Classe gramatical das palavras

Dentro da morfologia, é possível encontrar a classificação gramatical das palavras, que se distribui de maneira sintática e morfológica. Sua descrição tradicional se subdivide em dez classes: artigo, numeral, pronome, adjetivo, advérbio, preposição, conjunção, pronome, substantivo, verbo e interjeição.

Algumas modificações aconteceram dentro da língua portuguesa, o que modificou um pouco essa classificação desde a sua criação. É importante destacar que compreender cada um desses conceitos e identificar todas as classes das palavras, é um processo um pouco difícil e trabalhoso, mas muito necessário para os estudos.

Existem alguns gramáticos que apresentam discordâncias nesse meio morfológico, devido algumas características e definições das classes gramaticais. Devido a isso, abaixo veremos apenas as principais particularidades de cada uma delas.

Substantivo

É caracterizado como substantivo, as palavras que dão nomes aos seres, objetos, substâncias, estados, processos, qualidades, entre outros.

Classificação do substantivo

» Abstrato: mostra a existência de qualidades, estados, emoções, sensações e ações.
» Coletivo: indica variados elementos que se encontram em uma mesma espécie (se manifestam sempre de maneira singular).
» Comum: descreve particularidade de uma mesma espécie.
» Concreto: indica a existência de seres imaginários e/ou reais.
» Próprio: caracteriza sempre um ser me particular.

Formação

» Composto: possui dois ou mais radicais.
» Derivado: possui origem em outra palavra.
» Primitivo: dá origem as palavras.
» Simples: tem apenas um radical.

Flexão

» Gênero: feminino ou masculino.
» Grau: aumentativo ou diminutivo.
» Número: singular ou plural.

Exemplos de substantivos

» Vitor, amor, casa, carro, frio, beijo, tristeza.

Artigo

Essa classificação corresponde as expressões e palavras colocadas antes dos substantivos.

Semântica

Em relação ao olhar semântico, os artigos servem para determinar e indeterminar os substantivos, se subdividindo em:

» Definidos: o, a, os, as.
» Indefinidos: um, uma, uns, umas.

Mórfico

Através desse ponto de vista, o artigo se flexiona nas seguintes subdivisões:

» Gênero: uma – um / a – o.
» Número: o – os / a – as / um – uns / uma – umas.

Exemplos de artigos

» Linda, feio, verde, inteligente, alegre.

Adjetivo

Se trata de um modificador de substantivo, servindo para caracterizar seres e objetos, mostrando o modo de ser, aparência, qualidade, estado, entre outros. Além disso, estabelece juntamente ao substantivo relações de espaço, tempo, finalidade, procedência, propriedade e matéria.

» Flexão adjetiva: se trata de uma expressão composta por uma preposição + substantivo, servindo para dar características a todos os seres.
» Flexão do adjetivo: gênero (masculino ou feminino), número (singular ou plural) e grau (comparativo e superlativo).
» Gênero do adjetivo: quando o adjetivo se flexiona no mesmo gênero em que o substantivo se encontra.
» Uniformes: possuem apenas uma forma de escrita para ambos gêneros.
» Biformes: possuem duas formas distintas descritas, uma referente para cada tipo de gênero.
» Grau do adjetivo: demonstra a intensidade que o adjetivo caracteriza o substantivo, podendo se dar de maneira superlativa ou comparativa.
» Grau comparativo: corresponde a comparação entre dois seres de uma mesma característica, podendo se manifestar como superioridade, inferioridade ou igualdade.
» Grau superlativo: utilizado para intensificar uma particularidade de um ser ou objeto em relação aos demais, podendo se dar em sintético e analítico ou superioridade e inferioridade.
» Superlativo absoluto: sua área analítica, é composta sempre de expressões que dão sensação de intensidade + adjetivo; já sua parte sintética, é composta pelo adjetivo + sufixo.
» Superlativo relativo: indicam superioridade (o mais + adjetivo + de).

