A Era Glacial dita o período em que grande parte do planeta adquiriu temperaturas mais baixas, fazendo assim com que ela ficasse coberta de neve e gelo. Esse processo aconteceu há aproximadamente 60 milhões de anos atrás.
Durante esse fenômeno, as geleiras se soltaram das montanhas, fazendo com que suas rochas ficassem desgastadas e com isso, a maior parte do planeta ficou coberta por uma espessa camada de gelo, desde o continente europeu até as áreas centrais. Nesse instante foi considerado o ponto auge do período da Era Glacial, também denominada como a Idade do Gelo.
Quase toda a vegetação e os animais existentes nessa fase foram extintos, exceto os que possuíam maior quantidade de pelos, tal como alguns mamutes, o rinoceronte lanoso e primitivos antílopes.
Muitas dessas calotas ainda podem ser vistas na Terra, um exemplo disso são as encontradas na Groelândia.
No total, ocorreram 6 grandes eras glaciais durante 1 bilhão de anos. A passagem de uma era para a outra acontece nos períodos mais quentes , quando as calotas se derretem pouco a pouco, formando vários lagos nos vales.
Toda a comprovação desse processo foi constatada por geólogos que após de muitos anos de pesquisas, encontraram diversos fósseis e também pela análise das rochas.
Mesmo com tantas informações em mãos, eles ainda não sabem quais os motivos e razões que levaram o resfriamento de toda a crosta terrestre. Alguns geólogos acreditam que o planeta está vivenciando um desses períodos quentes e que em um futuro próximo ele se resfriará novamente.
Para entender como se deu a colonização espanhola primeiro devemos entender os povos que habitavam aqui antes da chegada de Cristóvão Colombo nas Antilhas, os povos que viviam na America antes da colonização eram povos politicamente formados e bem estruturados, com divisões trabalhadoras e uma politica principalmente oligárquica.
America antes da descoberta
Povos como o Incas, Maias e Astecas eram os mais conhecidos, mesmo que os Maias já tivesse quase que extintos quando os colonizadores chegaram, antes da colonização estimasse que tivesse mais de 10 milhões de pessoas que habitavam a America, eles detinham um bom conhecimento sobre a região e um sistema de agricultura único, antes da chegada de colonizadores os Ameríndios simplesmente não conheciam a fome.
Antes da chegada dos colonizadores esses povos já estavam em conflito constante, entretanto era um tipo de guerra diferente da que conhecemos, outro fator que deve ser citado é a organização politica desses povos, ele era extremamente centralizado, praticamente todo o poder estava dependo de um único governante.
Outro fator importante que deve ter contribuído para a colonização espanhola foi a religião, os Ameríndios eram muito religiosos, a ponto de realizar sacrifícios humanos para os seus rituais, entre esse povos circulava uma lenda da um deus que que anteriormente havia guiado a todos eles e que havia ido embora e que em algum momento haveria de retorna, vendo os Ameríndios aos espanhóis, que chegaram em um barco e eram pessoas brancas que montavam em cavalos, criaturas as quais nunca haviam vistos, portando objetos estranhos e roupas por todo o corpo, os Ameríndios de inicio acreditaram que este era o grande deus retornando.
Chegada a America
Em 1492 Cristóvão Colombo chegada no local que atualmente é conhecido como o pais de Honduras, acreditava ele ter encontrada uma nova rota para Índia, pois ele compreendia a terra como redonda e que seria possível atravessar o oceano dando a volta ao mundo chegando a Índia uma nova rota para mercadorias.
Cristóvão Colombo havia “descoberto” a America é acabou gerando muito interesse por parte da Espanha que queria os recursos e as riquezas dessa nova terra, logo mandou grupos inteiros de espanhóis para estudarem melhor a terra, trazerem riquezas e possíveis escravos.
Em pouco tempo as primícias da exploração haviam começado, logo as ilhas que ficavam nas Antilhas foram completamente dominadas e milhares e milhares de Ameríndios morriam, assim como muitos colonizadores que não se adaptavam ao novo mundo.
