Grandes navegações Pedro Álvares Cabral resumo histórico

Os séculos XV e XVI foram marcados pelas  grandes navegações que adentraram por mares desconhecidos e o descobrimento de novas terras. E uma das pessoas mais importantes nesse período de descobertas foi o Pedro Álvares Cabral. Não se sabe muito desse navegante antes da sua grande descoberta, o Brasil, mas sabe que ele foi um nobre português treinado na arte da guerra e que neste âmbito possuía um grande conhecimento.

navegações de Pedro Álvares Cabral
Pedro Álvares Cabral
(Foto: Reprodução)

As expedições de Cabral provavelmente começaram pela África. Naquela época, apesar do que muita gente pensa, os Europeus não adentravam nos territórios da África pois tinham medo de serem mortos pelos nativos. Por isso o comercio era realizado com a compra e venda escravos e raramente você verá algum caso de um explorador capturando pessoas para serem escravizadas. Pedro Álvares deve ter ganhado alguma fama nestas expedições.

Portugal passava por momentos ruins pois a Espanha não deixava que suas importações e exportações viessem por terra e o reino de Portugal teve que procurar uma rota às Índias que era o principal polo de comércio de especiarias da época. A primeira viagem foi realizada por Vasco da Gama com exito. Na segunda expedição o rei D. Manuel I designou Pedro Álvares Cabral como capitão mor da nova expedição, assim a esquadra de 13 navios, para chegar novamente às Índias devido a uma confusão não explicada, foi desviado e Pedro Álvares Cabral chegou em uma terra desconhecida (Brasil) a qual batizou de Vera Cruz.

Cabral chega ao Brasil em 22 de abril de 1500 e deixa a terra que considerava ser uma ilha para partir à Índia em 2 de maio de 1500. O navegante chegou a Calecut, na Índia, e foi incumbido de estabelecer um tratado de paz e comércio com o governante da cidade. Depois de muitos desentendimentos firmaram um acordo, entretanto as frotas de Cabral foram atacadas por navios muçulmanos e Cabral teve de guerrear por vários dias. Com o conflito a esquadra portuguesa perdeu seis navios, ao final Cabral decidiu voltar para Portugal mas manteve os navios carregados de mercadorias. Após alguns desentendimentos com D. Manuel, Cabral deixou a carreira marítima e acabou morrendo em 1520 por razões desconhecidas.

Motivos das Grandes Navegações Portuguesas

 As Grandes Navegações possuem diversos fatores que se interligam para o seu surgimento em grande escala. O primeiro deles foi quando Portugal começou a observar que o seu comércio não era movido, apenas, de forma terrestre, mas sim marítima.

Motivos para o surgimento das grandes embarcações portuguesas
Representação de navegações portuguesas.
(Foto: Reprodução)

O Oriente exportava para o Ocidente vários tipos de mercadorias, tal como o ouro,  açúcar, outras pedras preciosas, os condimentos, as porcelanas, as drogas medicinais, os perfumes entre outros. Todos esses produtos eram recolhidos por povos árabes, onde eram levados até as cidades italianas através de caravanas, que intermediavam a sua venda em toda a Europa.

Por causa da formação desse monopólio, as monarquias portuguesas tentavam descobrir novos meios de contato com todo o Oriente, resolvendo assim implantar diversos meios marítimos. As grandes viagens das embarcações eram orientadas por homens armados, mas esse empreendimento só começou a funcionar com o apoio de toda a burguesia e do Estado, que recebiam parte do lucro dos navegantes por isso.

Dessa maneira, Portugal percebeu que a expansão do seu comércio só se findaria através do rompimento das barreiras marítimas, que foi se quebrando pouco a pouco para que o país se estabelecesse no Oriente. O primeiro ponto explorado para esse avanço foi a Costa Africana que se encontrava mais próxima, pois perto dali se encontravam algumas cidades árabes de importância comercial, tendo como destaque o município de Ceuta.

1415

Nesse ano, Ceuta foi vencida por novas conquistas portuguesas, onde já conseguia se estabelecer na cidade de Alcácer, de Tânger e Arzila. As maiores importâncias comerciais eram o ouro, marfim e os povos escravos. Mesmo a África sendo muito explorada, os portugueses queriam mais, onde viam a verdadeira riqueza nas Índias.

No território indiano era possível encontrar ricos brocados e sedas, tendo como suas especialidades o gengibre, canela, cravo, a noz moscada e vários outros temperos que serviam para dar sabor e conservar os alimentos. Todo esse comércio rendia uma grande movimentação capitalista, onde os mercadores árabes forneciam as mercadorias para os italianos, que posteriormente as negociavam com o território europeu.

1453

Essa nova forma de comércio despertou o olhar de várias outras regiões. Nesse ano, os turcos entraram na Europa tomando várias partes da sua extensão, tal como Constantinopla e Alexandria, onde conseguiu bloquear todo o comércio de especiarias. A partir desse momento começou uma grande crise no mercado europeu.

Devido a diversos acontecimentos, a única saída era buscar um novo caminho para o Oriente. Assim, o novo alvo da expansão marítima portuguesa era dominar esse rico mercado, eliminar os intermediários muçulmanos e todos os povos que atrapalhavam os seus negócios e os avanços comerciais.