Exemplos de adjetivos

» Homem carinhoso, livro interessante, mulher baixa, nariz grande.

Numeral

Se trata das expressões que quantificam seres, ou algo ou indica uma posição de alguma ordem:

» Ordinal: 2°, 5°, 193°…
» Cardinal: 7, 85, 35…
» Multiplicativos: indicam aumentos de quantidades.
» Fracionários: mostram a diminuição proporcional da quantidade.

Flexões

» Gênero: feminino ou masculino.
» Número: singular e plural.

Exemplos dos numerais

» Cinco, setenta, quádruplo, quinto, meio terço.

Pronome

Corresponde as palavras que substituem ou acompanham o substantivo, mostrando sua posição em relação as pessoas contidas no discurso, espaço ou tempo. Eles podem ser subdivididos em:

Pessoal

Que se refere as pessoas do discurso, se classificando entre:

Retos

» Eu;
» Tu;
» Ele/Ela;
» Nós;
» Vós;
» Eles/Elas.

Oblíquos

» Átonos: o, a, os, as, me, te, lhe, lhes, se, nos, vos.
» Tônicos: mim, ti, ele, ela, eles, elas, si, nós, vós.

Pessoais de tratamento

Aqueles que indicam um trato informal ou cortês. É importante ressaltar que eles sempre concordam com o verbo na terceira pessoas:

» Você (V.);
» Senhor ou Senhora (Sr ou Sª);
» Vossa Senhoria (V. Sª);
» Vossa Excelência (V. Exª);
» Vossa Eminência (V. Emª);
» Vossa Santidade (V. S.);
» Vossa Alteza (V. A.);
» Vossa Magnificência (V. Magª);
» Vossa Majestade (V. M.);
» Vossa Reverendíssima (V. RVMª).

Possessivo

Aqueles que indicam a posse de algo ou alguém, estabelecendo ligações entre o possuidor e o objeto ou ser que foi possuído:

» 1° pessoa do singular: meu, minha, meus, minhas.
» 2° pessoa do singular: teu, tua, teus, tuas.
» 3° pessoa do singular: seu, sua, seus, suas.
» 1° pessoa do plural: nosso, nossa, nossos, nossas.
» 2° pessoa do plural: vosso, vossa, vossos, vossas.
» 3° pessoa do plural: seu, sua, seus, suas.

Demonstrativo

Aqueles que indicam a posição de um ser ou objeto em relação às pessoas ou algo:

» 1° pessoa: este, esta, estes, estas, isto.
» 2° pessoa: esse, essa, esses, essas, isso.
» 3° pessoa: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.

Relativo

São aqueles que sempre se referem a termos anteriores:

» Variáveis: o qual, a qual, os, quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.
» Invariáveis: que, quem, onde.

Indefinido

Todos aqueles que se referem a terceira pessoa do discurso de modo genérico, impreciso ou indeterminado:

» Variáveis: Algum, alguma, alguns, algumas, nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas, todo, toda, todos, todas, outro, outra, outros, outras, muito, muita, muitos, muitas, pouco, pouca, poucos, poucas, certo, certa, certos, certas, vário, vária, vários, várias, tanto, tanta, tantos, tantas, quanto, quanta, quantos, quantas, qualquer, quaisquer, diverso, diversa, diversos, diversas, um, qual, quais.
» Invariáveis: alguém, algo, ninguém, tudo, outrem, nada, cada, algo, quem.

Interrogativo

São aqueles utilizados para a composição de perguntas, sejam elas diretas ou indiretas.

Exemplos de pronomes

» Alguns, cujos, onde, suas.

Verbo

Se tratam das palavras que expressam ações, fenômenos e/ou estados. Pode exprimir pessoa, número, voz, modo e pessoa, se fazendo como a classe gramatical mais rica da morfologia.

