Compreende-se como úlcera de pressão, as lesões de pele que são ocasionadas pela erupção sanguínea que se desenvolve devido a uma pressão aumentada por um período prolongado, sendo denominada ainda como úlcera de decúbito, escara de decúbito ou somente escara (expressão usada quando o trauma possui uma crosta preta ou uma área necrótica).
O desenvolvimento desse transtorno acontece quando se tem uma compressão do tecido mole entre uma proeminência óssea e uma superfície dura por um prazo estendido. As regiões mais atingidas de toda a estrutura corporal pela doença são os cotovelos, o tronco, os trocânteres, as nádegas, a área sacra, pélvica e o calcâneo.
Causa
O principal motivo constatado até hoje sobre o aparecimento da úlcera de pressão é a isquemia tecidual prolongada, que se faz muito comum em pacientes que se encontram em estado acamado, que já foram fumantes, diabéticos, desnutridos e idosos. Outros fatores que podem aumentar o risco de manifestação dessa enfermidade são:
» Imobilidade;
» Pressões prolongadas;
» Fricção;
» Infecção;
» Edema;
» Pressão arterial;
» Traumatismos;
» Idade avançada;
» Desnutrição;
» Incontinência urinária e fecal;
» Deficiência de vitamina;
» Umidade excessiva.
Estágios e sintomas
Sua classificação, varia de acordo com o avanço e a gravidade da enfermidade:
» Estágio I: quando a pele permanece intacta, mas é possível ver sinais de vermelhidão e um pouco de ulceração;
» Estágio II: quando a pele começa a perder sua espessura, manifestando abrasão, bolha ou cratera superficial;
» Estágio III: quando as feridas começam a se tornarem visíveis, envolvendo a epiderme, a derme e o subcutâneo;
» Estágio IV: quando a lesão é de tamanho significante, existindo destruição ou necrose dos ossos, músculos,tendões e cápsula articular;
Diagnóstico
Assim que os sintomas começarem a se manifestar, a ajuda médica tem que ser procurada o mais depressa possível, para que o tratamento se inicie rapidamente e menos danos sejam causados ao corpo do enfermo.
Tratamento
A indicação dos métodos utilizados no tratamento, fica a critério do médico ou da enfermeira especializada que está cuidando do caso, podendo eles se darem pela limpeza a jato com soro fisiológico, medicamentos e/ou procedimentos cirúrgicos. Os resultados (na maioria dos quadros) são bastante eficazes.
Prevenção
» Mudar o acamado de posição várias vezes por dia, mantendo-o não somente deitado, mas sentado também;
» Colocar o colchão piramidal na superfície do colchão normal, existente na cama do enfermo;
» Manter a hidratação do organismo, consumindo bastante água diariamente;
» Ter uma alimentação rica em proteínas e vitaminas;
» Manter o paciente sempre limpo, seco, trocando a sua fralda a cada três horas e o higienizando com banhos;
» É indicado que o sabonete dos acamados possuam pH neutro e que após o banho seja passado pelo seu corpo óleos ou cremes de bases vegetais;
» Manter sempre a limpeza das roupas de cama do paciente;
» Não utilizar lâmpadas de calor sobre a pele, para evitar o seu ressecamento;
» Realizar diagnósticos regulares do paciente, para saber se nenhuma outra enfermidade vem acometendo o seu organismo;