Colonização
Vários motivos podem ser citados para entender como 10 milhões de pessoas puderam ser dominados por apenas um punhado de espanhóis, bom existem muito pontos relevantes nesse ponto, um dos principais são as doenças, quando os espanhóis chegaram na America trouxeram consigo muitas doenças desconhecidas pelos Ameríndios que não tinham quase nenhuma resistência contra elas, assim foram dizimados milhares e milhares de Ameríndios que se contaminarão com os espanhóis,outro ponto é a “superioridade” bélica, nessa época os espanhóis já haviam descoberto a pólvora e usavam canhões e arma de fogo, enquanto os nativos usavam arco e flecha, lanças, e alguns outros poucos instrumentos de batalha.
O terceiro ponto que já foi citado anteriormente foi a religião, que fez com que muitos povos acreditassem que os colonizadores eram deuses. Mas talvez o ponto mais importante, crucial para a colonização eram as alianças, como existiam dois grandes povos na época os Incas e os Astecas, muitos outros povos eram submetidos a pagar impostos para eles, existiam muitas convergências, e de aliança em aliança os espanhóis foram derrotando cada um, prometendo benefícios aos seus aliados.
Agora com o território mais desocupado, e sem grande impérios para guerrearem contra, os primeiros colonizadores oficiais mandados pelo rei, forma uma pequena leva, de pessoas poderosas, que detinham poder monetário para manter-se lá, logo sem muita fiscalização esse colonizadores começaram a ganhar muito poder na America, o rei então decidiu criar órgãos para fiscalizar e minimar o poder destes colonizadores, logo é criado a Casa de Contratação e o Conselho da Índias, na America foram criados cargos de Vice Reis e Capitanias Gerais.
Depois de um tempo a própria igreja reconhece os Ameríndios como humanos inocentes que não conhecem o pecado e proibi a escravidão deles, tentando catequiza-los, assim o trafico de escravos africanos aumenta muito nessa região entretanto os Ameríndios ainda trabalhas , mas muitos morriam devida a rotina cansativa, a fome, e a desilusão do mundo.
A miscigenação aconteceu em um ritmo muito menor do que o Brasil por exemplo, a colonia ela explorada constantemente, e principalmente metais preciosos e escravos eram levados a Espanha, o pacto colonial persistiu por muitos anos, assim como o sistema de “encomienda” persistiram por muitos anos para obrigar os Ameríndios a trabalharem, a America espanhola começou seus movimentos para a independência em 1808 e se alastrou por diversos países até que em 1829 grande parte do seu território já era totalmente independente.
A história do Uruguai como conhecemos hoje começou no seculo XVI quando os primeiros colonizadores chegaram aquela região, antes do colonos chegarem a região do Uruguai era habitadas por varias tribos indígenas entre elas Charruas, Chanaés e Guaranis, os primeiros colonizadores espanhóis se estabeleceram em Soriano, essa região ficou marcada pela profunda disputa entre portugueses e espanhóis, durante dois seculos essa região ficou sob domínio espanhol mas não era profundamente ligada a Metrópole.
A colonização
Em 1860 os primeiros colonos portugueses chegaram a região do Uruguai onde fundaram a colônia de Sacramento, toda a história da colonização Uruguai é marcada principalmente por conflito entre portugueses e espanhóis por essa região, os espanhóis já haviam fundado a colonia de Montevidéu alguns anos antes 1724 e 1750, e por volta de 1800 com o crescimento do sentimento nacionalista entre os habitantes, houve uma tentativa de tomar a colonia, mas a revolta foi suprimida em pouco tempo.
