Os tratamentos para dependentes químicos são feitos não somente nas clínicas mas também com o acompanhamento médico de vários profissionais da área da saúde antes da internação do indivíduo. As internações podem ser feitas em clínicas particulares, em clínicas gratuitas de ONG’s e do Governo. A partir do momento em que é evidenciado o consumo excessivo e descontrolado de substâncias químicas, as famílias devem se alertar aos sinais dados pelo consumista dessas drogas para que o conscientize de seus atos, podendo ele ser internado com ou sem a sua autorização.
Vicio pode ser doença
Ver que o vício os deixam doentes é quase impossível para os dependentes, eles preferem acreditar que tudo o que está acontecendo é normal, que faz bem para ele. Antes de qualquer tipo de internação é essencial que dados sejam pesquisados sobre o porque a pessoa se envolveu no mundo das drogas, se foi por diversão, se elas o trouxeram algo de melhor, se preenchem algum vazio ou se simplesmente resolveu experimentar e nunca mais conseguiu abandonar esse mundo.
As famílias devem observar as atitudes desses usuários, percebendo se ele se tornou agressivo, se rouba ou se faz uso de alguma prática de crime para conseguir dinheiro para sustentar seu vício. A partir de várias avaliações é possível constatar o estágio em que esses dependentes estão, se podem ser tratados em casa ou indo a consultas em consultórios de especialistas ou se a única alternativa é internar em uma clínica especializada.
As clínicas abordam de diversas formas os usuários para que eles tenham consciência de que essas substâncias não fazem bem para o corpo.
Pela grande maioria delas disponibiliza acesso a palestras de pessoas que conseguiram sair do mundo das drogas, a missas ou a cultos para aproximar o indivíduo da fé religiosa para a cura do seu problema, consultas psicológicas, terapêuticas, atividades físicas, trabalho no campo ou com artesanatos para que ocupem a cabeça para quando saírem de clínica ter um propósito na nova vida que terá fora dela.
A maioria delas encontram-se em locais afastados da cidade, rodeados de árvores e vegetação para proporcionar maior tranquilidade ao paciente.
As substâncias são cortadas totalmente, e por causa disso no inicio do tratamento todos os pacientes demonstram agressividade, desconforto e ficam muito inquietos. A partir do 10° dia, o corpo sente falta das drogas, mas com menas frequência que antes. Por causa disso eles vivem um dia de cada vez, pois todos os dias a luta é travada contra o próprio corpo, que ainda sente falta dos componentes químicos.
Tratamento
Os tratamentos de desintoxicação nas clínicas duram conforme o grau de necessidade que o indivíduo tem da substância, avaliando qual a droga ele utiliza com mais frequência e qual é o poder dela sobre o usuário. Nas clínicas, será cortado do paciente não só a droga em que ele é viciado, mas todas as existentes, incluindo o álcool, para que seu corpo seja totalmente limpo desses componentes químicos. O tratamento dura em média de 6 meses a 1 ano de internação.
Todo o conjunto familiar precisará de acompanhamento psicológico para que saibam ajudar o usuário em momentos difíceis, de recaídas ou para saber se ele está limpo ou se voltou a usar as drogas.
Ao procurar clínicas de tratamento, é indicado que as famílias pesquisem bastante as informações sobre os centros, pois muitos impostores costumam enganar as pessoas que procuram esse acesso, além disso, é necessário que visitem e veja a regulamentação de como funcionam as entidades para que o paciente não sofra nenhuma negligência ou maus tratos na instituição.
Curiosidade
No dia 8 de Maio de 2013, foi divulgado que os dependentes químicos de São Paulo serão ajudados financeiramente pelo governo para fazer seus tratamentos.
O cartão disponibilizará cerca de R$ 1.350,00 para que eles façam consultas, exames e internações, mas ele só será aceito em clínicas cadastradas para tais finalidades.