Tudo sobre a Caatinga brasileira resumo

Tudo sobre a Caatinga brasileira resumo

O Brasil é considerado um dos maiores detentores de biodiversidade em todo o planeta, isso por causa da elevada variação que possui em relação ao seus tipos de solo e clima. Ambos fatores favorecem o desenvolvimentos de inúmeras espécies da fauna e da flora, com mais relevância da cobertura vegetal.

Analisando a sua extensão, é possível constatar a presença de múltiplos biomas, sendo um dos principais deles a Caatinga, modalidade classificada por ambientalistas e pesquisadores como o único exclusivamente brasileiro.

Tudo sobre a Caatinga brasileira resumo
Caatinga.
(Foto: Reprodução)

Sua área possui clima semi-árido, temperaturas quase sempre elevadas (entre 25 °C à 29 °C), solo seco, pedroso, raso e composto por formações rochosas, diferentemente das outras vegetações encontradas no país. Compreende uma extensão territorial de 850.000 mil quilômetros quadrados, estando presente nos estados de Minas Gerais, Piaui, Bahia, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe, Pernambuco e Alagoas.

As mais de 25 milhões de pessoas que habitam essas localidades sofrem anualmente com as irregularidades climáticas que o bioma manifesta, como longos períodos de estiagem, seca, falta d’água, muito calor, dificuldade em realizar atividades de higienização, etc. A falta de saneamento básico e os elevados índices de mortalidade infantil são outros problemas encontrados na região.

Analisando a Caatinga na atualidade é possível ver que quase toda a sua dimensão já foi modificada se comparada há alguns séculos atrás, isso aconteceu devido ao aumento populacional que se fixou em suas áreas e também nas redondezas, especialmente no Nordeste, processo que de certa forma contribui para a degradação ambiental.

Mesmo com esses e outros prejuízos, a Caatinga ainda é considerada um importantíssimo bioma no Brasil, sua preservação é essencial principalmente por abrigar vários animais e vegetações, como préa, veado-catingueiro, gambá, cutia, sapo-cururu, tatu-peba, sagui-de-tufos-brancos; cactos, arbustos e bromélias.

Curiosidades

» A promoção das intensas irrigações do solo desse ecossitema vem ocasionando a sua salinização, fator que propiciou o deserto em mais de 40.000 mil quilômetros quadrados da sua extensão, fazendo do local inconcebível para qualquer tipo de prática agropecuária.

» Todas as plantas desse bioma são xerófilas, capazes de sobreviver e se adaptar às características climáticas e a pequena quantidade de água dos seus espaços.

Escravidão contemporânea no Brasil resumo

Escravidão contemporânea no Brasil

O trabalho escravo foi abolido no Brasil no dia 13 de Maio de 1888, através do sancionamento da Lei Áurea ou Lei Imperial n° 3.353. Esse momento foi  um dos mais importantes na história do país, em relação aos direitos da humanidade, onde muitos, dali por diante, deixavam de ter sua mão de obra explorada pelos grandes engenhos e capitalistas.

Mas ao observar o período contemporâneo, é possível ver que ainda há resquícios desse contexto em nosso país e em várias partes do mundo, porém, o modelo de trabalho escravo da atualidade se manifesta de forma um pouco singular do que a vivida anteriormente.

Escravidão contemporânea no Brasil
Pés acorrentados representando a escravidão.
(Foto: Reprodução)

Hoje, é considerado como uma função escravista no Brasil, todo o trabalho forçado que envolve restrições à liberdade do empregado, onde o trabalhador é obrigado a realizar atividades sem receber nenhum tipo de pagamento ou quando esse valor é pago em baixíssima escala, fazendo com que nem mesmo as suas necessidades básicas de moradia e alimentação sejam supridas.

Essa particularidade trabalhista é considerada ilegal e atendem com mais frequência as classes pobres, que possuem pouco ou nenhum acesso a  educação, saúde, segurança, entre outros fatores relevantes para o bem estar de cada indivíduo.

Os principais ramos atualmente que fornecem a efetivação de trabalho escravo são a agricultura, indústria e alguns pontos de comércio. Dentre a faixa etária mais afetada por esse transtorno, pode-se citar a dos jovens, isso porque muitos saem em busca de oportunidades de emprego, visando o crescimento e um melhor futuro, mas acabam sendo aliciados por essa ilegalidade.

Os grandes beneficiários da escravidão contemporânea são os grandes empresários e fazendeiros,pois suas áreas no mercado necessitam de uma demanda elevada de funcionários e através desse modelo escravista, eles conseguem obter uma economia relevante, em vista da contratação formal e correta de cada um dos seus trabalhadores.

Atualmente, a CONATRAE (Comissão Nacional Para a Erradicação do Trabalho Escravo), juntamente com a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, são responsáveis por fiscalizar e monitorar o Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, projeto que foi criado no ano de 2013 e vem ajudando muito a combater o trabalho escravo ainda existente no país. 

Formas de trabalho escravo

Formas de trabalho escravo

O símbolo da escravidão no Brasil são os africanos, foram trazidos para o nosso país entre os séculos XVI e XIX, para exercer trabalhos forçados em grandes engenhos, principalmente nos de cana-de-açúcar, caracterizado na época como uma das mais relevantes atividades econômicas coloniais.

Nesse momento, existiam ainda os escravos que realizam outros tipos de serviços como os braçais, domésticos, aprendizes, vendedores, mestres em artesanato, barqueiros, entre outras funções.