Formas nominais

São denominados como formas nominais pois desempenham papéis e funções próprias de substantivos, advérbios e adjetivos. Não indicam tempo nem modo e se classificam em:

» Infinitivo: dá a ideia de ação e sua distinção fica bem próxima de um substantivo. Em sua representação impessoal, sempre termina em “r”.
» Gerúndio: mostra fatos de desenvolvimento, se aproximando de funções adjetivas e adverbiais. Sua terminação se dá em “ndo”.
» Particípio: tem funções que aproximam-se de adjetivos, podendo vir a se flexionar em gênero e número. Em sua maneira regular, possui terminações com “ado” e “ido”.

Tempo

Essa particularidade é responsável por indicar o momento em que acontece o fato descrito pelo verbo. Os tempos básicos existentes são o presente, o passado ou pretérito e o futuro.

Observação: É importante ressaltar que o presente não é divisível, apenas o pretérito e o futuro, que podem se particularizar no modo indicativo e subjuntivo.

Vozes do verbo

Se trata da maneira como se apresenta o fato expresso pelo verbo em relação ao sujeito:

» Ativa: quando o sujeito é o executor da ação verbal ou agente.
» Passiva: quando o sujeito sofre a ação verbal ou paciente.
» Reflexiva: quando o sujeito consegue se manifestar de forma paciente e agente, praticando e sofrendo a ação verbal.

Regência verbal

Corresponde a relação de dependência que o verbo possui com outros verbos e complementos. Podendo classifica-lo em:

» Verbos Transitivos Diretos.
» Verbos Transitivos Indiretos.
» Verbos Transitivos Diretos e Indiretos.
» Verbos Intransitivos.

Tipos de verbo

» Auxiliar: quando se encontra em tempos compostos, se profere ao principal, podendo exprimir pessoa, modo, número e tempo. Os verbos mais utilizados nesse caso são o ter, haver, ser e estar.
» Ligação: indica qualidade, estado, condição ou a transformação do sujeito, não possuindo nenhum tipo de ação. Os verbos mais utilizados nesse caso são estar, ser, permanecer, continuar, ficar, tornar-se e parecer.
» Depoente: verbos que apresentam formas passivas, mas não exprimem tal característica, pois inclui verbos de movimento.
» Intransitivo: verbo que expressa ideia completa e não necessita de nenhum complemento.
» Irregular: verbos que se afastam de sua forma básica em algumas flexões, contendo desvios radicais nas desinências ou vogais temáticas, como fiz, fizestes, faço, fazes.
» Iterativo: verbo que demonstra ação frequente, repetida ou de anterioridade.
» Vicário: verbo que se encontra no lugar do verbo anterior.
» Transitivo: verbo que não possui sentido completo e necessita de um complemento.
» Transitivo Direto: verbos com sentidos completos através da ligação direta a um objeto (que não seja uma preposição).
» Transitivo Indireto: verbos com sentidos completos quando estão interligados diretamente a uma preposição.

Conjugações

Elas podem se dar em:

Indicativo

» Presente do indicativo;
» Pretérito perfeito simples do indicativo;
» Pretérito perfeito composto;
» Pretérito imperfeito; Pretérito mais-que-perfeito simples;
» Pretérito mais-que-perfeito composto;
» Futuro do presente;
» Futuro do presente composto;
» Futuro do pretérito simples;
» Futuro do pretérito composto;

Subjuntivo

» Presente do subjuntivo;
» Pretérito imperfeito;
» Pretérito perfeito;
» Pretérito mais-que-perfeito;
» Futuro simples;
» Futuro composto;
» Imperativo afirmativo;
» Imperativo negativo;

Formas nominais

» Infinitivo impessoal;
» Infinitivo pessoal;
» Gerúndio;
» Particípio;

Exemplos de verbos

» Cantar, chorar, beber, lutar, sonhar, amar, viver, dormir.

Advérbio

Se caracterizam como palavras e expressões que associadas aos verbos, adjetivos e também a alguns advérbios, conseguem proporcionar mobilidade as sentenças de uma maneira modificadora.

