Totalidade para Karl Marx

A concepção de totalidade se deu através de pesquisas realizadas embasamentos de vários autores marxistas, tal como o próprio Karl Marx, Engels, Luckácks, entre outros. Ela é dita como um dos principais fundamentos dos processos de produção dialéticos.

A dialética é dita como uma estrutura contraditória do real, onde seu movimento passa por três fases, sendo elas a tese (identificação), a antítese (contradição ou negação) e a síntese (positividade ou negação). Ela é dita como a história das contradições, onde descreve a realidade e a reflete, e não apenas a interpreta.

Foto de Karl Marx
Karl Marx

Totalidade

A visão do conceito de totalidade foi elaborada e prescrevida para enxergar, refletir e encaminhar uma solução para um problema proposto. As sínteses conseguem mostrar as contradições concretas e as mediações específicas que constituem os meios de cada totalidade.

Com isso, diz-se que todas as coisas estão em relação umas com as outras, onde nenhum fenômeno pode ser compreendido isoladamente, mas sim com os fatores que o rodeia. Mesmo que os fatos sejam pequenos, eles fazem parte de toda a estrutura e por isso devem ser analisados.

Karl Marx, para realizar seus estudos sobre o assunto, partiu de ideias da dialética hegeliana, onde Hegel contrapunha a lógica dialética a lógica tradicional. Ele afirmava que compreender a natureza seria representá-la de forma processual.

A diferença entre o pensamento desses filósofos é que Hegel era idealista, afirmava que o pensamento cria a realidade; já Marx era materialista, assim como Engels, onde falavam que o primeiro dado desse processo era o mundo material e a contradição surge entre homens reais, em condições históricas e sociais reais.

Com isso, Marx afirmava que o mundo material era dialético, onde estava em constante movimento e com o tempo buscava mudanças de acordo com as contradições surgidas que aconteciam posteriormente aos antagonismos das classes em todo o processo de produção social.

Marx resumiu a dialética em 3 leis:

 * Primeira lei: a passagem da quantidade à qualidade, que se dá por seu ritmo e período;

* Segunda lei: onde acontece a interpenetração dos contrários, onde a ideia é de que tudo tem a ver com tudo;

* Terceira lei: a negação da negação, na qual a negação e a afirmação são superadas.

Após a morte de Marx e Lênin, Stállin continuou a realizar grandes pesquisas, e desprezou toda a teoria descrita por ambos, principalmente em relação as leis, onde descreveu quatro novos fundamentos:

  • Conexão universal e interdependência dos fenômenos;
  • Movimento, transformação e desenvolvimento;
  • Passagem de um estado qualitativo a outro;
  • Luta dos contrários como fonte interna do desenvolvimento.

Dentre toda a sua organização, os conceitos dialéticos correspondem ao passado, presente e futuro, onde cada particularidade é analisada com os dados históricos já obtidos e os que possivelmente estão por vir.

As relações de produção são ditas como as relações fundamentais dos humanos. A partir dela é revelada a maneira que os seres humanos, a partir das suas condições naturais, usam técnicas e se organizam por meio da divisão do trabalho. Essa relação se dá na maioria das vezes pelas forças produtivas decorrentes de conjuntos, sendo eles formados por matérias-primas, máquinas, mão de obra, clima, solo, água, instrumentos de trabalho, entre outros.

É chamado de modo de produção a forma como as forças produtivas se organizam, caracterizando ainda o momento histórico e as relações de produção findadas no momento.

O que é tratado de totalidade, mas se dá como uma totalização, onde uma multiplicidade de conceitos, em seu tempo e campo real se dão através de uma determinada perspectiva, contradições e informações. Através desse processo, é possível revelar a todo indivíduo comum, uma objetivação que esteja em desenvolvimento.

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