As dez classes gramaticais

A gramática da língua portuguesa possui várias regras e normas, sendo uma delas as classes gramaticais, contexto de palavras que está dentro da morfologia, classificando-as de acordo com a sua distribuição morfológica e sintática. Ao todo, a divisão se dá em 10 partes, cada uma com as suas características que as diferem umas das outras.

Adjetivo

Os adjetivos correspondem as palavras utilizadas para proporcionar características aos substantivos, exemplos:

  • » bonito;
  • » elegante;
  • » feia;
  • » charmosa;
  • » querida;
  • » gentil;
  • » amorosa.

Advérbio

Correspondem as palavras que se associam a outros advérbios, adjetivos e verbos, realizando assim a sua modificação:

  • » constantemente;
  • » sempre;
  • » pouco;
  • » muito;
  • » não;
  • » sim;
  • » aqui;
  • » ontem.

Artigo

Correspondem as palavras que servem para determinar ou não os substantivos, desde que os anteceda:

Explicação sobre as classes gramaticais

  • » o;
  • » a;
  • » os;
  • » as;
  • » um;
  • » uma;
  • » uns;
  • » umas.

Conjunção

Se tratam das palavras que realizam a ligação entre as orações, fazendo com que elas tenham uma relação de subordinação ou coordenação:

  • » e;
  • » contudo;
  • » mas;
  • » que;
  • » portanto.

Interjeição

São as palavras que evocam emoções dentro do contexto:

  • » oh!;
  • » nossa;
  • » que pena;
  • » uau.

Observação: É sempre importante avaliar toda a estrutura da frase para classificar o termo como uma interjeição ou não.

Numeral

Palavras que expressão quantidades, ordens, múltiplos, fatores ou qualquer sentido parecido:

  • » segundo;
  • » mais;
  • » menos;
  • » dez;
  • » metade;
  • » quadruplo.

Preposição

Correspondem as palavras que ligam uma expressão á outra, realizando assim uma conexão entre as duas:

  • » a;
  • » ante;
  • » após;
  • » até;
  • » com;
  • » contra;
  • » de;
  • » desde;
  • » em;
  • » entre;
  • » para;
  • » perante;
  • » por;
  • » sem;
  • » sob;
  • » sobre;
  • » trás;
  • » atrás de;
  • » dentro de;
  • » para com.

Observação: existem, ainda, algumas preposições acidentais, palavras que atuam nesse sentido dentro do contexto abordado, tal como fora, exceto, durante, como, visto, etc.

Pronome

Se trata da palavra que pode acompanhar ou substituir um substantivo, determinando assim qual a principal pessoa do contexto:

  • » eu;
  • » eles;
  • » te;
  • » aqueles;
  • » mim;
  • » nós;
  • » esta.

Observação: os pronomes podem ainda se classificar em: possessivos (que indicam posse), indefinidos (que não são definidos), interrogativos (utilizados para formular perguntas), os relativos (que relacionam uma oração a um substantivo), demonstrativos (indicam a posição de algo ou alguém) e os pessoais (que substituem ou acompanham o substantivo/nome).

Substantivo

Corresponde as palavras que dão nome as pessoas, aos estados de espirito, sentimentos, conceitos, sensações, objetos, entre outros:

  • » Rodrigo;
  • » Monique;
  • » alegria;
  • » carinho;
  • » democracia;
  • » sabor;
  • » faca;
  • » quadro.

Verbo

São palavras que expressam estados e/ou ações:

  • » amar;
  • » dormir;
  • » comer;
  • » lavar;
  • » andar;
  • » fazer;
  • » agir;
  • » comprar;
  • » sonhar.

Conceito determinismo biológico

O determinismo biológico corresponde todas as situações que atribuem as capacidades psicológicas e físicas dos indivíduos relacionados a sua etnia, ao grupo em que pertence e a sua nacionalidade, isto é, onde cada ser humano possui características da influência de sua cultura.

Conceito do determinismo biológico

Antropólogos afirmam que uma criança, mesmo que tenha nascido na China, caso seja levada para a Rússia, irá adquirir a cultura e os conhecimentos ensinados no país onde está sendo criada, independente da sua etnia, cor, sexo, raça ou classe social. Este conceito é considerado como a base do conhecimento científico da natureza, porque consegue afirmar a existência das relações entre os fenômenos naturais e os seres humanos.

Um dos autores que se destacam em relação aos conceitos do determinismo biológico é o Roque de Barros Laraia, que faz várias citações em seu livro Um Conceito Antropológico, onde diz que “A espécie humana se diferencia anatômicamente e fisiologicamente através do dimorfismo sexual, mas é falso que as diferenças de comportamento existentes entre pessoas de sexos diferentes sejam determinadas biologicamente”.

Assim, podemos concluir que o determinismo biológico pertence a força de certas causas, sejam elas internas ou externas dentro de uma sociedade.

Florence e a Guerra da Crimeia

Florence Nightingale foi uma das enfermeiras mais importantes da história americana, sendo a primeira mulher a tratar dos feridos em um conflito na Guerra da Crimeia. Ela nasceu na cidade de Florença no dia 12 de Maio de 1820 e faleceu dia 13 de Agosto de 1901 em Londres.