Tipos de advérbios

Modo

» Bem, mal melhor, pior, assim, depressa, debalde,devagar, às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão.

» A maior parte dos que terminam em “mente”: calmamente, tristemente, escandalosamente, bondosamente, generosamente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente.

Intensidade

» Muito, bem, demais, pouco, tão, em excesso, bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto, assaz, que, tudo, nada, todo, quase, de todo, de muito, por completo, extremamente, intensamente, grandemente.

Tempo

» Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, breve, constantemente, entrementes, imediatamente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, outrora, amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim, afinal, amiúde, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia.

Lugar

» Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta, acolá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora, alhures, nenhures, aquém, embaixo, externamente.

Negação

» Não, nunca, nem, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum.

Dúvida

» Quem sabe, talvez, acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, casualmente, por certo.

Afirmação

» Sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente, deveras, indubitavelmente.

Exclusão

» Apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, simplesmente, só, unicamente.

Inclusão

» Ainda, até, mesmo, inclusivamente, também.

Ordem

» Depois, primeiramente, ultimamente.

Designação

» Eis.

Interrogação

» Onde?, Aonde?, Donde?, Quando?, Como?, Por que?.

Exemplos de advérbios

» Primeiramente, pouco, muito, não.

Preposição

São descritas como palavras invariáveis, que fazem ligações de dois elementos em uma mesma oração, como substantivo a substantivo, substantivo a verbo, verbo a substantivo, advérbio a substantivo, adjetivo a substantivo, entre outros.

Sua classificação se caracteriza em:

Essenciais

Todos aqueles que desempenham a função de preposição.

» A, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás.

Acidentais

Termos que pertencem a outras classes gramaticais e que ao serem utilizados, eventualmente acabam sendo empregados como preposições.

» Afora, durante, exceto, fora, malgrado, mediante, menos, salvo, segundo.

Locuções prepositivas

Se tratam da junção de duas ou mais palavras que exercem a função de preposição.

» À busca de,à distância de, a fim de, a maneira de, a par de, à procura de, acerca de, além de, antes de, apesar de, através de, de acordo com, depois de, em vez de, junto a, junto de, para com.

Exemplos de preposição

» Para, sob, a fim de, exceto.

Conjunção

As conjunções são caracterizadas como termos sindéticos, pois correspondem a classe de conexão de orações, de acordo com a visão sintática, onde estabelece relações de subordinação ou coordenação. Já pelo ponto de vista morfológico, se tratam de vocábulos invariáveis; e pela semântica, são responsáveis por criar uma junção de sentido entre várias orações que podem ser interligadas.

Coordenativas

» Aditivas: e, nem, não, só, mas, também.
» Adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, não obstante, no entanto.
» Conclusivas: ou, ora, quer, seja, nem, já.
» Explicativas: que, porque, pois, porquanto.

Subordinadas

» Integrantes: se, que, como.
» Causais: como, porque, uma vez que, já que, visto que.
» Concessivas: mesmo que, embora, ainda que, apesar de, se bem que, posto que, conquanto.
» Condicionais: se, caso, desde que, contanto que, salvo se, dado que, sem que, a não ser que, a menos que.
» Conformativas: como, segundo, consoante, conforme.
» Comparativas: como, mais que, mais do que, menos que, menos do que.
» Consecutivas: que, de sorte que, de forma que, de maneira que, de modo que.
» Finais: porque, que, para que, a fim de que.
» Proporcionais: quanto mais, ao passo que, à proporção que, à medida que.
» Temporais: quando, mal, apenas, enquanto, antes que, depois que, desde que, logo que, assim que, sempre que.

Exemplos de conjunção

» Contudo, mas, que, porquanto.

Interjeição

Palavras e expressões que traduzem emoções, desejos e surpresas com vivacidade, sem ter que utilizar qualquer tipo de estrutura linguística. Normalmente, suas descrições equivalem a frases.

