A fenomenologia corresponde ao estudo dos fenômenos, de acordo com embasamentos etimológicos, onde apresenta e confere fatos presentes dessa particularidade em unidade de sentido. Seu termo provém das palavras gregas phainomenon (fenômeno) e logos (logia), que indicia os primeiros passos de um discurso esclarecedor em relação a capacidade de discutir.
Esse termo foi empregado por inúmeros pensadores durante o século XVIII e os seguintes, tendo como o seu principal representante, o filósofo e matemático alemão Edmund Husserl, isso porque os fundamentos dessa conceituação ganhou um novo e rigoroso direcionamento que visa encontrar as leis puras da consciência intencional.
Segundo a fenomenologia husserliana, a intencionalidade corresponde ao jeito próprio de agir e ser da consciência, desde que ela não esteja sendo utilizada ou voltada para a atenção de um determinado objeto ou assunto, apensar de que todo objeto só pode vir a existir enquanto estiver sendo apropriado por alguma particularidade do consciente.
Dentro dessa concepção, é possível analisar que existe o sujeito e o objeto, onde ambos caracterizam dois polos de uma mesma realidade. Com isso, a fenomenologia consiste em demonstrar suas próprias bases, onde ela possa excluir os pressupostos de conhecimento com a finalidade de aprender a consciência em seu caráter puro.
Para isso, ela utiliza o processo de redução, que “coloca o mundo entre parêntesis”, dando espaço para o estudo da pureza do fenômeno. O seu funcionamento se manifesta de duas maneiras:
→ Redução eidética: Nesse primeiro momento é obtido as unidades ideais formadoras de sentido, onde seus conceitos se manifestam em âmbito essencial.
→ Redução transcendental: Já nessa segunda fase, a consciência é colocada em parêntesis, onde são realizadas análises da sua própria existência. Através dessa observação própria, é possível ver que a consciência se apreende como eu puro ou transcendental.
Outros pensadores que tiveram destaque em suas concepções de fenomenologia foram Merleau-Ponty, Heidegger, Sartre e Max Scheler, mas dentre todas as divergências, o pensamento que se destacou foi o husserliano.
Edmund Husserl
Principais fundamentos filosóficos: Fenomenologia
Nascimento: dia 08 de Abril de 1859, em Probnitz – Império Austríaco
Falecimento: aos 79 anos, no dia 26 de Abril de 1938, em Brisgóvia – Alemanha
Principais interesses: Epistemologia, lógica, matemática e ontologia
Principais influenciadores: Immanuel Kant, Descartes, Stumpf, Leibniz, Brentano, Bolzano, Lotze e Riemann.