A princípio a colonização do território brasileiro permaneceu na faixa litorânea voltada para o extrativismo do pau brasil, madeira muito valorizada na Europa por fornecer uma tinta vermelha de tom brasa que aqui era encontrada com certa abastança na Mata Atlântica Pindorama. A exploração da pau-tinta (como também era chamado) aconteceu de forma significativa nos 30 primeiros anos no pós-descoberta, no entanto perdurou por quase 370 anos, levando a quase ao desaparecimento da árvore da fauna do país.
Século XVII
Foi introduzida então a pecuária e a lavoura de cana-de-açúcar ainda pela faixa litorânea, no Nordeste os locais a criação de bovinos foi direcionada para o sertão, o que contribuiu para a penetração territorial na região. Dá-se-a inicio também o trafico negreiro, negros africanos eram capturados nas colônias africanas e trazidos para os engenhos para trabalhar em regime escravista. O povoamento permaneceu litorâneo o entardecer do século XVII quando foram descobertas riquezas minerais.
O Ápice da exploração de pedras preciosas e ouro brasileiro se deu com a descoberta de jazidas importantes de ouro em Minas, Goiás, Mato Grosso e Bahia entre 1750 e 1770. Durante o que ficou historicamente conhecido como Ciclo do Ouro o contingente populacional do país que era de 300 mil passou a 3 milhões. Nessa conjectura os olhos do lusos se voltaram para o interior o que reverberou também na mudança de capital, passando de Salvador para o Rio de Janeiro principalmente devido a logística de acesso as demais províncias e regiões mineradoras.
Durante o século XVIII a principal fonte de riqueza da colônia foi a exploração de metais e pedras preciosas, nesse período alguns escravos conseguiam receber a alforria ora comprando as, ora ganhando-as de seus donos, o que poucos sabem é que muitos desses acabavam se tornando donos de escravos, o que nos mostra que a sociedade colônia era um tanto mais complexa em contrapontos ao que é pregado pelos manuais didáticos.
No entanto, aqui ocorria o chamado ouro de aluvião, que acaba rapidamente assim com o declínio produtivo das jazidas grande parte do interior, que se sustentava exponencialmente sabre essa atividade econômica, viu os tempos áureos acabarem. Ainda no século XVIII intensificou-se a colonização açoriana na região sul, area onde o clima era muito favorável ao fomento pecuarista.
Século XX
Chega então ao Brasil na segunda Metade dos 700 o Café, durante o século seguinte se tornou o carro chefe econômico brasileiro, com a plantações mais importantes na região sudeste, o produto passou a ser muito valorizado tanto no exterior quanto no mercado nacional. No século XX o Estado de São Paulo estava praticamente todo desmatado, as matas davam agora lugar as grandes plantações de café. A falta de um manuseio correto do solo levava a um rápido esgotamento do mesmo, o que levou a procura de novas coordenadas propicias ao desenvolvimento da cultura.
No segunda metade do século XX já não havia quase nenhum território desocupado no Rio Grande do Sul, população formada em sua maioria por imigrantes europeus. Existiam ainda grandes algumas areas de colonização espalhadas pelo interior, como é o caso de Uvá em Goiás, Vale do Rio Doce em São Paulo e Dourados no Mato Grosso. Mas o grande crescimento da região Centro-Oeste se deu depois da criação de Brasília, nos anos 1960, cidade totalmente planejada para ser o nova capital do país. Assim ouve uma grande valorização das terras do planalto e um rápido povoamento regional. No Norte ouve nos novecentos uma maior integração com as demais partes do território nacional, através da criação de novas vias de acesso.
O processo de ocupação do território brasileiro ainda está em movimento, o problema é que os avanços se aplicam sobre as escassas matas nativas do país, que continua perecendo perante a investida agropastoril. As convergência entre o territórios indígenas e terrenos dos fazendeiros, gera outra grande disputa, onde brota uma pergunta, quem são proprietários legítimos da terra? os invasores, ou aqueles são sobreviventes de um genocídio, a exemplo disso está a luta pela reintegração de posse de fazendas ” invadidas” pelos índios terena no Mato Grosso Sul.