Classificação

» Advertência: Cuidado!, Calma!, Devagar!, Atenção!, Olha!, Sentido!, Alerta!.
» Afugentamento: Passa!, Rua!, Xô!, Fora!.
» Satisfação ou alegria: Oba!, Viva!, Ah!, Eh!, Oh!.
» Alívio: Ufa!, Uf!, Ah!, Arre!.
» Estímulo ou animação: Força!, Vamos!, Coragem!, Firme!, Ânimo!, Adiante!, Toca!, Eia!.
» Aprovação ou aplauso: Bravo!, Bis!, Boa!, Viva!, Apoiado!.
» Concordância: Sim!, Claro!, Pois não!, Tá!, Hã hã!.
» Desaprovação ou repulsão: Credo!, Irra!, Safa!, Livra!, Ih!, Ora!, Basta!, Chega!, Fora!, Abaixo!, Francamente!, Xi!.
» Desejo ou intenção: Tomara!, Pudera!, Oh!.
» Desculpa: Perdão!.
» Tristeza ou dor: Ai de mim!, Que pena!, Ai!, Ui!, Ah!, Eh!, Oh!.
» Dúvida: Hum!, Qual!, Qual o quê!, Ora!, Epa!.
» Admiração ou espanto: Ah!, Oh!, Puxa!, Céus!, Uai!, Putz!, Cruz!, Hem?, Hein?, Vixe!, Opa!, Caramba!.
» Impaciência ou contrariedade: Hem!, Hum!, Raios!, Irra!, Puxa!, Pô!, Ora!.
» Pedido de auxílio: Aqui!, Piedade!, Socorro!.
» Silêncio: Psiu!, Silêncio!, Bico!.
» Medo ou terror: Oh!, Cruzes!, Credo!, Uh!, Ui!.
» Chamamento ou saudação: Adeus!, Olá!, Alô!, Tchau!, Ei!, Psiu!, Socorro!, Valha-me Deus!, Salve!, Viva!.

Exemplos de interjeição

» Psiu!, Ô!, Eh!, Força!

Artigo definido e indefinido explicação

Artigo definido e indefinido

São denominados como artigos as referências que damos aos substantivos. Eles pertencem a classe de palavras variáveis, se manifestando em relação de gênero e número, com o intuito de determiná-lo ou indeterminá-lo.

Sua classificação geral se dá entre:

» Masculino ou feminino;
» Singular ou plural;
» Definido ou indefinido;

Artigos definidos

São aqueles que mostram seres determinados, conhecidos pelo indivíduo que está falando ou escrevendo, podendo ser uma pessoa, animal ou objeto:

Artigo definido e indefinido
(Foto:Reprodução)

» o;
» a;
» os;
» as.

Exemplos

» Chamei o garçom.
» Encontramos as bonecas perdidas.

Artigos indefinidos

São aqueles que indicam os seres ou objetos indeterminados, de um modo impreciso, vago.

» Um;
» Uma;
» Uns;
» Umas.

Exemplos

» Umas pessoas tocarão no restaurante hoje.
» Uns botões espalhados pelo chão, eu encontrei.

Preposições

Em relação aos artigos definidos, é importante destacar que eles, em alguns casos, são declináveis, podendo vir a ser combinados com preposições, como nos casos abaixo:

» Ablativo  (preposição “por”): pelo, pela, pelos, pelas;
» Comitativo (preposição “com”): co, coa, cos, coas; (em desuso)
» Dativo (preposição “a”): ao, à, aos, às;
» Genitivo (preposição “de”): do, da, dos, das;
» Locativo (preposição “em”): no, na, nos, nas.

Dica

É importante ficar atento ao local onde o artigo será colocado, pois em alguns casos ele pode modificar a classe da palavra seguinte para substantivo, como no caso: Ela falou um sim. (o “sim” deixa de ser advérbio para ser substantivo).