1854 à 1856

A Guerra de Crimeia aconteceu entre os anos de 1854 à 1856, foi uma conflito entre a Rússia e a coligação da França, do Império Otomano e da Sardenha. Esse foi um dos pontos marcantes da reviravolta da história política europeia na era pós-napoleônica. O fator base desse conflito foi o Levante, reerguido com o declínio do Império Otomano, que abalou de forma profunda todas as estruturas do continente europeu na época.

Importância de Florence Nightingale na Guerra de Crimeia
Florence Nightingale.

Devido a grande potencialidade educacional que seu pai lhe agregou, ensinando vários idiomas, tal como alemão, italiano, grego, latim e o francês; algumas disciplinas, como história, matemática e filosofia, Florence obteve destaque em sua formação na instituição protestante de Kaiserswerth, na Alemanha. Após esse período de aprendizagem, ela se transferiu para a cidade de Londres, onde iniciou seus trabalhos na área médica.

Foi durante esses dois anos que Florence ficou também conhecida como A dama da lâmpada, pois quando não estava prestando socorro aos feridos durante a noite, auxiliava os demais componentes da equipe médica a iluminar o caminho do campo de guerra, auxiliando  os indivíduos que necessitavam de ajuda.

Nesse tempo, Florence observou a forma como a falta de higiene dos campos e as doenças matavam os soldados feridos e onde começou a desenvolver trabalhos de assistência aos enfermos, fornecendo uma melhor infraestrutura hospitalar, que a deixou mais conhecida entre os combatentes.

Todas as reformas que essa importante enfermeira foi conquistando os postos médicos de batalha e ao seu hospital militar, reduziu consideravelmente o número de mortes na época. Mesmo assim, Florence ainda não se sentiu satisfeita e começou uma nova batalha para a realização de uma melhor regulamentação do sistema de saúde militar.

Dois anos depois o fim da guerra da Crimeia, em 1858, publicou Notes on Matters Affecting the Health, Efficiency and Hospital Administration of the British Army. Já no ano de 1860, fundou a primeira escola de enfermagem do mundo no Hospital de St. Thomas, em Londres.

1901

Florence foi um dos grandes exemplos feministas no mundo. Serviu de exemplo para que as demais mulheres se impusessem dentro da sociedade. Os seus trabalhos só tiveram fim no ano de 1901, onde a sua visão já havia sido totalmente atingida por uma doença, deixando-a completamente cega.

Mesmo após o seu falecimento, continuou a ser lembrada, não somente pelos feitos na área da saúde, mas pelo potencial dos seus gráficos matemáticos, totalmente criativos que utilizava para explicar todas as suas conclusões estatísticas para generais e membros do parlamento.

Motivos das Grandes Navegações Portuguesas

 As Grandes Navegações possuem diversos fatores que se interligam para o seu surgimento em grande escala. O primeiro deles foi quando Portugal começou a observar que o seu comércio não era movido, apenas, de forma terrestre, mas sim marítima.

Motivos para o surgimento das grandes embarcações portuguesas
Representação de navegações portuguesas.
(Foto: Reprodução)

O Oriente exportava para o Ocidente vários tipos de mercadorias, tal como o ouro,  açúcar, outras pedras preciosas, os condimentos, as porcelanas, as drogas medicinais, os perfumes entre outros. Todos esses produtos eram recolhidos por povos árabes, onde eram levados até as cidades italianas através de caravanas, que intermediavam a sua venda em toda a Europa.

Por causa da formação desse monopólio, as monarquias portuguesas tentavam descobrir novos meios de contato com todo o Oriente, resolvendo assim implantar diversos meios marítimos. As grandes viagens das embarcações eram orientadas por homens armados, mas esse empreendimento só começou a funcionar com o apoio de toda a burguesia e do Estado, que recebiam parte do lucro dos navegantes por isso.

Dessa maneira, Portugal percebeu que a expansão do seu comércio só se findaria através do rompimento das barreiras marítimas, que foi se quebrando pouco a pouco para que o país se estabelecesse no Oriente. O primeiro ponto explorado para esse avanço foi a Costa Africana que se encontrava mais próxima, pois perto dali se encontravam algumas cidades árabes de importância comercial, tendo como destaque o município de Ceuta.

1415

Nesse ano, Ceuta foi vencida por novas conquistas portuguesas, onde já conseguia se estabelecer na cidade de Alcácer, de Tânger e Arzila. As maiores importâncias comerciais eram o ouro, marfim e os povos escravos. Mesmo a África sendo muito explorada, os portugueses queriam mais, onde viam a verdadeira riqueza nas Índias.

No território indiano era possível encontrar ricos brocados e sedas, tendo como suas especialidades o gengibre, canela, cravo, a noz moscada e vários outros temperos que serviam para dar sabor e conservar os alimentos. Todo esse comércio rendia uma grande movimentação capitalista, onde os mercadores árabes forneciam as mercadorias para os italianos, que posteriormente as negociavam com o território europeu.

1453

Essa nova forma de comércio despertou o olhar de várias outras regiões. Nesse ano, os turcos entraram na Europa tomando várias partes da sua extensão, tal como Constantinopla e Alexandria, onde conseguiu bloquear todo o comércio de especiarias. A partir desse momento começou uma grande crise no mercado europeu.

Devido a diversos acontecimentos, a única saída era buscar um novo caminho para o Oriente. Assim, o novo alvo da expansão marítima portuguesa era dominar esse rico mercado, eliminar os intermediários muçulmanos e todos os povos que atrapalhavam os seus negócios e os avanços comerciais.