugiu do berço e roubou cinqüenta novilhas do rebanho de Apolo. Tempos depois, com uma casca de tartaruga construiu a primeira lira e com o som deste instrumento serenou Apolo. Enfurecido, Apolo deu a Hermes/Mercúrio suas novilhas e o caduceu, a vara de ouro, símbolo da paz, em troca da lira.

Hermes

* Deméter (deus grego) e Ceres (deus romano): filha de Cronos/Saturno e Ops, considerada a deusa da agricultura. Ela tinha vários amantes e por consequência disso, muitos filhos, sendo uma delas a Perséfone, filha de seu amante Zeus. Perséfone foi raptada para o reino de Hades/Plutão. Deméter saiu do Olimpo e foi a procura de sua filha. Com isso, toda a terra se tornou infértil, os animais morreram, os grãos não germinavam mais e os arados se quebraram. Com isso, Zeus pediu que Hades devolvesse Perséfone, que concordou com o pedido, mas deu a moça um fruto da região que faria com que ela voltasse sempre para o inferno caso ela o comesse.

Deméter

Filosofia na Grécia Antiga

A Filosofia grega, desenvolvida a partir do século  VI a.C, é  a base para o pensamento ocidental, muito importante na consolidação política-social  principalmente da Europa e das Américas, só para se ter uma ideal amplitude do pensamento helênico, ideias como democracia, política, essenciais para entendermos as conjecturas da sociedade moderna, tem cerne no mundo grego.

O processo de transição da sociedade grega a Polis (cidades-estados) foi marcante para a mudança nas concepções filosóficas desse povo, a passagem do pensamento mítico aos poucos desmistificado para uma concepção do homem como ser social. A vida urbana foi o cenário para o desenvolvimento de novas questões e possibilidades, inaugurar teorias e visões de mundo mais pautadas na racionalidade.

Sócrates Filosofo Grego
Sócrates, considerado como um dos fundadores do pensamento ocidental

A mitologia Grega pode ser desenhada na leitura das epopeias Homéricas Ilíada e Odisseia, e da obra de Hesíodo, que nós mostrar os valores como morte gloriosa, a busca pela eternidade na memória, a heroicidade como padrão de conduta, submissão a vontade das divindades, conquistas da kléos, que eram o sustentáculo da Paideia da Grécia Antiga. Então o processo de desconstrução desses valores é paulatino dando lugar a uma conotação mais crítica na explicação dos acontecimentos, acabado por surgir a filosofia, assim como as bases para diversas outras ciências como História, Geografia e Matemática.

Os pensadores pré socráticos começaram a tecer as primeiras para o saber racional, ideias latentes até a atualidade, destes se destaca Heráclito, Pitágoras, Xenófanes, Parmênides, Empédocles e Demócrito. Em seguida surgem os grandes nomes da filosofia clássica Sócrates, Platão, Aristóteles e Zenão.

Isso não quer dizer que o mito cai perante uma nova ciência, não é esse o papel do saber filosófico, ele não pretende uma posse ou domínio do saber, sim o conhecimento, especulando sobre varias questões dos  acontecimentos a sua volta, inclusive a religiosidade, é importante entender que os pensamentos filosóficos não seguem uma linearidade, os pensadores tem sim opiniões divergentes e é o embate entre essas que permite a evolução do saber múltiplo.