Aprenda como funciona uma bússola

Dicas de como funciona uma bússola

A bússola corresponde a um pequeno objeto que marca pontos cardeais, sendo uma das ferramentas mais simples e eficazes dessa classificação. Sua agulha sempre fica apontada para o pólo Norte, dando bases aos seus usuários, permitindo que eles saibam em qual ponto cardeal se encontram.

Ela é considerada como um dos modelos mais utilizados para finalidade de determinação de direções, sendo um instrumento indispensável para navegação. Suas primeiras histórias se fundamentaram há milhares de anos, na Era dos Descobrimentos e devido a sua eficácia, sofreu algumas alterações na sua composição para se adequar as necessidades atuais.

Funcionamento

Dicas de como funciona uma bússola
Bússola.
(Foto: Reprodução)

Ao observar seus princípios, é possível ver que o seu funcionamento se baseia na conjugação do magnetismo da agulha com o magnetismo da Terra, pois o planeta possui um campo magnético que faz com que a agulha marque os pontos cardeais, se deslocando de sentindo de acordo com a posição do indivíduo.

Analisando que pólos opostos se atraem, a parte Norte da bússola é atraída pela Sul (o pólo Norte geográfico) e a parte Sul se faz então atraída pelo Norte magnético da Terra, indicando-os assim no disco de leitura.

Geralmente, em sua descrição, é possível visualizar que a sua agulha tem marcações em vermelho e o Norte e o Sul (ou “N” e “S”) em preto. Dessa maneira, o usuário consegue ter bases de classificação de direções e definições. Existe ainda dois outros sentidos que poderão ser notados na sua leitura, o Leste (lado direito) e o Oeste (lado esquerdo).

Observação: A leitura da bússola é realizada com basamento nos pólos “N” e “S” porque em relação ao mapa, o pólo Norte geográfico se situa em cima e o pólo Sul em baixo. Magneticamente falando, o pólo Norte magnético fica em baixo e o pólo Sul fica em cima.

Componentes

» Base: normalmente marcada com uma régua de escala e com uma ou mais réguas laterais. Composta de plástico e é transparente.
» Cápsula: possui uma agulha magnética e se faz preenchida com líquidos que proporcionam a estabilidade da agulha.
» Disco de leitura: possui uma escala em graus que fica em volta da cápsula, que serve para ser girada manualmente para obter o rumo em graus necessário.
» Portão: corresponde a uma faixa preta e vermelha pintada numa lâmina ou na cápsula, servindo para alinhar a agulha.
» Linhas de Norte: servem para alinhar a bússola com os meridianos inseridos no mapa.

Revolução cubana resumo

Anteriormente, Cuba era uma das últimas nações que ainda era dependente do continente americano, somente com a ajuda de José Martin e com o auxílio direto das tropas norte-americanas o país se proclamou como um Estado independente. A presença dos norte-americanos durante esse período fez com que surgisse a criação de um grande laço político com os EUA, onde os estadunidenses pretendiam garantir a curto e a longo prazo todos os seus interesses na ilha centro-americana.

Tempos após essa forte parceria política, era possível observar as primeiras intervenções dos EUA em Cuba, tal como a criação da Emenda Platt, que assegurava o direito do país norte-americano sobre o território cubano. Com o passar dos anos, era possível observar que Cuba estava sendo tomada por grandes empresas estadunidenses, o que ajudou muito na instalação de um Estado subserviente e fragilizado.

1950

Revolução Cubana
Os lideres da revolução cubana: Ernesto Che Guevara e Fidel Castro.
(Foto: Reprodução)

Mesmo após anos da independência cubana, o país ainda era invadido por tropas militares norte-americanas. Relatos afirmam que isso só teve fim na década de 1950, onde o general Fulgêncio Batista com o apoio dos EUA, empreendeu um  regime ditatorial, considerado ainda explicitante. O governo de Fulgêncio foi marcado por sua negligência em relação as necessidades básicas de todo o povo cubano e pela brutalidade e repressão com que eram tratados os seus inimigos políticos e todos que lhe representasse alguma ameaça.