Formas de trabalho escravo
Mãos acorrentadas.
(Foto: Reprodução)

Somente nos séculos XVIII e XIX, novas atividades foram atribuídas para esses indivíduos, com mais intensidade para os que habitavam próximo a região de Minas Gerais, pois era o início da ascensão da mineração, onde milhares deles exerciam procedimentos em minas e na agropecuária, além de se desempenharem em execuções de tropeirismo, criação de gado, cuidados e zelamentos com animais, principalmente os que eram responsáveis em fazer o transporte das mercadorias.

Já ao observar o contexto urbano, a dinamização escravista se faziam ainda maior que em âmbitos rurais, isso porque inúmeras formas de trabalho eram vistas, tanto para homens quanto para mulheres, crianças e até mesmo idosos, que desempenhavam no geral funções de carpinteiros, sapateiros, marceneiros, alfaiates, ferreiros, escravos de ganho, vendedores, amas de leite, doceiros, entre outros.

Escravidão moderna

Mesmo com tantas formas de trabalhos escravos vividas na antiguidade, após a abolição pela Lei Áurea, no ano de 1888, a democracia atual se faz como uma normatização frágil e mesmo com a proibição desse modelo de trabalho, ainda é possível constatar sua presença na sociedade moderna.

A escravidão contemporânea tem como suas principais formas de trabalho o tráfico de pessoas e os serviços prestados involuntariamente por crianças, jovens, adolescentes, presos e infratores. O que classifica esse modelo escravista atual é a obrigação da realização de atividades involuntárias, onde a liberdade e os direitos dos indivíduos não se fazem respeitados.

Comuna de Paris resumo escolar completo

Comuna de Paris resumo escolar completo

A Comuna de Paris corresponde a primeira tentativa da história de criação e implantação de um governo socialista em toda a região da França. Seu início se deu no dia 18 de Março de 1871 e teve fim no dia 28 de Maio do mesmo ano. Todo esse contexto aconteceu dentro da Guerra Franco-Prussiana, tendo uma duração de 71 dias. Naquela época, os comunas eram chamados de communards ou comunardos.

A Guerra-Franco Prussiana se estendeu entre 1870 à 1871, colocando de lados opostos a Prússia de Otto von Bismarck e a França de Napoleão 3 °. Esse embate foi vencido pela Prússia, que assim que teve seu poder alcançado, ditou várias normativas para os franceses, como a ocupação de toda a sua extensão pelas tropas prussianas, além da cessão de parte de todo o seu território e o pagamento de elevadas indenizações.

Comuna de Paris resumo escolar completo
Representação do embate contra a Comuna.
(Créditos da foto: http://commons.wikimedia.org/)

Com a queda de Napoleão 3°, foi criado um governo provisório de defesa juntamente a 3° República Francesa. Mesmo tendo bases resistentes, a Prússia também acabou vencendo essa estrutura governamentalista.

Logo no início de 1871, Louis Adolphe Thiers  foi eleito o Presidente da República, após a suspensão das operações das tropas militares e de uma considerável reunião da Assembléia Nacional. O conservadorismo imposto nesse processo, solicitava a Thiers a negociação da rendição da França.

Rendição francesa e a tomada de Paris

Com o intuito de desmilitarizar a Guarda Nacional existente, Thiers tentou dissolver toda a proteção do Exército, porém, nem todos os integrantes se disponibilizaram a tal prática, efetuando ataques a sede do governo provisório (Hôtel de Ville), fazendo com que muitos dos seus membros fugissem dali em caminho para Versalhes.

Nesse momento, Paris se viu sem nenhum comando político, dando origem a formação de forças heterogêneas, para a fundamentação de um “governo operário”, denominado por Comuna de Paris. A teoria desse governo foi construída em cima de ideais socialistas, levando aos seus componentes a inúmeras medidas no sentido de formar um poder popular e democrático, sendo algumas delas:

  • Abolição do trabalho noturno;
  • Redução da jornada de trabalho;
  • Concessão de pensão a viúvas e órfãos;
  • Substituição dos antigos ministérios;
  • Ensino gratuito e obrigatório;
  • Controle do preço dos alimentos;
  • Igualdade civil entre homens e mulheres;
  • Separação entre Igreja e Estado;

Os principais componentes comunardos eram os marxistas, operários ligados à Associação Internacional dos Trabalhadores, bakuninistas, blanquistas, proudhonianos, militares de outros países e outras variadas correntes.

Semana Sangrenta

Todas essas propostas de mudanças e a postura do novo governo, havia se tornado um enorme perigo, tanto para as classes dominantes francesas quanto  para outros países que constituíam a Europa. Com isso, as tropas prussianas e francesas se juntaram, cercaram Paris e começaram a atacar toda sua área, com o intuito de abolir radicalmente a Comuna.

Por causa da ausência de força, os comunardos perderam o poder em Maio de 1871. Toda a guerra que foi findada durante sete dias de ataque, levou a aproximadamente 20 mil execuções, mais de 10 mil sentenciados e cerca de 43 mil prisioneiros, todos pertencentes a Comuna de Paris.

O movimento operário que regeu toda a Comuna é caracterizado como um grande marco histórico de todo esse processo, tanto para França quanto para outros  países. Em decorrência desses relatos, muitas reflexões e ações foram criadas dentro do socialismo, como as teorias de Karl Marx e Engels.