Territórios
Em 1821 o Brasil decidiu anexa o território do Uruguai, ele foi chamado de Província Cisplatina, mas pouco tempo depois em 1825 os Uruguai expulsaram os brasileiros e depois da realização do tratado de Montevidéu o Uruguai se declarou um pais independente se livrando do domínio espanhol e do domínio português, a partir dai o Uruguai entrou em um regime presidencialista, os partidos no Uruguai eram divididos em dois blocos, os conservadores que lá eram conhecidos como Blancos e os liberais que por lá eram chamados de Colorados, já em 1832 a população indigna do Uruguai era minima, vários morreram principalmente por doenças, pouco tempo depois ela praticamente desapareceu sobrando apenas poucos remanescentes das tribos.
Tríplice Aliança
Em 1865 o Uruguai fez parte da tríplice aliança juntamento com Brasil e Argentina e saíram vitoriosos da guerra do Paraguai, desde de o inicio do seculo XX o Uruguai entrou em um processo de melhoria dos sistemas sociais, o que proporcionou uma das melhores qualidades de vida da America do sul, o sistema politico ainda passou por algumas mudanças, como a criação de um conselho administrativo que substitui o presidencialismo durante 1951 e 1966, mas foi restaurado o presidencialismo em 1967.
Ditadura e Democracia no Uruguai
Em 1973 diante da realidade de toda a America do Sul o Uruguai entrou em um regime ditatorial, como forma de repressão a qualquer investida comunista ou socialista, o Uruguai recuperou o seu sistema presidencialista em 1980 e a democracia foi instaurada e consolidada novamente, em 1994 o Uruguai entrou para o bloco econômico do Mercosul que é liderado pelo Brasil, atualmente o Uruguai tem um dos melhores governos da America do Sul, só ficando atrás do Chile e conta com vários programas populares efetivos.
O livro “Memórias Póstumas de Brás Cubas” é um dos marcos do Realismo brasileiro, escrito pelo grande autor Machado de Assis em 1881. Após a sua publicação, a obra revolucionou os romances do país, com sutileza, com inovações e com muita inteligência diante a burguesia do século XIX. Logo em seu ponto inicial, as descrições surpreendem o leitor, onde um defunto é o autor – que dedica toda a sua obra para os vermes que irão posteriormente corroer seu cadáver -, que ironiza e dinamiza a dedicatória em vista dos escritos na questão literária anterior, que foi o Romantismo.
Brás Cubas, na história, retrata sua vida a partir do seu ponto de morte até a chegada de sua infância. Ele faz uma retrospectiva de tudo o que já aconteceu, analisando os fatos recentes e voltando aos poucos para sua jovialidade, adolescência e infância. Ele narra todo esse processo em 1° pessoa como se o defunto fosse realmente o autor do livro.
Ele era um rapaz, mimado, rico e aprontava todas as travessuras que lhe viam em mente e por esse fator, ganhou apelido de “menino do diabo”. Com apenas 17 anos, Brás se apaixonou por uma moça que tinha por nome Marcela, era uma luxuosa prostituta, que quase acabou com toda a riqueza da família do rapaz, onde ele mesmo citava que “esse relacionamento tinha o custado 15 meses e 11 contos de réis”.
Para que se afastasse da moça, o pais de Brás Cubas o mandou para a Europa para que ele estudasse Direito e fosse Bacharel na cidade de Coimbra. Ele passou por fases extremamente difíceis pois não conseguia esquecer de sua amada. Regressou de volta ao Brasil, para o Rio de Janeiro, apenas algum tempo depois pelo falecimento de sua mãe.
Algum tempo depois, ele passa a namorar Eugênia, uma moça de família, filha de Dona Eusébia que era uma amiga de origem pobre que a seus pais tinham. Mas esse relacionamento não durou muito tempo por consequências de influência de seu pai que almejava que Brás entrasse para o ramo de vida política, forçando-o a manter um novo relacionamento com Virgília, a filha do conselheiro Dutra. Após algum tempo, Brás se apaixona de verdade pela moça, que se torna seu segundo amor mais duradouro, mas ela acaba se casando com Lobo Neves, que também se interessava nesse ramo político.