Durante esse processo, a maior parte da população cubana passava por momentos difíceis, com grandes problemas sociais, salvo a sua minoria que se esbanjava quase todos os dias e noites nos nigth clubs e nos grandes cassinos, lugares cheios de luxo e riqueza. Devido a todos os acontecimentos que eram vividos na época, vários guerrilheiros se agruparam para tomar o governo de Fulgêncio.

1956 à 1959

Uma das tropas que obtiveram mais destaque nesse processo foi a de Fidel Castro, Ernesto Che Guevara, Camilo Cienfuegos e cerca de mais 80 homens. Todos ali lutavam contra vários focos de luta contra as forças armadas do governo atual. Durante os anos de 1956 à 1959, essa tropa conseguiu vencer diversas batalhas e conquistar várias cidades cubanas. Somente no ano de 1959 o governo de Fulgêncio Batista teve fim, onde o grupo procurava estabelecer um Estado novo, onde seu regime fosse tido visando a melhoria de vida dos cidadãos mais necessitados do país.

O grupo apoiava e defendia várias propostas, sendo duas das principais o controle governamental sob as indústrias de Cuba e a ampla reforma agrária. Ambas as propostas contrariava e muito os EUA, país que começou a punir os cubanos devido as suas novas escolhas governamentais, tal como a suspensão de importações do açúcar cubano.

Através de todas as pequenas privações que os EUA realizava sobre Cuba, o governo de Fidel teve que se aproximar do bloco soviético, para que assim pudesse continuar dando sustentação ao novo poder que estava sendo instalado naquele momento. Todo esse processo fez com que surgissem várias retaliações dos EUA, onde John Kennedy (governante norte-americano da época) rompeu ligações diplomáticas com o país.

1961

O rompimento dessas ligações se fez no início do ano de 1961, onde logo em seguida teve uma tentativa de contra golpe (sem sucesso) de um grupo revolucionário dos EUA, que tentou instalar uma guerra civil, chamada de Baía dos Porcos. Após esse processo, Fidel juntamente ao seu governo, reafirmou os laços com a URSS, fazendo de Cuba enfim um país socialista.

Para que outros países não seguissem o mesmo caminho que Cuba, os EUA criou um pacote de ajuda econômica para várias outras nações latino-americanas, chamado de Aliança para o Progresso.

1962

No ano de 1962, a URSS tentou fazer com que Cuba se transformasse em um importante ponto estratégico, onde afirmavam que ali existia uma suposta instalação de mísseis que estavam apontados para os EUA, podendo ser disparados casso alguma ameaça acontecesse contra eles. Esse processo foi chamado de crise dos mísseis, marcando a Guerra Fria e instalando o isolamento do bloco capitalista com Cuba, agora mais que nunca socialista.

1990

A economia cubana se mantinha nesse período devido a sua grande parceria com a reforma socialista e suas nações, onde firmou vários acordos e conseguiu vários auxílios da URSS. Durante esse período, vários projetos voltados à área da saúde e educação foram estabelecidos em Cuba, melhorando as condições de vida de toda a população. Porém, no ano de 1990, houve uma grande queda do governo socialista, fazendo assim com que uma instabilidade acontecesse na região, exigindo uma reformulação de toda a economia política local.

Principais consequências da Revolução

• Reforma agrária;

Melhoria dos sistemas da saúde e da educação;

Nacionalização das empresas e dos bancos.

Curiosidade

Somente no ano de 2008 o governante Fidel Castro saiu de sua presidência. Nesse período acontecia ainda as eleições para presidente onde um dos candidatos era Barack Obama. Com isso, diversos analistas políticos achavam que seria possível uma nova reaproximação entre os dois países.