Os porques são bastante utilizados na língua portuguesa, em sua gramática, porém, pelas várias formas que essa expressão pode ser escrita, o seu sentido e significado mudam na frase, por isso é muito importante saber diferenciar cada um.
Porque
Se trata de uma conjunção explicativa ou causal. Para saber quando utilizá-lo, tente substituí-lo pelas expressões: “pois”, “para que” e/ou “uma vez que”.
Exemplos:
Não gosto de você porque mentes para mim;
Eu sempre pensei assim porque você me fez acreditar que isso era o certo.
Porquê
Se trata de um substantivo. Vem sempre acompanhado de um adjetivo, pronome, numeral ou artigo. Para saber quando utilizá-lo, tente substituí-lo pelas expressões: “a razão” e/ou “o motivo”.
Exemplos:
Fale-me um porquê para me ignorar tanto assim;
O porquê de eu não me preocupar mais é porque tenho um outro amor.
Por que
Essa expressão pode ser empregada de duas formas:
1°) Quando se tratar de uma junção do “por” com o pronome indefinido ou interrogativo “que”. Para saber quando utilizá-lo, tente substituí-lo pelas expressões: “por qual motivo” e/ou “por qual razão”.
Exemplos:
Por que a Anna não veio ao colégio?;
Não sei o por que ela não quis vir.
2°) Quando se trata de uma junção do “por” com o pronome relativo “que”. Para saber quando utilizá-lo, tente substituí-lo pelas expressões: “pelo/a qual” e/ou “pelos/as quais”.
Exemplos:
Sei bem por que motivo você ainda está aqui;
Este é o motivo por que amo pedalar.
Por quê
Deve ser utilizado SEMPRE antes de pontos, em frases interrogativas ou exclamativas. Para saber quando utilizá-lo, tente substituí-lo pelas expressões: “por qual motivo” e/ou “por qual razão”.
Observação: a única diferença do “por que” para o “por quê” é a ênfase que o acento circunflexo faz nas descrições descritas acima.
Exemplos:
Você não vai mais viajar? Por quê?
Viver sozinho por quê? Sou mais feliz com você!