Nesse instante, o pai de Brás Cubas falece e ele entra em conflito com sua irmã Sabrina, que é a esposa de Cotrim. Virgília, mesmo ainda casada com Lobo Neves, avista Brás e se apaixona por ele, onde eles tonam amantes e ela engravida, mas o bebê não resiste e morre antes de nascer. As traições, as mentiras e as enganações já eram vistas desde o século XIX. Para manter o romance aceso Brás convenceu Dona Pláscida – a empregada de Virgília – a deixar com que o casal se encontrasse em sua casa as escondidas. Ela aceitou, mas cobrou 5 conto de réis pelo favor. Os interesseiros eram como as traições. Nesse instante, calcula-se que Machado de Assis afirmou toda essa história visando a vida de dois séculos a frente, no caso, no mundo moderno.
Nesse ponto da história, Brás se encontra com Quincas Borba (um dos protagonistas de outro livro de Machado de Assis), onde se ingressa de vez na política e torna-se deputado. Lobo Neves concorre a presidência e ganha a disputa de uma província do norte, tendo que ir embora e levar sua esposa junto. Brás se torena novamente um homem triste pois é separado de seu amor.
Sabrina, para tentar ajudar seu irmão, arruma uma esposa para ele, a sobrinha de seu marido Cotrim, Nhã-Loló. A moça tinha apenas 19 anos de idade, mas um pouco depois morre de febre amarela, deixando Brás solteiro mais uma vez. Avistava-se que a vida dele era ser um homem solitário, pois nenhum de seus relacionamentos dava certo. Aquele momento em que ele vivia era dita como uma “época mais séria” e por esse motivo, parecia ter algo de errado na vida de um homem que vivia assim, solitário, sem esposa e sem amor.
Brás tentou seguir sua vida em frente, tentando virar ministro de estado, mas não conseguiu. Então, ele funda um jornal. Depois de vários anos, Virgília reaparece, velha e sem beleza, onde ela pede que o ex amante ampare Dona Pláscida, que morre dias depois. Brás percebe algum tempo depois que Quincas Borba começa a apresentar sinais de loucura. Nesse momento de toda a história, começa a se dar os funerais, primeiro o de Marcela, logo após o de Quincas Borba e o de Lobo Neves.
Para tentar ser reconhecido, o defunto autor faz um “Emplasto de Brás Cubas”, onde curava toda a humanidade, livrando todos de qualquer tipo de doença. A parte mais irônica desse contexto é que Brás, sai na rua, onde chovia muito para resolver seu novo projeto e adquiri uma pneumonia muito forte que ocasiona a sua morte aos 64 anos de idade.
Virgília vai com seu filho e de Lobo Neves visitar Brás em seu leito de morte. Após diversos delírios, Brás tem uma morte triste. Homem que teve sua vida em luta por reconhecimento e morreu sem conseguir conquistar seus objetivos e o pior de tudo, sozinho.
Depois de contar sobre sua morte, o autor faz uma grande retrospectiva dos piores momentos de sua vida e os seus principais pontos negativos:
“Não alcancei a celebridade do emplasto, não fui ministro, não fui califa, não conheci o casamento. Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de comprar o pão com o suor do meu rosto. Mais; não padeci a morte de Dona Pláscida nem a demência de Quincas Borba. Somadas umas coisas e outras, qualquer pessoa imaginará que não houve míngua nem sobra e conseqüentemente que saí quite com a vida. E imaginará mal; porque ao chegar a este outro lado do mistério, achei-me com um pequeno saldo, que é a derradeira negativa do meu final, não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.”
Machado de Assis mostra então em sua conclusão final que tinha uma visão de algumas particularidades do futuro, como a traição, a enganação, a mentira, a infidelidade interesses financeiros, ganância e diversos outros fatores encontrados e vivenciados no século XXI. Sua obra Realista foi descrita com tons de romance e muita sutileza. Por essas particularidades com um toque de ironia, essa foi uma das oras que se fez mais destacadas e essencial da literatura brasileira.